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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Questão de História - (VUNESP 2014) Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos

(VUNESP 2014) Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados. Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na Bahia da época os africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas horas, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos duradouros para o conjunto do Brasil escravista. 
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 

O episódio descrito no trecho contribuiu para 
a) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores do escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil. 
b) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se ameaçados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre. 
c) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da Regência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época. 
d) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um monarca politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob controle. 
e) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido ao descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.

RESPOSTA:
Letra C.

Dezenas de movimentos de protesto e revolta eclodiram em todo o Império durante o período regencial, apresentando aspectos e tendências diversos. A Revolta dos Malês, em Salvador, ocorrida em 1835, foi a tentativa de tomar a cidade por parte de 600 escravos, na sua maioria de origem islâmica, com o objetivo de lutar contra os donos de escravos para conseguirem a liberdade. O resultado foi a derrota e prisão dos revoltosos, alguns foram condenados a açoite em público e fuzilamento. Essa primeira onda de revoltas, da qual a Revolta do Malês fez parte, gerou um medo generalizado que acabou influenciando até o eixo mais dinâmico da economia brasileira na época: a elite cafeeira. Em consequência, em junho de 1835, foi aprovada lei que previa pena de morte para escravos envolvidos em insurreições.

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