3 - Após a leitura do texto abaixo, de autoria de Boris Fausto, historiador e professor da Universidade de São Paulo (USP), responda a questão seguinte: (...) a emancipação do Brasil não resultou em maiores alterações da ordem social e econômica, ou da forma de governo (...) Uma das principais razões dessa continuidade se encontra na vinda da família real para o Brasil e na forma como se deu o processo de Independência. A abertura dos portos por parte de D. João VI estabeleceu, como vimos, uma ponte entre a Coroa Portuguesa e os setores dominantes da colônia, especialmente os que se concentravam no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Os benefícios trazidos para a região fluminense, com a presença do rei no Brasil, vinham incentivar a expansão econômica daquela área, ligada aos negócios do açúcar, do café e do tráfico de escravizados. (...) A elite política promotora da Independência não tinha interesse em favorecer rupturas que pudessem pôr em risco a estabilidade da antiga colônia. É significativo que os esforços pela autonomia, que desembocaram na Independência, concentraram-se na figura do rei e depois na do príncipe regente. (...) FAUSTO, Boris. História do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Edusp/Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1998. p. 146-147. (Adaptado)
De acordo com tudo o que você estudou sobre o processo de Independência do Brasil, o que eram as “rupturas que pudessem pôr em risco a estabilidade da antiga colônia “ ?
Resposta: O que o autor considera como "ruptura" seria a maior participação das camadas médias e populares, tirando das elites o controle da situação política brasileira. Interessante destacarmos que o Brasil se emancipa de Portugal, mantendo um português no poder (D. Pedro I), O Brasil é o único país da América que ao ficar independente de uma metrópole europeia (no caso Portugal), mantém a monarquia como forma de governo, deixando claro a não preocupação com uma possível ruptura.
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