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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Fronteira da Holanda com a Bélgica é redesenhada

Após quase dois séculos, fronteira com a Bélgica é alterada, devido a mudança no curso do rio Maas. Território holandês ganha área equivalente a mais de 20 campos de futebol.
A Holanda começou o ano de 2018 com seu território um pouco maior – precisamente 16,3 hectares, graças a um acordo com a vizinha Bélgica.

A mudança se deu com o redesenho da fronteira ao longo do rio Maas: duas penínsulas de área combinada equivalente a 23 campos de futebol passaram para a Holanda.

Em contrapartida, a Bélgica passou a ser dona de outra península, antes holandesa e de área de 3 hectares, equivalente a quatro campos de futebol.

O traçado antigo da fronteira, com as penínsulas do "lado errado".
A mudança, entre as cidades de Vise (Bélgica) e Eijsden (Holanda), é fruto de um acordo bilateral assinado em novembro passado e representa a primeira alteração na fronteira desde 1843.

"O acordo mostra que as fronteiras também pode ser alteradas pacificamente", celeboru na ocasião o ministro do Exterior da Bélgica, Didier Reynders.

O acordo foi necessário porque o rio Maas, usado como referência para fixar a fronteira no século 19, mudou seu curso depois de obras entre as décadas de 1960 e 1980, o que fez com que as penínsulas trocassem de país.

A questão começou a se revelar um problema há alguns anos, quando moradores passaram a reclamar de festas ilegais, com drogas e prostituição, nas penínsulas, que são inabitadas.

Há quatro anos, um mini-imbróglio diplomático surgiu quando um casal holandês, caminhando em uma das penínsulas, se deparou com um cadáver.

Eles ligaram para a polícia holandesa, que, no entanto, não pôde fazer nada porque o corpo estava em território belga, embora do lado holandês do rio.

Ao mesmo tempo, as autoridades belgas tiveram dificuldades para ter acesso à cena do crime, porque a polícia belga não pode cruzar a fronteira holandesa sem autorização especial. A solução foi apenas se aproximar do local de barco – não há porto para atracar.

"Nós tivemos que ir até o local de barco com tudo o que é necessário – promotor, médico legista, etc. Tivemos que ficar dando voltas de barco na água perto da península", contou o comissário de polícia local Jean-François Duchesne.

Fonte: DW (Brasil).

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