Questão 01 - Descreva a organização social de Roma no período monárquico.
Questão 02 - Com a deposição do último rei etrusco Tarquínio, o Soberbo, teve início em Roma o regime republicano. A quem interessava a mudança do sistema político e por quê?
Questão 03 - Quais as principais instituições políticas da República romana?
Questão 04 - Sobre a República romana, responda:
a) Como estava organizada a sociedade romana nessa época?
b) De que modo a afluência de escravos a Roma alterou o dia-a-dia da população?
Questão 05 - Explique o surgimento do Império Romano.
Questão 06 - Onde surgiu o cristianismo? Qual a crença predominante na região?
Questão 07 - Nos finais do período republicano, Roma, na sua expansão imperialista, já havia conquistado, praticamente, todo o Mediterrâneo ocidental e oriental, embora as guerras tivessem provocado modificações radicais na vida social e financeira de Roma e da Itália, a Constituição Política manteve-se inalterada. Quais as consequências das crises que daí se desencadearam?
Questão 08 - Quem foi o grande reformador romano e quais eram suas propostas mais importantes?
Questão 09 - Depois da morte de Sila, que novas lideranças dominaram a vida política romana e o que fizeram?
Questão 10 -Sobre o Baixo Império, responda:
a) Como se deu a ruralização econômica do Império?
b) Faça um resumo das invasões do século V.
RESPOSTAS:
01 - No período monárquico, a economia era agropastoril, tendo a terra como riqueza fundamental. A sociedade se dividia em patrícios (aristocratas), clientes (parentes pobres) e plebeus. Os patrícios reuniam-se em gens, em torno de um chefe, cultuavam o mesmo antepassado e formavam as cúrias ou organizações religiosas. Os clientes prestavam serviços aos patrícios e acatavam a autoridade do chefe dos gens em troca de proteção. O grupo dos plebeus era formado por estrangeiros, artesãos, comerciantes e pequenos proprietários.
02 - Tarquínio, o Soberbo, aproximou-se das camadas populares, o que lhe valeu o descontentamento dos patrícios. O golpe foi dado pelo conselho de Anciãos, que pretendia retomar o poder político, que estava nas mãos dos reis etruscos.
03 - As principais instituições políticas da República romana eram: Senado, Magistraturas e Assembleias. No início, o Senado se compunha dos chefes das grandes famílias; depois, seus membros passaram a ser escolhidos entre antigos magistrados. O poder do Senado se estendia à administração, legislação, relações exteriores e problemas religiosos. Na Magistratura, o cônsul e o ditador eram os principais magistrados e, abaixo deles, vinham os pretores, censores, edis e questores. Havia as Assembleias Centuriatas, uma reunião do exército que votava as principais leis do Estado, e a Tribunícia, menos importante, reunião das tribos, cada uma com direito a um voto.
04 -
a) Com as transformações econômicas, surgiu a classe dos homens novos ou cavaleiros, antigos plebeus enriquecidos em atividades como cobrar impostos, arrendar minas e florestas públicos, construir obras públicas. A elite patrícia monopolizava os cargos públicos e a exploração das terras nas províncias. A plebe emigrou do campo para a cidade, aumentando o número daqueles que viviam à custa do Estado ou sob a proteção dos ricos. Não havia possibilidade de trabalho livre, porque os escravos haviam dominado o mercado de trabalho no campo e na cidade.
b) Os escravos chegavam aos milhares e seu número crescia a cada dia. Trabalhavam em todos os serviços na burocracia, nas minas, nas obras públicas, nos serviços domésticos.
05 - O Império surgiu com a concentração do poder por Otávio, embora ele procurasse disfarçar tanto poder, mantendo as aparências de um regime republicano. O senado legalizou seu poder, concedendo-lhe títulos. O mais importante desses títulos foi o de Augusto, que reconhecia a divindade do imperador e o direito de indicar sucessores.
06 - O cristianismo surgiu na Palestina, uma região anexada pelos romanos em 64 a.C. Muitos acreditavam na vinda de um Messias, anunciada pelos profetas, que daria ao povo judeu o domínio sobre a terra.
07 - As conquistas mostraram a inadequação da estrutura político-administrativa às novas necessidades. Esta estrutura só sofreria alterações após crises agudas e sangrentas. O sistema senatorial de governo foi atacado por uma série de políticos revolucionários, como os irmãos Graco, por exemplo, com um programa definido: a transferência de todo o poder para a assembleia popular, a redistribuição da terra e a extensão da cidadania romana a outros povos. Roma dividiu-se em dois campos: os partidários do Senado e os inimigos deste. A luta entre Mário, o democrata, e Silas, o aristocrático, é um bom exemplo dos conflitos entre aristocratas e “homens novos”. O exército, cuja importância aumentou com as conquistas e já, então, constituído de soldados profissionais, pouco ligava à política, mas insistia no dinheiro e nas terras. Os soldados obedeciam ao chefe que lhes assegurasse uma vitória certa e doações de terra. O único expediente possível era a adoção de uma nova Constituição e a única forma possível seria a de uma Constituição baseada no poder militar de uma pessoa, em outras palavras, um sistema monárquico era inevitável.
08 - O grande reformador romano foi Tibério Graco, que exerceu o primeiro tribunato em 133 a.C. Tibério propôs uma reforma agrária, limitando a posse de terras por particulares; as terras que excedessem aos limites seriam distribuídas aos pobres.
09 - Depois da morte de Sila, vários políticos ambiciosos disputaram o poder em Roma, dentre os quais destacaram-se: Crasso, que cresceu em prestígio na guerra contra Espártaco, a quem venceu; Pompeu, que bateu Sertório na Espanha e combateu os piratas do Mediterrâneo; Júlio César, que se ligou ao partido popular e subiu rapidamente na carreira política; Cícero, eleito cônsul pelo Senado, advogado e brilhante orador. Depois da morte de César, destacaram-se Marco Antônio e Otávio. Este último iria dar início ao Império Romano.
10 -
a) A crise fez com que, além dos escravos e agricultores livres, também os plebeus das cidades passassem a viver no campo. Com a ruralização econômica do Império, a vila, na qual moravam o senhor e, à sua volta, seus dependentes, passou a ser o centro da produção.
b) As invasões bárbaras do século V acabaram por arruinar o Império. Os hunos chegaram em 375 e obrigaram os visigodos a abrigar-se dentro do Império, onde passaram a expandir-se. O imperador Valente morreu combatendo-os. Teodósio dividiu o Império e entregou as duas partes a dois filhos: o Ocidente a Honório; o Oriente a Arcádio. Os visigodos cercaram Constantinopla, depois saquearam Roma e ocuparam a península Ibérica e o sul da Gália, formando, no interior do Império Romano do Ocidente, o Reino Visigótico, com capital em Toulose, na França. O território romano foi depois invadido por vândalos, suevos, alanos e quados. Os vândalos cruzaram a Gália e formaram o Reino dos Vândalos, com capital em Cartago. Os burgúndios ocuparam o vale do rio Ródano. Anglos, saxões e jutos estabeleceram-se na Bretanha; os francos, na Gália do norte. Os hunos chegaram às portas de Roma, sob a chefia de Átila.
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