ESPM 2017/1 - A respeito da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos, o crítico literário e professor João Luiz Lafetá afirma: Todo valor se transforma – ilusoriamente – em valor-de-troca. E toda relação humana se transforma – destruidoramente – numa relação entre coisas, entre possuído e possuidor. Tal é a relação estabelecida entre Paulo Honório e o mundo. Seu desenvolvido sentimento de propriedade leva-o a considerar todos que o cercam como coisas que se manipulam à vontade e se possui. O trecho de São Bernardo que melhor exemplifica a análise do crítico literário é:
a) “Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.”
b) “Madalena entrou aqui cheia de bons sentimentos e bons propósitos. Os sentimentos e os propósitos esbarraram com a minha brutalidade e o meu egoísmo.”
c) “Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como o Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos para o serviço do campo, bois mansos.”
d) “E a desconfiança terrível que me aponta inimigos em toda a parte! A desconfiança é também uma consequência da profissão.”
e) “A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.”
RESPOSTA:
Letra C.
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