Bem nas primeiras linhas da sua História geral das guerras angolas (1681), Cadornega, o pai da historiografia angolista, menciona o “resgate de peças que servem de utilidade ao comércio, e com estes resgates se evitam não haver tantos açougues de carne humana, e instruídos na Fé de Nosso Senhor Jesus Cristo indo batizados e catequizados se embarcam para as partes do Brasil ou para outras que têm uso católico”. (Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. Texto adaptado)
Na sua manifestação, Cadornega parece
(A) justificar o tráfico negreiro para a América, por permitir que povos africanos fossem salvos das práticas antropofágicas e das guerras intertribais.
(B) identificar o estabelecimento do tráfico negreiro como uma iniciativa que se contrapunha aos interesses das lideranças políticas africanas.
(C) condenar o uso das práticas religiosas para convencer as pessoas a virem trabalhar na América.
(D) separar as dimensões econômicas, representadas pelo tráfico de escravos, da dimensão religiosa, marcada pela expansão da fé cristã.
(E) reconhecer a existência de incompatibilidades entre as práticas escravistas e as doutrinas essenciais do catolicismo.
RESPOSTA:
Letra A.
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