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sábado, 17 de julho de 2021

Questão de História - UFU/2015/2 - Recém-saídos da chamada década perdida

Recém-saídos da chamada década perdida, como ficaram tristemente caracterizados, em termos de desempenho econômico, os anos 1980; após um 1990 que marcou uma das quedas de produção das mais dramáticas de nossa história; e ainda por cima vivendo em plena recessão e com altas taxas de inflação no ano de 1991, não é sem saudosismo que olhamos para o período em que fomos governados pelo presidente Juscelino Kubitschek. Embora associados a um certo descontrole das contas públicas, os anos JK (1956-1960) foram fundamentalmente marcados por altas taxas de crescimento econômico e por uma boa dose de otimismo. 
FARO, Clóvis de e SILVA, Salomão L. Quadros da. A década de 1950 e o Plano de Metas. In: GOMES, Ângela de Castro (org.). O Brasil de JK. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2002, p. 67 (adaptado). 

A passagem do texto de Faro e Silva acima oferece um breve quadro comparativo sobre a economia brasileira em três momentos diferentes. Sobre esses momentos, 
A) aponte duas características da década de 1980 que justificam a qualificação de "década perdida". 
B) cite duas razões do otimismo econômico que o país conheceu durante os anos JK.

RESPOSTA:
A) Dentre as características da década de 1980 que justificam sua qualificação como “década perdida”, podemos apontar: 
  • Queda nos investimentos e no crescimento do PIB; 
  • Crescimento acelerado da inflação; 
  • Aumento da dívida interna e externa; 
  • Elevado déficit público; 
  • Sucessivos planos econômicos que fracassaram no controle da inflação (Plano Cruzado I e II, Bresser e Verão).
B) 
Sobre as razões do otimismo econômico que marcaram o governo de JK, podemos citar: 
  • O crescimento econômico, que aumentou o acesso da população (especialmente a classe média) aos bens de consumo, resultando no aumento do mercado interno; 
  • Aumento do nível de industrialização: indústria automobilística e de bens de consumo; 
  • Ampliação da malha rodoviária do país, visando a integração nacional; 
  • Investimentos nos setores de geração de energia e expansão do crédito ao empresariado; 
  • Construção de Brasília; 
  • Criação de órgãos regionais no intuito de solucionar problemas socioeconômicos no nordeste (SUDENE).

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