Este é o edifício Wilton Paes de Almeida, inaugurado em 1962, no centro antigo de São Paulo.
Entre 1980 e 2003, o edifício, que pertence à União, abrigou a Polícia Federal. Até 2009, funcionou, apenas no andar térreo, um escritório do INSS, ficando os demais 23 andares acima do solo abandonados.
Após uma infestação de dengue, o INSS abandonou o prédio, que ficou à sua própria sorte, sem qualquer atenção do poder público. Em 2010, o edifício foi ocupado por famílias sem teto.
Hoje, dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, o edifício entrou em chamas e colapsou, deixando novamente 250 pessoas que o ocupavam sem ter onde morar.
No momento desta publicação, os escombros ainda estão quentes e há relatos de pelo menos uma pessoa morta, que estava sendo resgatada pelos bombeiros quando, tragicamente, o edifício foi ao chão.
Isso tudo aconteceu na cidade mais rica do país, onde há mais casas vazias do que famílias sem moradia. De acordo com o IBGE (2010), são 290 mil imóveis que não são habitados para 130 mil famílias que não têm onde morar.
Nessa mesma cidade, a taxa de desemprego é a maior desde 2004, atingindo 18% da população economicamente ativa (Seade).
Em um contexto onde a moradia tem como objetivo principal o lucro, e não a sua função social, o fato de hoje revela uma tragédia anunciada.
Texto por Adriano Liziero, do Geografia Visual, com informações do portal G1 e do Deviant Art. Fotos: portal R7 e Deviant Art. @ Largo do Paiçandú.
Fonte: https://www.facebook.com/GeografiaVisual/posts/1723570237701546
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