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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Conselheiro da Shell na Petrobras renuncia após pressão dos trabalhadores

É como se o McDonald’s colocasse alguém do Burger King no alto escalão da empresa

José Alberto, ligado há mais de 27 anos à petrolífera internacional, foi indicado conselheiro da estatal pela atual gestão da Petrobras



Um dos integrantes do grupo defensor da privatização da Petrobrás, José Alberto de Paula Torres Lima, renunciou nesta quarta (30) ao cargo no Conselho de Administração da empresa, quando foi iniciada a greve nacional dos petroleiros em defesa de uma nova política de preços dos combustíveis e gás de cozinha. O conselheiro é ligado há mais de 27 anos à Shell, petrolífera internacional, e foi eleito, após indicação, no dia 26 de abril.

À imprensa, José Alberto alegou questões pessoais para sua saída. Entretanto, ela ocorre em meio a uma das maiores crises da Petrobras, graças à política adotada pelo governo golpista de Michel Temer (MDB), que colocou na presidência da empresa o tucano Pedro Parente.

Desde 2016, a estatal brasileira tem sofrido desvalorização no mercado internacional, além de praticar uma política de preços que permite reajustes diários nos valores do diesel, da gasolina e do gás de cozinha, em paridade com ajustes internacionais. O aumento do diesel, inclusive, foi o que motivou a greve dos caminhoneiros.

Petroleira e dirigente da CUT-SP e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Cibele Vieira classifica a renúncia do conselheiro como vitória do movimento grevista iniciado nas primeiras horas da manhã desta quarta em todo o País.

“Uma das primeiras coisas que o Pedro Parente fez quando assumiu a Petrobras foi trazer Nelson Silva como parte da estratégia da empresa, que também é ligado à Shell. Em abril, Nelson trouxe o José Alberto para o conselho de administração", explica.

"É como se o McDonald’s colocasse alguém do Burger King no alto escalão da empresa. Com certeza, era uma pessoa que estava para defender apenas o interesse das petrolíferas estrangeiras e privadas dentro da Petrobras.”

A paralisação da categoria tem como eixo principal de reivindicações a mudança da política de preços da estatal. A pauta inclui ainda a manutenção dos empregos, a retomada da produção interna de combustíveis, o fim do desmonte e da privatização do Sistema Petrobrás e a demissão do atual presidente, Pedro Parente.

Fonte: CUT.

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