PUC-SP 2010 - Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala à chefia, e foi dessa época que a cidade começou a ouvir falar nos Capitães da Areia, crianças abandonadas que viviam do furto. Nunca ninguém soube o número exato de meninos que assim viviam. Eram bem uns cem e destes mais de quarenta dormiam nas ruínas do velho trapiche.
O trecho acima é do romance Capitães da Areia que, escrito em 1937, se inscreve entre os “romances proletários” de Jorge Amado. Considerando-o como um todo, é correto afirmar que
a) destaca e exalta o tema da infância abandonada e delinquente, incentivada pelos interesses da imprensa local e admitida pelas autoridades policiais, caracterizando um cotidiano de ações marginais capazes de transtornar a sociedade baiana da época.
b) consubstancia o percurso de aprendizagem do herói que supera a condição de origem e eleva o protagonista ao plano histórico do confronto social e político.
c) a mãe de santo e o padre progressista, personagens do romance, ainda que pudessem representar a convergência sincrética de forças protetoras e elementos capazes de minimizar a orfandade dos Capitães, nada conseguem porque não têm influência sobre o bando.
d) a prisão e a tortura de Pedro Bala no reformatório, confinado no cubículo escuro da cafua, apenas intensificam seu instinto de violência e a necessidade de vingança contra a sociedade.
e) Pedro Bala, líder dos Capitães, ao final, vê-se derrotado no intento de realizar seu sonho de transformação social e é literalmente abandonado pelos demais porque Volta Seca junta-se ao bando de Lampião, Professor vai ser artista na capital, Pirulito ingressa na vida religiosa, Boa Vida torna-se sambista e o Gato adere à marginalidade em Ilhéus.
RESPOSTA:
Letra B.
Nenhum comentário:
Postar um comentário