PUC-Campinas 2013/1 - Na ficção de Guimarães Rosa, cuja primeira virtude é chamar o leitor para uma espécie de gramática de uma nova língua, o cenário privilegiado é o de um amplo sertão brasileiro, entendido ainda como espaço simbólico. E o autor teve olhos também para o nascimento de Brasília, num conto de Primeiras estórias. Entre o tempo arcaico e o tempo do futuro, entre “a roça e o elevador”, para lembrar uma imagem de Carlos Drummond de Andrade, Rosa escolheu a ambos: linguagem de novíssima arquitetura, temas que remontam ao regionalismo primitivo, povoado de coronéis e jagunços.
(Aristides Valerim, inédito)
As disputas violentas entre bandos de jagunços fornecem ao romance Grande sertão: veredas uma linha narrativa básica, pontuada pela presença intensa de um amor culposo, de sofridas indagações acerca do que é o Bem e o que é o Mal. Por conta disso, nesse romance de Guimarães Rosa as tonalidades da épica, da lírica e da reflexão metafísica ou moral
a) excluem-se reciprocamente, razão pela qual o romance apresenta-se dividido em três partes.
b) integram-se de modo admirável, costuradas pela linguagem nova e surpreendente criada pelo artista.
c) combatem-se a maior parte do tempo, saindo vitorioso o sentimento cristão que a tudo consegue harmonizar.
d) alternam-se um tanto arbitrariamente, constituindo isso a única fragilidade do romance.
e) dão ao conjunto um aspecto nebuloso, entre farsa e tragédia, que se oferece ao leitor como enigma insolúvel.
RESPOSTA:
Letra B.
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