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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Questão de História - Em um artigo escrito em 1989 para as comemorações dos 200 anos da Conjuração Mineira

Em um artigo escrito em 1989 para as comemorações dos 200 anos da Conjuração Mineira, o historiador britânico Kenneth Maxwell expôs sua visão sobre alguns aspectos dessa revolta. No trecho a seguir, quais características da Conjuração Mineira o autor sintetizou? 

A revolta planejada não se materializara, mas isto não escondia o fato de que um importante segmento do grupo social em que o governo metropolitano devia confiar [...], em uma das mais importantes, populosas, ricas e estrategicamente bem situadas capitanias brasileiras, tinha tido o atrevimento de pensar que podia viver sem Portugal: amparados no exemplo dos norte-americanos e nas teorias políticas correntes, os colonos haviam questionado o que devia ser inquestionável. 
MAXWELL, Kenneth. Conjuração Mineira: novos aspectos. Estudos Avançados, São Paulo, v. 3, n. 6, maio/ago. 1989. p. 24.

RESPOSTA
Esse pequeno trecho possibilita construir uma caracterização geral do movimento. A revolta foi planejada em Minas Gerais, uma das capitanias mais populosas e ricas da América portuguesa. Ela foi conduzida por uma elite dirigente, cujo apoio era fundamental para o governo metropolitano exercer sua autoridade na capitania. Esse grupo social inspirava-se no exemplo da independência dos Estados Unidos e nas teorias políticas correntes no mundo ocidental (o Iluminismo e o liberalismo). A revolta expressava a determinação desse grupo em contestar o domínio colonial português. O movimento, mesmo debelado antes de se concretizar, mostrou que o domínio colonial português já não podia contar com a colaboração da elite dirigente de uma capitania estratégica para a Coroa, o que significava que o sistema colonial estava com seus dias contados no Brasil.

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