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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cientistas encontram submarino nazista que contamina o mar

Cientistas encontram submarino nazista que contamina águas norueguesas

Lançado no fim da Segunda Guerra, submarino foi interceptado pelo exército inglês na Noruega e até hoje representa um risco para a população local



ILUSTRAÇÃO MOSTRA SUBMARINO NO FUNDO DO MAR NORUEGUÊS (FOTO: REPRODUÇÃO/NORWEGIAN COASTAL ADMINISTRATION)

Pesquisadores de instituições norueguesas se uniram para desenvolver uma forma de parar o vazamento de mercúrio causado por um submarino que está preso a mais de 150 metros abaixo do nível do mar.

Lançado pelos nazistas no fim da Segunda Guerra Mundial, o submarino U-864 foi interceptado pelos ingleses, que atiraram torpedos que partiram o equipamento em duas partes que ficaram presas em águas do território norueguês.

O submarino levava 73 soldados a bordo, bem como 65,000 quilos de mercúrio que deveriam ser usados em armas e aviões de guerra. A caminho do Japão, o U-864 foi atacado pelo exército britânico que, com quatro torpedos, conseguiu afundar e impedir o submarino. Nenhum dos homens a bordo sobreviveu. O aparelho foi encontrado em 2003 pela Marinha Real Norueguesa.

Atualmente, os restos do submarino estão perto da ilha de Fedje, que corre um sério risco de contaminação: o equipamento nazista estava cheio de reservas de mercúrio tóxico que, desde 1945, têm sido liberadas na água. Estima-se que a substância tenha vazado uma média de 4kg por ano desde então, contaminando tudo a nove metros de seu entorno e afetando peixes e caranguejos da região.

Há anos, o governo da Noruega vem tentando encontrar formas de lidar com o problema. Segundo o jornal Daily Mail, o plano mais recente é isolar os 4,4 hectares em volta dos restos do submarino para tentar conter o vazamento.

Uma empresa holandesa foi contratada para criar uma sonda especial que analisará melhor os destroços e os estragos feitos no fundo do mar sem propagar a contaminação e estabilizará o submarino, que continua enroscado algas. A missão custará por volta de 25 milhões de libras e tem início previsto para 2019.

Este vídeo mostra como será feita a operação.


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