Boa parte do que nós sabemos sobre a África vem da oralidade. A palavra falada é transmitida de geração a geração durante séculos. E com isso, vêm histórias e lendas sobre os diversos povos africanos. Os griots, que eram contadores de histórias, cantores, músicos e poetas, são os principais responsáveis pela preservação dessa memória africana.
As fontes escritas sobre a história da África devem-se a dois viajantes árabes: Ibn Battuta e Ibn Khaldun, que passearam pelo continente durante o século XIV. E depois deles, temos os relatos dos europeus, principalmente a partir do século XV, na lógica das grandes descobertas que buscavam aumentar o comércio entre a África e a Europa.
Em um continente enorme como é a África, os rios eram importantes vias de ligação entre os locais. Os rios Níger, Nilo, Zambeze e Congo foram extremamente importantes na história africana.
Acredita-se que há mais de 5 mil anos surgiram os primeiros reinos africanos. E uma das regiões onde surgiram importantes reinos nesse continente foi o Sahel. O Sahel fica ao sul do deserto do Saara. Lá moravam os berberes, que eram povos nômades islamizados e se dedicavam ao comércio.
Entre os séculos IV e V da Era Cristã, surgem três reinos às margens do rio Níger. São eles: Gana, Mali e Songai.
Essa região era extremanente rica. E as minas de ouro fizeram o poder de Gana.
Mas em 1235, Sundiata Keita, do Mali, dominou a região. Os malineses liderados por Sundiata Keita, também conhecido como “príncipe leão”, elevaram os seus domínios até as bordas do deserto. E lá, começaram a explorar uma outra riqueza além do ouro, o sal. O sal era extremamente valorizado nessa época. O líder dos malineses recebiam o título de Mansa, que significa "rei dos reis". O Reino do Mali se converteu à religião islâmica. Há uma história interessantes sobre um dos mansas do Mali, o Mansa Musa.
Mansa Musa é considerado uma das pessoas mais ricas da história, inclusive sua fortuna seria incalculável. Certa vez ele foi a Meca fazer uma peregrinação à cidade sagrada e gastou tanto ouro em compras que causou uma inflação no mundo árabe. Outra história curiosa: ele prendia o seu cavalo numa pedra de ouro de catorze quilos. O Mansa Musa não se destacou apenas por ser rico, mas porque também eram um incentivador da cultura.
Mansa Musa. |
Construiu escolas ebibliotecas. Cidades como Djenné, Tombuktu e Gao se destacaram como grandes centros culturais do Mali. Revoltas internas e disputas pelo poder enfraqueceram o Reino Mali. Enfraqueceram a tal ponto que o Império Songai tomou a região por volta do século XV.
O Império Songai se estendeu até as ricas minas de sal de Tagaza. Isso garantiu riqueza e prosperidade para a região por mais cem anos.
Entre os séculos IV e V da Era Cristã, surgem três reinos às margens do rio Níger. São eles: Gana, Mali e Songai.
Essa região era extremamente rica. E as minas de ouro fizeram o poder de Gana.
Mas em 1235, Sundiata Keita, do Mali, dominou a região. Os malineses, liderados por Sundiata Keita, também conhecido como “príncipe leão”, elevaram seus domínios até as bordas do deserto. E lá, começaram a explorar outra riqueza além do ouro: o sal. O sal era extremamente valorizado nessa época. O líder dos malineses recebia o título de Mansa, que significa “rei dos reis”. O Reino do Mali se converteu à religião islâmica. Há uma história interessante sobre um dos mansas do Mali, o Mansa Musa.
Mansa Musa é considerado uma das pessoas mais ricas da história, inclusive sua fortuna seria incalculável. Certa vez, ele foi a Meca fazer uma peregrinação à cidade sagrada e gastou tanto ouro em compras que causou uma inflação no mundo árabe. Outra história curiosa: ele prendia seu cavalo numa pedra de ouro de catorze quilos. O Mansa Musa não se destacou apenas por ser rico, mas também porque era um incentivador da cultura. Construiu escolas e bibliotecas. Cidades como Djenné, Tombuktu e Gao se destacaram como grandes centros culturais do Mali. Revoltas internas e disputas pelo poder enfraqueceram o Reino Mali. A tal ponto que o Império Songai tomou a região por volta do século XV.
O Império Songai se estendeu até as ricas minas de sal de Tagaza. Isso garantiu riqueza e prosperidade para a região por mais cem anos.
O Congo foi outro importante reino da África nesse período. O povo banto, vindo da região que conhecemos hoje como Camarões, estabeleceu-se na região e a dominou. Os bantos conheciam as armas de ferro, eram bons agricultores e habilidosos guerreiros. Isso pode explicar o rápido domínio deles sobre a região. O antigo reino do Congo, hoje, corresponde aos seguintes países: Angola, República Democrática do Congo, República do Congo e parte do Gabão. Conta-se que o reino do Congo tenha surgido do casamento de Mini-a-Lukeni com uma mulher do povo umbundu. Assim ele se tornou o manicongo (senhor do Congo). Ele dominou todas as aldeias da região. Parte do seu poder pode ser explicado porque o povo via no manicongo alguém com poderes sobrenaturais. O reino do Congo era próspero, sua economia se baseava na agricultura, mas também na exploração de metais como cobre, no sal, na venda de pele de animais e em tecidos, o que fazia a riqueza da região. Estima-se que esse reino tenha atingido o patamar de 3 milhões de habitantes. O ano de 1483 marca a chegada dos portugueses à região. Em 1491, o rei do Congo se converteu ao cristianismo e foi batizado como João I do Congo. Sua ideia ao fazer isso era estabelecer relações amigáveis com os portugueses para assim ter seus interesses atendidos. Em um primeiro momento, deu certo, mas depois isso se mostrou um erro. Ao longo do século XV e XVI, os congoleses foram perdendo a liberdade e o poder.
Nem todas as comunidades africanas do período conheceram o poder centralizado na figura de um rei. Muitas vezes, os povos africanos escolhiam como líder alguém que era bom negociador, um bom guerreiro, alguém forte e corajoso. Ou às vezes uma pessoa com todos esses atributos.
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