A expressão "rios voadores" é uma metáfora cunhada pelo climatologista José Marengo, do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). É o apelido das correntes de jato úmido que, no mundo da meteorologia, são conhecidos como jatos de baixos níveis.
As cabeceiras dos rios voadores estão no Oceano Atlântico. A água do mar evapora e, carregada pelos ventos alísios, chega à Amazônia oriental, onde cai na forma de chuva.
A própria floresta amazônica se encarrega de reciclá-la, por meio da evapotranspiração ( água extraída do solo pelas raízes e liberada nas folhas). Forma-se uma coluna móvel de vapor com três quilômetros de altura e milhares de extensão, com fluxo de 3,2 milhões de litros por segundo. Isso corresponde a cem vezes a capacidade de produção do sistema Cantareira que abastece a Grande São Paulo, com as represas cheias.
Essa massa de ar úmida se desloca e, ao dar com a barreira da Cordilheira dos Andes, se desvia para a parte central da América do Sul, Centro-Oeste e Sudeste brasileiros.
O fenômeno influencia o regime de chuvas e abastece a agricultura e a indústria dessas regiões. A crise do clima pode afetar os rios voadores da Amazônia.
Referências:
Web Stories / Folha de São Paulo.
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