Realizado em alguns lugares do Norte e Nordeste, principalmente no Maranhão, o bumba meu boi tem raiz no catolicismo popular e influências de cultos afro-brasileiros. O enredo, com origem no folclore brasileiro gira em torno da figura do boi e surgiu no século XVIII. Com expressões orais, dança e teatro e tradição, que representam a devoção a um universo místico e religioso, ele é inspirado no auto do boi, conto da escravizada Catirina e seu marido Francisco.
A lenda diz que ela estava grávida e com desejo de comer língua do boi mais bonito, o que fez seu marido matar o animal. Mas o dono da fazenda descobre e eles tem que ressuscitá-lo para viver em paz. O evento é marcado por muitas cores e bordados, ao som de matracas e zabumbas. É uma festa que chega a ter mil participantes, homens e mulheres interpretando os personagens de acordo com o sotaque. Sotaques são diferentes estilos dos grupos que encenam o auto do boi. Eles são diferenciados pelas vestimentas, instrumentos e ritmos.
Tradição secular, o bumba meu boi também envolve a devoção a São João, São Pedro e São Marçal. O bumba meu boi, encenado em festas juninas e arraiás, é predominante no Maranhão. As ruas de São Luís ficam lotadas em junho e julho.
Todos os anos o boi, personagem da festa, é bordado com cores vibrantes. Quem o conduz e fica em seu interior é chamado de miolo.
Em 2011, o bumba meu boi ganhou de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A celebração foi reconhecida pela Unesco em 2021 como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A celebração do bumba meu boi acontece na época da festa junina.
Referências:
Web Stories / Folha de São Paulo.
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