UFGD 2022 - Quanto ao romance Lucíola, de José de Alencar, é correto afirmar que, nele,
a) o narrador Paulo, que é o próprio autor, conta, num salão, a seus amigos, dentre eles o Dr. Sá, suas aventuras luxuriosas com a bela e jovem Lúcia; ali ele conta que, inicialmente, acreditou se tratar a jovem de uma senhora séria da sociedade fluminense, pela qual se apaixona, e que, ao final da narrativa, descobre ser uma cortesã que se prostitui cedo para, com seus proventos, cuidar da saúde do pai.
b) o narrador autobiográfico, Alencar, traça, para uma idosa senhora da sociedade fluminense, um perfil de mulher, em que o passado parece ser determinante no presente de Lúcia, a protagonista; assim, a pureza da infância, o sacrifício da honra à saúde do pai, a brutalidade fria com que é violada, dentre outros aspectos do passado, condicionam toda a vida de Lúcia, inviabilizando seu relacionamento com o referido narrador, também protagonista.
c) o narrador, Paulo, dirige-se por escrito a uma idosa senhora da sociedade fluminense, contando suas aventuras eróticas com uma prostituta, ao mesmo tempo em que detalha o passado atribulado desta mulher; ali sobressai um enredo em que dinheiro, de um lado e, do outro, honra e amor estão fortemente entrelaçados ao se estruturarem os conflitos; ao final, descobre-se que a referida senhora e a prostituta são a mesma pessoa.
d) o narrador propõe a uma senhora da sociedade fluminense um perfil de mulher, valendo-se da própria experiência de juventude quando se apaixona por uma cortesã; nesse sentido, a tensão entre a “senhora respeitável”, de um lado, e a prostituta, de outro, domina o livro desde os capítulos iniciais, quando Paulo, jovem provinciano, ao chegar à corte, ignorante da condição de prostituta de Lúcia, se encanta por ela.
e) o narrador conta, em terceira pessoa, a história da protagonista Lúcia, desde os primeiros momentos em que a conhece, ainda uma jovem pobre da sociedade fluminense, passando pela violência sexual que sofre, por sua transformação em prostituta requisitada, até sua morte, sempre com um olhar complacente e platonicamente apaixonado por essa mulher que foi o grande amor da vida desse narrador.
RESPOSTA:
Letra D.
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