O que dizem sobre o conceito de identidade os pensadores George Mead e Erving Goffman?
RESPOSTA:
A ideia de identidade de George Mead é muito parecida
com a de Goffman. Em ambas, pode-se afirmar que os
indivíduos assumem diversas identidades, dependendo de
uma determinada situação social em que estes mesmos
indivíduos se encontram. George Herbert Mead (1863-1931)
dizia que nós somos o que somos porque adquirimos ao
longo da vida alguns traços característicos de nosso “self”, por
meio das interações sociais que estabelecemos com outros
indivíduos. Numa tradução mais difundida, o termo em inglês
“self” poderia ser entendido como “si mesmo”. Para Mead, a
ideia era concebida como uma referência à existência de um
self social, ou seja, o indivíduo organiza uma série de atitudes
sobre o meio social em que vive e tem condições de adotar; é
a consciência que um sujeito tem de si mesmo. Ele afirmava,
também, que esta consciência só é possível se o indivíduo
estabelecer contatos sociais, não é algo que nasce com ele ou
um fator biológico ou genético.
Já o sociólogo canadense Erving Goffman (1922–
1982) sustenta a ideia de que a vida social do indivíduo,
por consequência sua identidade, pode ser entendida como
representação teatral. Ele argumenta isso da seguinte maneira:
a ação de um indivíduo em relação a outros não tem somente
uma finalidade instrumental, ou seja, não tem somente um
objetivo de fazer algo, mas também é condicionado pelo modo
como este sujeito quer aparecer diante dos outros. Goffman
afirma que, quando um indivíduo está diante de outro, ele
tem muitas razões para tentar controlar as impressões que os
outros têm dele e da situação específica dessa relação. Ou
seja, podemos dizer que, para Goffman, o indivíduo e sua
identidade são produtos de uma cena que é representada
durante uma determinada situação.
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