De acordo com o texto, quais as consequências das crises econômicas no capitalismo? Descreva também as críticas formuladas por Karl Marx.
RESPOSTA:
Para Karl Marx, as crises econômicas ocorreriam
periodicamente, acarretando em falências, desemprego,
aumento da miséria e da violência. O capitalismo, dessa forma,
se tornaria cada vez mais ineficiente, desperdiçando recursos,
causando miséria e insegurança. Se, por um lado, com a
crise de superprodução, as indústrias demitiam operários
para baixar custos e prejuízos, por outro, piorava mais a
situação dos operários que, na prática, eram os consumidores
das mercadorias. É isto que Marx chama de irracionalidade
econômica do capitalismo, já que não se produz mercadoria
como valor de uso, mas como valor de troca. Ou seja, se não
houver quem compre as mercadorias, estas perdem valor.
Todas as crises econômicas do capitalismo, segundo Marx,
são motivadas pela crise de superprodução de mercadorias.
E "a corda arrebenta" sempre para o lado mais fraco: os
operários e demais trabalhadores que também vivem de salário
− atualizando para os tempos atuais, com a disseminação do
trabalho informal e de subempregos, podemos dizer que a crise
afeta também aqueles que vivem de pequenas rendas, como
autônomos e prestadores de serviços com baixa qualificação
profissional.
Segundo Marx, o capitalismo era injusto porque só
haveria um meio da burguesia lucrar: explorando a força de trabalho do proletariado. Ou seja, não há bons e maus patrões.
No capitalismo, os patrões são obrigados a explorar seus
empregados, caso contrário, não lucrariam e iriam à falência
– logo, a exploração é inevitável. A única forma de acabar
com a exploração seria eliminando o capitalismo. A burguesia,
numericamente uma minoria, somente existe em função da
submissão da maioria, o proletariado. Para Marx, o capitalismo
também era irracional, devido à concorrência generalizada
entre as empresas, resultando em crises econômicas violentas,
fazendo com que a sociedade mergulhasse em uma situação
de caos.
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