Questão 01 - UFMG 2005 - Leia este trecho: ... não somos índios nem europeus, mas uma espécie intermediária entre os legítimos proprietários do continente e os usurpadores espanhóis: em suma, sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa, temos de disputar estes aos do país e mantermo-nos nele contra a invasão dos invasores – encontramo-nos, assim, na situação mais extraordinária e complicada. BOLÍVAR, Simón. Carta de Jamaica, 1815. Ao escrever esse texto, o autor refere-se à situação ambígua dos
a. criollos, formados na tradição europeia, mas identificados com o Novo Continente.
b. escravos negros americanos, que perderam seus laços culturais com a África.
c. mulatos libertos nascidos na América, divididos entre diferentes tradições culturais.
d. cholos, indígenas educados por europeus, afastados das suas raízes identitárias originais.
e. chapettones, brancos nascidos na Europa, mas residentes na América.
Questão 02 - UVA 2007.1 - “Juro pelo amor do Deus de meus pais. Juro por eles. Juro pela minha honra e juro pela minha pátria que não darei descanso a meu braço, nem repouso a minha alma, até que haja rompido as correntes que nos oprimem por vontade do poder espanhol! “ Esse compromisso, foi assumido por Simon Bolívar, o Libertador, que coordenou as campanhas militares responsáveis pela independência de cinco países sul-americanos:
A. Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia.
B. Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia.
C. Equador, Chile, Bolívia, Paraguai e Colômbia.
D. Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
Questão 03 - UECE-CEV - 2015 - O Congresso Nacional de Lima, a capital do Peru, situa-se na Praça Bolívar. A principal praça de Bogotá, capital da Colômbia, tem o mesmo nome: Praça Bolívar. A Bolívia recebeu este nome para homenagear Simon Bolívar. Sobre Simón Bolívar, pode-se afirmar corretamente que
A) liderou um movimento a favor da independência da América do Sul e idealizou uma unidade continental chamada Gran Colômbia que se desfez em repúblicas.
B) lutou ao lado de José de San Martín, na Argentina, e Bernardo O’Higgins, no Chile, pela libertação desses países do domínio espanhol.
C) foi um revolucionário criador do nacionalismo venezuelano e liderou a Revolução Bolivariana.
D) era um monarquista convicto; por isso, defendeu a centralização do poder, para uma América emancipada.
Questão 04 - VUNESP - 2014 - UNESP - Era o fim. O general Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo.” (Gabriel García Márquez. O general em seu labirinto, 1989.)
O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar
(A) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo de independência da América Hispânica.
(B) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis.
(C) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas.
(D) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas.
(E) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu qualquer cargo político nos novos Estados nacionais.
Questão 05 - UNIFENAS 2017/1 - Simón José Antonio de la Santíssima Trinidad Bolívar y Palacios, mais conhecido como Simón Bolívar, El Libertador, é o personagem central do romance O general em seu labirinto, do consagrado escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez. Impregnado das doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire, Bolívar dedicou sua vida a “romper a cadeia com que nos oprime o poder espanhol”. Fascinado pelo general que um dia sonhou com uma América Latina unificada e livre, que se estendesse do México à Terra do Fogo, Garcia Márquez retrata no livro o percurso de Bolívar, tanto no plano físico quanto no plano espiritual. Ao reconhecermos a influência de pensadores como Rousseau, Montesquieu e Voltaire na formação de Simòn Bolívar, reconhecemos nele uma influência da doutrina
a) Marxista.
b) Teológica.
c) Anarquista.
d) Monroísta.
e) Iluminista.
Questão 06 - UECE-CEV - 2018 - Há vários líderes cujos nomes estão associados à emancipação de diferentes países da América Latina, como por exemplo, José de San Martín, na Argentina; Bernardo O’Higgins, no Chile, assim como Francisco José de Paula Santander, na Colômbia, mas nenhum deles tem o prestígio incontestável de principal líder expresso na figura de
A) Che Guevara.
B) Fidel Castro.
C) Simón Bolívar.
D) Pedro de Valdivia.
Questão 07 - UNESP/2013 - É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar; política, 1983.) O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que,
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.
c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente.
d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a di ver si - dade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.
Questão 08 - FGV-SP 2009 - Na Carta da Jamaica, de 1815, [Simon Bolívar] escreveu: Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória. (Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, Oficina de História – história integrada) A intenção de uma América hispânica independente e formando um único país, entre outros motivos, não prevaleceu em razão
a) de um acordo entre franceses e ingleses, assinado no Congresso de Viena.
b) do interesse espanhol em enfraquecer o poderoso Vice-Reinado da Nova Granada.
c) dos fortes e decisivos interesses ingleses, norteamericanos e das próprias elites locais da América.
d) da deliberada ação do Brasil, preocupado com a formação de um poderoso Estado na América.
e) das tensões entre as elites do México e Peru, que disputavam a hegemonia sobre a América.
Questão 09 - Em sua Carta da Jamaica (1815), Simón Bolívar escreveu: "Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos pela extensão e riquezas do que por sua liberdade e glória." (Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda, Oficina de História – História Integrada.)
A expectativa de uma América Hispânica independente e formada por um só país não prevaleceu devido, entre outros motivos,
a) ao acordo firmado entre França e Grã-Bretanha no Congresso de Viena.
b) à preocupação da Espanha em enfraquecer o poderoso Vice-Reino do Peru.
c) aos interesses ingleses, norte-americanos e das próprias elites criollas.
d) à intervenção do Brasil, apreensivo com a formação de um poderoso Estado hispano-americano.
e) ao antagonismo entre criollos e chapetones na disputa pelo poder local.
Questão 10 - UNICAMP/2002 - Esta porção desgraçada de nossos irmãos que gemeu sob as misérias da escravidão já está livre. A natureza, a justiça e a política pedem a emancipação dos escravos; daqui em diante só haverá na Venezuela uma classe de homens: todos serão cidadãos. (Discurso de Simon Bolívar, Venezuela, 1816.)
a) Qual é o assunto tratado no discurso acima?
b) Mencione dois outros movimentos políticos que foram liderados por Simon Bolívar .
c) Cite dois princípios políticos que serviram de inspiração para a ação revolucionária de Bolívar .
Questão 11 - UNICAMP/2005 - Eu considero o estado atual da América como quando arruinado o Império Romano. Cada desmembramento formou um sistema político, conforme os seus interesses e situação. Nós, que apenas conservamos os vestígios do que em outro tempo fomos, e que por outra parte, não somos índios, nem europeus, e sim uma meia espécie entre os legítimos proprietários do país e os usurpadores espanhóis. (Adaptado de Simon Bolívar, Carta da Jamaica de 1815, em Escritos Políticos. Campinas: Ed. Unicamp, p.61).
a) Quem foi Bolívar e qual sua importância nos processos de Independência das colônias hispano-americanas? A qual processo político Bolívar se refere?
b) De que maneira BoIívar se refere aos criollos no texto? Qual o papel político dos criollos nas independências das colônias espanholas?
GABARITO / RESOLUÇÃO
01 - A
02 - B
03 - A
04 - D
05 - E
06 - C
07 - E
08 - C
09 - C
10 - a) A abolição da escravidão na Venezuela, dentro do processo da independência do país.
b) A independência da Colômbia e a do Peru.
c) O republicanismo, visto como uma forma mais liberal de governo, e o pan-americanismo, defendendo a união dos povos americanos contra os interesses externos, notadamente o imperialismo inglês.
11 -
a) Herói venezuelano, principal libertador das colônias espanholas da América do Sul. No texto, Bolívar se refere ao processo de emancipação da América Espanhola.
b) Como uma “meia espécie” entre os “legítimos proprietários do país” (os índios) e os “usurpadores espanhóis” (os colonizadores). Coube aos “criollos” (aristocracia rural hispano-americana) liderar o processo de independência.
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