ATIVIDADE 5:
Depoimento de profissionais relacionados aos temas desenvolvidos neste PET volume 3.
“ (...) O desafio de cobrir a questão dos refugiados sírios no Líbano é que é um drama que virou rotina. O problema está aí há quatro, cinco anos, e não há nenhuma perspectiva de que será solucionado a curto prazo. Por isso, para tornar uma história atraente é preciso encontrar ângulos criativos. Em novembro de 2013, escrevi uma reportagem sobre como os refugiados estavam lidando com o frio, que pode ser bem rigoroso nas áreas montanhosas do Líbano. As tendas não lhes davam a proteção necessária. Passei uma noite com uma família refugiada em meio a uma tempestade de neve para saber como faziam para aguentar. Também escrevi sobre o trabalho infantil entre refugiados. Fui a uma empresa agrícola no norte do Líbano onde as crianças estavam trabalhando no cultivo e descrevi suas condições de trabalho. Entrevistei crianças trabalhando nas ruas de Beirute — engraxando sapatos, vendendo miudezas ou pedindo esmola. Escrevi uma reportagem sobre mulheres que foram traficadas para o Líbano e obrigadas a trabalhar como escravas sexuais por quatro anos. ”
Kareem Shaheen é desde 2015 repórter do jornal britânico The Guardian, baseado em Beirute, onde vive desde 2013. Antes, trabalhou para o jornal libanês The Daily Star. Disponível em:https://guiadefontes.msf.org.br/depoimento/o-desafio-de-cobrir-uma-historiaque-virou-rotina/. Acesso em: 30/05/2020
Kareem Shaheen é desde 2015 repórter do jornal britânico The Guardian, baseado em Beirute, onde vive desde 2013. Antes, trabalhou para o jornal libanês The Daily Star.
“ (...) Em fevereiro, voltei da República Democrática do Congo (RDC), onde trabalhei como gerente de comunicação de emergência para o projeto de resposta à epidemia de Ebola. Posso garantir que, quando você aceita ir para um projeto de Ebola, a pergunta que você mais ouve é se não sente medo. A resposta é mais complexa do que sim ou não. No meu caso, eu tinha consciência dos riscos, sabia que estaria numa cidade onde não havia mais casos de Ebola e recebi a vacina – o melhor instrumento de proteção contra a doença até agora – antes de chegar à RDC. E, talvez o mais importante para mim, eu sabia que, acontecesse o que acontecesse comigo, a minha família estava protegida no Brasil. ”Gabriela Roméro fala sobre os desafios de trabalhar na comunicação da resposta à epidemia de bola na RDC.
Disponível em: https://www.msf.org.br/diarios-de-bordo. Acesso em: 30/05/2020.
Gabriela Roméro fala sobre os desafios de trabalhar na comunicação da resposta à epidemia de Ebola na RDC. Disponível em: https://www.msf.org.br/diarios-de-bordo. Acesso em: 30/05/20
“(...) O dia recém começava e o trabalho já era intenso; uma criança que viera à noite se encontrava em estado muito grave. Era um menino de pouco mais de 9 meses de vida que pesava menos de 3 quilos. Em seu corpo frágil, a cada respiração profunda, eu observava a proeminência dos ossos em seu peito. Os olhos fundos estavam parados. Infelizmente, nessa época do ano, vemos muitos casos como esses. São crianças oriundas de regiões pobres e afetadas pelo conflito, chegam muitas vezes com quadros de infecção grave que acompanham a desnutrição. Durante toda a manhã permaneci com esse paciente e sua mãe. Horas difíceis em que vemos, aos poucos, uma criança morrer. Não demorou muito. Mesmo com os antibióticos, o oxigênio e todo suporte que podíamos dar, o menino faleceu. Sua mãe permanecera todo o tempo ao seu lado. Em seu rosto, eu percebia um semblante sofrido e calejado. Esse não era o primeiro filho que ela via morrer. A sua história se repetia entre as mães que eu conhecia. Engravidavam jovens, chegavam a ter mais de 10 filhos, mas quase metade deles vinha a falecer. A Nigéria apresenta ainda hoje números altos de natalidade e de mortalidade infantil; números esses de carne e osso, os quais eu via todos os dias.” Pediatra Alexandre Bublitz fala sobre a sua experiência tratando crianças com desnutrição na Nigéria.
Disponível em: https://www.msf.org.br/diarios-de-bordo. Acesso em: 30/05/2020.
Pediatra Alexandre Bublitz fala sobre a sua experiência tratando crianças com desnutrição na Nigéria Disponível em: https://www.msf.org.br/diarios-de-bordo. Acesso em: 30/05/20.
No seu projeto de vida há objetivos que possibilitam a solidariedade?
RESPOSTA (SUGESÃO): Um projeto de vida é um esquema onde você coloca as suas prioridades a longo prazo. No meu, há espaço para atuar em redes de solidariedade, pois atuo como voluntário em um projeto educacional.
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