A agremiação de Niterói levou à Sapucaí um enredo sobre as Ganhadeiras de Itapuã, mulheres escravizadas que no século 19vendiam comida e lavavam roupas na lagoa do Abaeté, em Salvador – com o dinheiro arrecadado, elas compravam a liberdade de outras mulheres submetidas ao cativeiro.
A Viradouro empolgou o público da Sapucaí, que cantou junto o hino da escola.
Com o refrão “Ó, mãe! Ensaboa, mãe! Ensaboa pra depois quarar”, a Unidos do Viradouro, de Niterói, segunda escola da noite, contagiou o público na Marquês de Sapucaí ao contar uma história que se passa na Bahia com bastante africanidade. Trata-se das ‘Ganhadeiras’ de Itapuã, que são lavadeiras descendentes de mulheres que foram escravizadas e lutaram contra a opressão.
Através do enredo “Viradouro de alma lavada” concebido pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcisio Zanon, a agremiação também reforçou o conceito de empoderamento feminino além de ter mostrado as chagas de um país desigual e como a fé de matriz africana é um alento nas dificuldades diárias, um meio de conexão com algo superior à nossa compreensão. Isto foi explícito em uma apresentação dedicada a Oxum, que no sincretismo religioso é Nossa Senhora da Conceição.
Repetiu o sucesso de 1997, quando sagrou-se campeã com o lendário carnavalesco Joãsinho Trinta (1933-2011).
*Com informações da Agência de Notícias das Favelas.
*Com informações da Agência de Notícias das Favelas.
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