A natureza social do discurso geográfico - Alexandrina Luz Conceição. Terra Livre São Paulo/SP Ano 28, V.2, n.39 p.19-35 Jul-Dez 2012
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Resumo: Este texto objetiva refletir sobre as fronteiras e delimitações do pensar geográfico nos diferentes discursos das ciências sociais. Pensar o pensamento geográfico a partir de estruturas construídas no contexto histórico em que prescrevem as ideologias, na configuração das concepções teóricas dos sujeitos que discursam. A análise proposta tem como fundamentos a teoria e o método do marxismo e da filosofia da linguagem, sustentados na análise do discurso de Michael Bakhtin. Objetiva-se, assim, aferir que todo discurso tem uma estrutura polifônica, estando simultaneamente na dimensão diacrônica/sincrônica, inscrito em diversos tempos históricos, já que a natureza do enunciado é social, e não individual, e esta não existe fora de um contexto social. Todo discurso tem, no seu enunciado, a posição de uma classe social. Ao posicionar-se o discurso (desde que nele não haja neutralidade), este é feito em nome de uma classe social, portanto, todo discurso assume a tensão de um objeto que deve ser exposto por um sujeito em múltiplos sujeitos que o representam.
Palavras-chaves: pensamento geográfico, natureza social do discurso, signo dialético, polifonia do discurso, método.
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