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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Teoria de Malthus

Teoria demográfica mais conhecida, ela foi publicada na Inglaterra, em 1798, pelo economista e sacerdote anglicano Thomas Robert Malthus (1766-1834), que estava preocupado com os problemas enfrentados por seu país durante a Revolução Industrial (êxodo rural, desemprego, aumento populacional etc). Malthus expôs sua famosa teoria na obra Um ensaio sobre o princípio da população, na qual atribuía toda a culpa da caótica situação social da época ao seu excessivo crescimento populacional dos pobres. Sua teoria, que se fundamenta na relação entre crescimento populacional e meios de subsistência, apóia-se nas seguintes premissas:

1ª) caso não seja detida por obstáculos (guerras, epidemias etc), a população tende a crescer segundo uma progressão geométrica;
2ª) os meios de subsistência, na melhor das hipóteses, só podem aumentar segundo uma progressão aritmética.

Assim para evitar o caos, Malthus propunha a erradicação da pobreza e da fome por meio de uma política antinatalista, com medidas como o controle da natalidade, casamentos tardios, número de filhos compatível com os recursos dos pais etc.

Malthus estava certo?


Decorridos quase dois séculos, a teoria de Malthus continua suscitando debates. Entretanto o tempo pode demonstrar que ela carecia de uma sólida fundamentação científica. Vejamos a seguir, de forma resumida, as principais críticas que lhe são feitas:
  • O crescimento demográfico geométrico da população previsto por Malthus não ocorreu e a produção mundial de alimentos aumentou de forma acelerada.
  • A Europa e as demais áreas desenvolvidas do mundo mostraram que o desenvolvimento econômico, reformas e bem-estar social são a fórmula para deter o crescimento populacional.
  • A progressiva emancipação feminina (certamente não prevista por Malthus) tem sido decisiva no controle da fertilidade (a mulher passou a decidir o número de filhos que quer ter).
  • A maior parte das terras agrícolas dos países subdesenvolvidos (grandes propriedades rurais) é utilizada para culturas de exportação, nem sempre atendendo às necessidades alimentares das populações.
  • O desenvolvimento científico e tecnológico ocorrido no campo da agropecuária e da genética possibilitou a produção de alimentos suficientes para suprir as necessidades de toda a humanidade.
Parece evidente, portanto, que não se pode responsabilizar apenas o crescimento da população pelo estado de miséria e fome em que se encontram muitos países. As causas da fome são, na realidade, políticas e econômicas. O elevado crescimento populacional do Brasil até a década de 1960 foi um fator que contribuiu para o seu desenvolvimento econômico. Entretanto, a acentuada redução da natalidade e do crescimento vegetativo ocorrida a partir da década de 1970 não resultou em correspondente melhoria na distribuição da renda e no padrão de vida da maioria da população.

Referência Bibliográfica:
Geografia Geral e do Brasil.

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