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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

História de Barretos, São Paulo – SP

Histórico do Município: Barretos, São Paulo – SP
Gentílico: barretense

A origem de Barretos remete à história dos bandeirantes. Os primeiros chegaram pelos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, e pelo Triângulo Mineiro, seguindo os mananciais dos rios Grande, Tietê e Paranapanema. Os mineiros na primeira metade do século XIX, desgostosos com a lida na mineração do ouro e das pedras preciosas, abandonaram a batéia e o carumbé, e seguindo as quebradas do Rio Grande, acompanhados da família, de criados e de agregados, desceram pelos vales do Rio Grande e seus afluentes, até o Sertão da Farinha Podre (Uberaba), Arraial Bonito do Capim Mimoso (Franca) e Campos de Batataes.

Os intrépidos exploradores deste sertão até então desconhecido foram, dentre outros, os companheiros de Bartholomeu Bueno da Silva, o célebre Anhanguéra, e alguns outros aventureiros, procedentes do Sul do estado de Minas Gerais, que por muito tempo permaneceram a margem direita do Rio Grande e do Rio Pardo. Mais tarde, à procura das terras devolutas, vieram criadores de gado em busca de melhores condições para o desenvolvimento de seus rebanhos. Transpondo as barreiras do Rio Pardo, nas alturas do Bom Sucesso, do Cajuru e do Pontal, exploradores mineiros chegaram buscando encontrar parentes que, adentrando por entre os sertões, haviam alcançado as regiões de Campinas, Rio Claro e Araraquara, grandes estações de povoamento do Noroeste Paulista.

Dentre inúmeros nomes, vamos encontrar o do alferes João José de Carvalho, o maior latifundiário da região, que possuía mais de 100.000 alqueires em ambas as margens do Rio Pardo, na Santo Ignácio e nas Palmeiras; o tenente Francisco Antonio Diniz Junqueira, proprietário da Invernada e da Pitangueiras, terras entrecortadas pelo mesmo rio; o tenente José Antônio de Souza e Silva, dono da Bagagem, Francisco Dias de Mesquita, Jesuíno Guimarães e Muniz Camacho, senhores da fazenda Perdizes; Gabriel Correa de Moraes e Antonio José Botelho, proprietários do Rio Velho; Hygino Martins do Amorim e Manoel Gonçalves de Souza, descobridores da famosa Cachoeira do Marimbondo e primeiros donos da fazenda do mesmo nome. Finalmente, destaca-se a figura de Francisco José Barreto, fundador de Barretos e doador de seu patrimônio.

Segundo os registros, Francisco José Barreto tinha sido capataz da comitiva que levou o tenente Francisco Antonio até o Sul de Minas para tomar posse das terras da Barra do Pitangueiras. Após a expedição, o tenente orientou Barreto que seguisse em direção às cabeceiras daquele ribeirão e, após uma certa distância, tomasse posse para si das terras. 

A origem de Francisco José Barreto, no entanto, é historicamente incerta. Uns dizem que era de Carmo dos Tocos (atual Paraguaçu), outros que era natural de São José da Campanha e outros que ele teria nascido em Caldas Velha (hoje Caldas). O certo é que era de origem mineira, de onde saiu com toda família em 1831.

Francisco Barreto e sua esposa Ana Rosa, acompanhados pelos filhos, genros e noras, além de seu irmão Antônio, Simão Antonio Marques, o Librina, e sua esposa Joana Maria de Azevedo, filhos, um irmão, e ajudantes andaram por dias a fio, percorrendo longos caminhos e abrindo picadas à força do braço e do facão.

Antes de chegar a Barretos, passaram por São Bento de Aracoara, Arraial Bonito do Capim Mimoso (atual Franca), Mato Grosso de Batatais e Morro do Chapéu (atual cidade de Morro Agudo). Atingiram a barranca do Rio Pardo, alcançando o córrego Cachoeirinha, improvisando canoas para realizarem a travessia do caudal.
Finalmente assentaram-se à beira do Ribeirão das Pitangueiras, num local denominado por Fazendinha. Com o passar do tempo, a sede da então Fazenda Fortaleza foi transferida para as proximidades do antigo sanatório Mariano Dias, local onde hoje existe o Marco Histórico.
Vista da rua 20, centro da cidade : Município de Barretos (SP) - 1960.
Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Espírito Santo de Barretos, pela Lei Provincial n.º 42, de 16-04-1874, subordinado ao município de Jaboticabal.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Espírito Santo de Barretos, pela Lei Provincial n.º 22, de 10-03-1885, desmembrado de Jaboticabal. Sede na vila de Espírito Santo de Barretos. Constituído do distrito sede. Instalado em 31-01-1890.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Espírito Santo de Barretos, pela Lei Municipal datada de 08-01-1897.
Pela Lei Estadual n.º 1.021, de 06-11-1906, o distrito de Espírito Santo de Barretos passou a denominar-se Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.027, de 30-11-1906, é criado o distrito de Laranjeiras e anexado ao município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.035, de 18-12-1906, é criado o distrito de Vila Olímpia e anexado ao município de Barretos.
Pela Lei Provincial n.º 1.139, de 31-10-1908, é criado o distrito de Monte Verde e anexado ao município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 1.141, de 16-11-1908, é criado o distrito de Itambé e anexado ao município de Barretos.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 5 distritos: Barretos (ex-Espírito Santo de Barretos), Itambé, Laranjeiras, Monte Verde e Vila Olímpia.
Pela Lei Estadual n.º 1.404, de 23-12-1913, o distrito de Monte Verde passou a denominar-se Cajobi.
Pela Lei Estadual n.º 1.571, de 07-12-1917, são desmembrados do município de Barretos os distritos de Olímpia (ex-Vila Olímpia) e Cajobi (ex-Monte Verde), para constituir o novo município de Olímpia.
Pela Lei Estadual n.º 1.572, de 07-12-1917, é criado o distrito de Colina e anexado ao município de Barretos.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município de Barretos é constituído de 4 distritos: Barretos, Colina, Itambé e Laranjeiras.
Pela Lei Estadual n.º 2.019, de 26-12-1924, é criado o distrito de Jaborandi e anexado ao município de Barretos.
Pela Lei Estadual n.º 2.096, de 24-12-1925, são desmembrados do município de Barretos os distritos de Colina e Jaborandi, para constituir o novo município de Colina.
Em divisão administrativa referente ao ano 1933, o município é constituído de 3 distritos: Barretos, Itambé e Laranjeiras.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Barretos, Fortaleza, Itambé e Laranjeiras.
Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30-11-1938, o distrito de Fortaleza é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Barretos. Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Frigorífico e anexado ao município de Barretos.
No quadro fixado para vigorar no período 1939-1943, o município é constituído de distrito 4 distritos: Barretos, Frigorífico, Itambé e Laranjeiras.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30-11-1944, foram extintos os distritos de Frigorífico e Laranjeiras, sendo seus territórios anexados ao distrito sede do município de Barretos. Sob o mesmo Decreto foram criados os distritos de Amoreira e Colômbia, criados com terras do extinto distrito de Laranjeiras e ainda foi alterada a denominação do distrito de Itambé para Ibitu.
No quadro fixado para vigorar no período 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Barretos, Ibitu (ex-Itambé), Colômbia e Amoreira.
Pela Lei Estadual n.º 233, de 24-12-1948, o distrito de Amoreira passou a denominar-se Alberto Moreira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Barretos, Alberto Moreira (ex-Amoreira), Colômbia e Ibitu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela Lei Estadual n.º 5.285, de 18-02-1959, é desmembrado do município de Barretos o distrito de Colômbia. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Barretos Ibitu e Alberto Moreira.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

Fonte: Biblioteca do IBGE.

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