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domingo, 20 de março de 2022

Questão de Filosofia - ENEM 2018 - TEXTO I Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra,

ENEM 2018 - TEXTO I
Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

TEXTO II
Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).

Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma
a) predisposição ao conhecimento. 
b) submissão ao transcendente. 
c) tradição epistemológica. 
d) condição original. 
e) vocação política.

RESPOSTA:
Letra D.

Hobbes e Rousseau são dois filósofos contratualistas, ou seja, acreditavam que os homens viviam original - mente em condição ou estado de natureza, e, portanto, a sociedade seria um pacto artificial. A diferença entre os dois filósofos está na antropologia. Para Hobbes, o homem porta naturalmente uma inclinação ao conflito e à guerra; enquanto para Rousseau, o homem era marcado pela bondade original.

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