Presidente culpou indígenas e caboclos pela propagação do fogo na Amazônia e Pantanal. Ex-capitão também fez apelo contra a "cristofobia"
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22), que as florestas brasileiras são “úmidas” e que, por conta disso, não permitem a propagação de queimadas. O ex-capitão também voltou a culpar indígenas pelo fogo na Amazônia e Pantanal.
“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”, disse.
O presidente também afirmou que o Brasil é vítima de uma “brutal campanha de desinformação” em relação aos incêndios e que o objetivo central é atacar seu governo.
“Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta. Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, disse.
Cristofobia
Outro ponto do discurso de Bolsonaro que chamou atenção foi seu apelo contra o que chama de “cristofobia”. Comentário foi feito quando ele se solidarizava com os libaneses pela explosão em porto de Beirute em agosto.
“A liberdade é o bem maior da humanidade. Apelo pela liberdade religiosa e combate à cristofobia. Minha solidariedade ao povo do Líbano”, disse. Na sequência, o presidente aproveitou para elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo acordo de paz entre Israel e os Emirados Árabes.
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