A chuva forte da última quinta
feira (31/1/2013) deixou em alerta as cidades históricas de Ouro Preto e
Mariana, na Região Central de Minas, onde houve desabamento de encostas
e transbordamento de córregos. O risco de novas inundações e
desmoronamentos levou a Prefeitura de Mariana a decretar ontem estado de
atenção. Segundo medição feita pela Defesa Civil local, o volume de
chuva foi de 160mm em 24 horas. O desabamento de barrancos atingiu casas
nos bairros Cabanas, São Gonçalo e Alto do Rosário. Não houve feridos,
mas quatro famílias, formadas por 10 adultos e nove crianças, foram
desalojadas e acolhidas em casas de parentes e vizinhos.
O
transbordamento do Ribeirão do Carmo, que subiu dois metros acima do
nível normal, alagou ruas e estradas de acesso a três distritos:
Bandeirantes, Monsenhor Horta e Cachoeira do Brumado. A água ameaça
chegar a residências nas áreas rural e urbana. Na quarta-feira, outras
duas famílias foram retiradas de suas casas, que ficam em áreas de
risco. A Defesa Civil avalia se mais moradores devem ser removidos. “Nos
próximos dias, outras áreas vão ser classificadas como de risco. Em
algumas encostas, o perigo de deslizamentos é muito grande”, afirma o
secretário de Defesa Social do município, José Luiz Furst. Os problemas
devem persistir, pois, segundo alerta emitido pela Defesa Civil uma
frente fria prevê chuvas com acúmulo de 100mm a 140mm para a região de
Mariana até segunda-feira.
Em
Ouro Preto, o deslizamento de terra de um morro na Rua Padre Rolim,
próximo à rodoviária, assustou moradores vizinhos ao local e fez lembrar
a tragédia do dia 3 de janeiro do ano passado, quando dois taxistas
morreram soterrados depois do desmoronamento do mesmo barranco. Ontem, a
rua foi fechada preventivamente, de acordo com o coordenador interino
da Defesa Civil Charles Romazamu. “Estamos hoje (ontem) com oito dias de
chuva consecutivos, o que gerou um acumulado de água muito
significativo e favorável a deslizamentos. Esse já é um problema
característico de nossa cidade e de nossos distritos”, afirmou o
coordenador.
O
Corpo de Bombeiros e técnicos da Defesa Civil municipal vistoriaram
áreas de risco e alertaram moradores para o perigo de novos temporais.
No fim da tarde, seis famílias foram retiradas de locais de
instabilidade devido à possibilidade de desabamento de casas nos bairros
Novo Horizonte, Taquaral e São Francisco de Paula. O distrito de
Amarantina foi atingido por uma tempestade, que fez o Ribeirão Maracujá
subir cerca de 30 centímetros e alagar residências.
Três
famílias em Ouro Preto foram removidas de suas residências através de
uma ação conjunta pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Assistência
Social da cidade, visto que suas residências correm riscos de
desabamento e deslizamento. De acordo com o Chefe da Ala Operacional do
Corpo de Bombeiros Militar, 1º Sargento Márcio Ferreira, “se as chuvas
continuarem a situação pode se agravar. As pessoas que moram em áreas de
riscos devem ficar atentas a alterações nas suas casas e diante de
situações consideradas perigosas à VIDA, devem entrar em contato
imediatamente com o Corpo de Bombeiros e ou Defesa Civil“.
“Até o momento, 18 ocorrências foram registrados no dia de hoje. Nenhuma fatal” finaliza o Sargento.
Com informações do Laboratório de Biogeografia e Climatologia - UFV
Com informações do Laboratório de Biogeografia e Climatologia - UFV
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