Leia um trecho do artigo de opinião “Sábios antivacinais”, do médico Drauzio Varella.
No Brasil e em outros países, têm ganhado força os movimentos de oposição às vacinas. É um contingente formado, sobretudo, por pessoas que tiveram acesso a escolas de qualidade e às melhores fontes de informação, mas acreditam piamente em especulações estapafúrdias sobre os possíveis malefícios da vacinação.
[...]
Essas sumidades têm todo o direito de discordar dos médicos e dos avanços científicos, mas deveriam ser coerentes. Por que não aconselham os filhos a fumar? As filhas a fazer sexo sem proteção? Por que não amamentam os recém-nascidos com mamadeiras e leite em pó em vez de oferecer-lhes o seio materno, por pelo menos seis meses, como recomenda o mesmo Ministério da Saúde que vacina as crianças?
Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/ sabios-antivacinais-artigo/. Acesso em: 30 jan. 2020.
a) Qual palavra empregada no último parágrafo exemplifica o uso da figura de
linguagem ironia? Justifique sua resposta.
b) Por que o termo “especulações” e o adjetivo que o qualifica introduzem um valor
opinativo no primeiro parágrafo, que é predominantemente expositivo?
c) O articulista acredita que as pessoas têm o direito de contestar a eficácia das
vacinas? Justifique sua resposta.
d) Qual é o objetivo das perguntas feitas pelo articulista no último parágrafo?
RESPOSTA:
a) “Sumidades”. O termo refere-se a alguém que é destacado pelo seu saber, um sábio, mas,
no texto, remete a pessoas que estão sendo criticadas justamente por mostrar pouca inteligência ao acreditar em especulações sobre os danos provocados por vacinas.
b) Nesse contexto, o termo “especulações” sugere uma hipótese não baseada em fatos concretos, e “estapafúrdia” acrescenta a ideia de que são pontos de vista disparatados, ilógicos.
c) Não. O articulista é sarcástico quando sugere que as pessoas têm esse direito, já que, em seguida, estimula-as a manter a coerência adotando outros comportamentos que colocariam em risco seus filhos.
d) Não. O articulista é sarcástico quando sugere que as pessoas têm esse direito, já que, em seguida, estimula-
-as a manter a coerência adotando outros comportamentos que colocariam em risco seus filhos.
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