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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Questão de História - UFU 2018/2 - “A acusação de ‘violência’ ou ‘terrorismo’ sem demora

UFU 2018/2 - “A acusação de ‘violência’ ou ‘terrorismo’ sem demora tem um significado negativo. Esse termo tem adquirido uma nova roupagem, uma nova cor. (...) Hoje, ser ‘violento’ ou ser ‘terrorista’ é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada, porque é um ato digno de um revolucionário, engajado na luta armada contra a vergonhosa ditadura militar e suas atrocidades”. MARIGHELLA, Carlos, Manual do Guerrilheiro Urbano, 1969 (adaptado). 

A proibição de canais legais de participação política e o aumento da repressão, durante a Ditadura Civil-Militar, fez com que a oposição ao regime se reorganizasse para a luta armada, fomentando o surgimento de vários grupos de guerrilha urbana. Carlos Marighella liderou um dos grupos mais atuantes, formado por estudantes e por políticos na clandestinidade. 

Sobre essa temática, faça o que se pede. 
A) Cite o grupo de guerrilha liderado por Marighella, discorrendo sobre sua vinculação política e suas principais ações. 
B) Aponte uma medida de repressão legal e outra de ordem policialesca, tomadas pelo governo militar para sufocar a guerrilha urbana.

RESPOSTA:
A) Carlos Marighella liderou o grupo guerrilheiro denominado Aliança Libertadora Nacional (ALN), que surgiu, em 1967, como um importante agente de resistência à ditadura civilmilitar. Marighella fundou o referido grupo, vinculado politicamente às tendências de esquerda a partir de sua dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Suas ações, em termos de guerrilha urbana, centraram-se em assaltos a bancos, a carros e a trens pagadores, sequestros de diplomatas e lutas armadas. 

B) A medida de repressão legal tomada pelo governo para sufocar a guerrilha foi a criação do Ato Institucional número 05 (AI-5). O AI-5, de 13 de dezembro de 1968, reeditou os princípios do AI-1, suspendeu o princípio do habeas corpus e instituiu, de forma clara e objetiva, a tortura e a violência física contra os opositores do regime. Em termos de repressão policialesca, a ditadura utilizou-se da perseguição e da prisão de indivíduos entendidos como subversivos, instituindo, em muitos casos, práticas de torturas e até assassinatos.

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