Diferentemente do Ártico, que não é um continente, pois é formado apenas por banquisa, a Antártica tem base rochosa, como os demais continentes do planeta, parte dela de origem vulcânica. É recoberta por uma camada de gelo com espessura média de 2 quilômetros e pode chegar a até 5 quilômetros em algumas áreas. Seu relevo é composto de cadeias montanhosas elevadas, onde se destaca o monte Vinson. Seu subsolo, que pode conter minérios e combustíveis fósseis, ainda é pouco conhecido.
O continente possui área de aproximadamente 14 milhões de km², um
pouco maior do que a Europa e cerca de uma vez e meia o tamanho do Brasil.
Entretanto, no inverno, seu tamanho pode dobrar com a expansão da banquisa, por causa do congelamento das águas do oceano glacial Antártico. Nessa
época do ano, a temperatura é baixíssima, atinge em média –15 °C no litoral
e –65 °C no interior do continente. No verão, a temperatura oscila em torno
de 0 °C no litoral e –30 °C no interior, em média. O clima do continente é
classificado como polar.
O frio polar também é responsável pela formação de geleiras, plataformas
de gelo constituídas por água doce, que, quando se desprendem e se deslocam
sobre o oceano, recebem o nome de iceberg. Estima-se que 70% da água doce
do planeta esteja concentrada nas geleiras.
O ambiente de clima polar da Antártica apresenta características que
limitam o desenvolvimento de vegetação. Por isso, nesse continente há basicamente musgos e liquens, que crescem durante o curto verão, nos locais
onde o solo fica exposto quando ocorre o derretimento do gelo.
Nas águas do oceano glacial Antártico há diversas espécies de peixes e
de outros animais, como focas, baleias
e elefantes-marinhos. Nas águas geladas do oceano também se desenvolvem pequenos crustáceos parecidos com o camarão, chamados krill, alimento da
maioria dos animais marinhos, e por isso muito importante para os ecossistemas
antárticos. No continente, há também espécies de aves, entre elas pinguins, aves
não voadoras.