PESQUISAR ESTE BLOG

domingo, 27 de julho de 2014

Exercícios resolvidos de Geografia sobre Usinas Hidrelétricas

Geografia - Usinas Hidrelétricas - 21 Questões de Vestibulares e Concursos

01. UNICAMP 2004 - Na década de 1920, a geração hidráulica de energia (turbinas e rodas d’águas) já era majoritária nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina e Espírito Santo. Nos demais Estados, a eletricidade era produzida, na sua maior parte, por geradores térmicos (máquinas a vapor e combustão interna). (Adaptado de Milton Santos e MarIa Laura Silveira, O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro, Record, 2001, p. 71.)
a) No início do século XX, a difusão da energia elétrica no território brasileiro era feita por sistemas técnicos independentes. A partir da década de 1960, passa a ocorrer uma unificação e interligação dos sistemas hidrelétricos isolados. Por quê?
b) Cite um dos grandes subsistemas energéticos brasileiros.
c) O complexo binacional de Itaipu ainda é considerado a maior hidrelétrica do mundo. Dê duas justificativas para a sua construção.

02. UFRN 2008 - A água é um recurso natural que pode ser utilizado para vários fins, dentre os quais se destaca a produção de energia. 
A) Explique por que o Brasil está entre os países que mais produzem energia proveniente de  usinas hidrelétricas. 
B) Cite dois impactos socioambientais negativos que os lagos artificiais formados em  decorrência da construção de usinas hidrelétricas produzem no território brasileiro

03. UEL 2012 - Com base nos conhecimentos sobre usinas hidrelétricas e na análise do mapa, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.
( ) No mapa, é possível visualizar alagamentos de grandes áreas a montante da barragem, formando o lago de Itaipu; já a jusante do curso do rio Paraná, a vazão mostra-se reduzida.
( ) A usina de Itaipu foi a primeira obra a utilizar Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA--RIMA) para a preservação de sítios arqueológicos e de territórios habitados pelas populações ribeirinhas.
( ) Apesar da amplitude do lago de Itaipu, a sua formação não gerou variabilidade climática na região, entretanto causou influências no micro-clima local, com o aumento do albedo nessas áreas.
( ) Os municípios envolvidos na implantação de uma usina hidrelétrica recebem royalties como compensação financeira pela utilização do potencial hidráulico dos rios.
( ) O relevo propício para a construção de usinas hidrelétricas abarca planaltos como o de Foz do Iguaçu, com rios caudalosos e de boa vazão.Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo,a sequência correta.
a) V, V, V, F, F. 
b) V, F, V, V, V. 
c) V, F, F, V, V.
d) F, V, F, F, F.
e) F, F, F, F, V.

04. PUCRS 2014 - INSTRUÇÃO: Para responder à questão 4, analise o texto abaixo e preencha as lacunas.O potencial hidrelétrico brasileiro é considerado satisfatório para as atuais necessidades do país. No entanto, potencial não é a mesma coisa que potência gerada. No último verão, por exemplo, houve um período longo de estiagem, ocasionando uma baixa significativa nos níveis de água das represas. Além disso, as temperaturas muito elevadas demandaram maior consumo de energia elétrica, ocorrendo,inclusive, os chamados “apagões”. Para compensara queda na geração de energia das hidrelétricas,que corresponde à _________ parte da energia elétrica produzida no Brasil, foi necessário que o governo acionasse as usinas ________, que utilizam_________ e _________, compensando o déficit energético nacional no período.
04) A alternativa que completa corretamente as lacunas é
A) maior – termoelétricas – carvão mineral – óleo
B) maior – eólicas – carvão vegetal – vento
C) menor – termoelétricas – urânio – óleo
D) maior – nucleares – carvão vegetal – óleo
E) menor – nucleares – carvão vegetal – bauxita

05. UNESP 2014 - Considerando conhecimentos geográficos sobre as formas de  uso dos recursos hídricos brasileiros, é correto afirmar que,  dentre as consequências associadas ao cenário apresentado  pela região Centro-Sul do Brasil em janeiro e fevereiro de  2014, estão:
(A) o esgotamento dos recursos hídricos e a ampliação da geração de energia elétrica por  fonte solar e eólica.
(B) o racionamento na distribuição de água em algumas localidades e o comprometimento na  capacidade de geração de energia nas hidrelétricas.
(C) a redução da produção industrial brasileira e o aumento do abastecimento de água para atender a nova demanda nas cidades.
(D) a extinção do abastecimento público e a implantação de medidas socioeducativas para captação e uso racional da água
(E) o comprometimento da produção agropecuária e a reserva de água para abastecimento exclusivo das usinas hidrelétricas.

06. UEL 2012 - A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil, sendo Itaipu um exemplo. Com base nos conhecimentos sobre desenvolvimento e a questão socioambiental, considere as afirmativas a seguir.
I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido impactos sociais, como o desenraizamento cultural.
II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos habitats naturais no projeto nacional-desenvolvimentista defendido pelos militares pós-64.
III. As incertezas sobre os impactos ambientais coma construção de usinas hidrelétricas trouxeram,por desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.
IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial prevista para as próximas décadas. Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

07. ESPM 2011 - Observe a notícia:
Novos conflitos paralisam obras de Jirau
Dilma Rousseff determinou envio da Força Nacional de  Segurança a Roraima para impedir confrontos no canteiro. Na madrugada da véspera, quando a situação  aparentemente já havia retornado ao normal após os conflitos anteriores, um grupo de homens encapuzados  tentou invadir as instalações, o que obrigou o deslocamento  de policiais militares para o local.
www.cartacapital.com.br — acesso em 27/03/2011 
A notícia diz respeito a uma tensão ocorrida nesse primeiro
semestre de 2011 junto à Amazônia brasileira. O motivo
dos conflitos refere-se:
a) a conflitos de terra,herança da arcaica estrutura fundiária brasileira.
b) a conflito entre indígenas que reivindicam a demarcação de suas terras e rizicultores locais.
c) à polêmica envolvendo a demarcação da reserva indígena da Raposa Serra do Sol.
d) a conflito entre povos indígenas desalojados pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
e) à construção de uma usina hidrelétrica no local.

08. (UFV/1996) O Brasil é um país rico em rios, o que confere um grande potencial hidrelétrico. Este potencial esta relacionado respectivamente aos seguintes fatores geográficos:
a) Ás condições climáticas e ao relevo acidentado.
b) A predominância no país do clima equatorial e a existência de poucas áreas planas.
c) A continentalidade do território e a disposição longitudinal do seu relevo.
d) A latitude e a monotonia do relevo.
e) A tropicalidade e a existência de planícies de tamanho considerável.

09. (ENEM/2010) A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina. BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da confusão. Isto é Dinheiro. Ano 13, no 655,28 abr. 2010 (adaptado).
Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão relacionados
A) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
B) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a conservação ambiental.
C) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela desapropriação das terras.
D) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por parte das empreiteiras.
E) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.

10. UNITAU 2013 - A construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, região norte do Brasil, vem  provocando acalorados debates entre o governo, povos indígenas e ambientalistas. O centro das polêmicas está no impacto ambiental que a construção do lago da usina pode trazer como  consequência. Dentre as consequências abaixo, aponte aquela que não apresenta possível (eis) prejuízo(s) ambiental (ais) decorrente(s) da construção da usina. 
a) Diminuição de biodiversidade e patrimônio genético locais 
b) Diminuição da qualidade da água e assoreamento do lago da represa
c) Crescimento urbano desordenado em áreas de proteção ambiental 
d) Aumento da geração de energia elétrica ecologicamente limpa 
e) Destruição de mata nativa e consequente perda de hábitats naturais

11. UENP 2013Leia as assertivas referentes à Usina Hidrelétrica de Mauá, que foi construída no rio Tibagi, no estado do  Paraná, e inaugurada em 12 de dezembro de 2012.
I. No dia 7 de dezembro de 2005, O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) emitiu Licença Prévia para a  construção da Usina Mauá. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou em 10 de outubro de 2006 um leilão, no qual o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul arrematou a concessão da UHE  Mauá.
II. A Usina Hidrelétrica Mauá teve sua construção iniciada em 2008 e foi concluída em 2012. A Usina Mauá  terá capacidade instalada de 361 MW. A barragem da hidrelétrica foi construída entre os municípios de  Telêmaco Borba e Ortigueira.
III. Ambientalistas se opuseram à implantação da Usina Mauá, bem como advertiram que toda a 
biodiversidade estaria ameaçada, influenciando o ecossistema natural e trazendo impactos negativos ao  meio ambiente e à população ribeirinha. Em virtude disso, surgiu o Movimento dos Atingidos por  Barragens (MAB), no Brasil.
IV. A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) não aprovou o Projeto Básico Ambiental para as regiões  afetadas. Este projeto relacionava as ações que seriam desenvolvidas para reduzir ou compensar os  impactos socioambientais ocasionados durante a construção da usina Presidente Figueiredo (Usina  Mauá).
Estão corretas apenas quais afirmativas?
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e IV
e) III e IV

12. UNICENTRO 2013/1 - Sobre a Usina Hidrelétrica de Mauá, no estado do  Paraná, assinale a alternativa correta.
(A) Instalada no rio Tibagi, na região dos Campos Gerais,  afetou áreas de remanescentes florestais, com a  formação do reservatório de água.
(B) Instalada no médio curso do rio Ivaí, deve fornecer  energia para o Norte do Paraná.
(C) A formação do lago artificial, isto é, do reservatório,  afetou extensas áreas de mangues, no sopé da Serra  do Mar.
(D) É a usina hidrelétrica mais moderna, pertencendo ao  complexo de usinas do rio Paranapanema.
(E) Colocada em operação, deverá completar o conjunto  de usinas instaladas no rio Iguaçu, visando o  fornecimento de energia para os estados de Santa  Catarina e Rio Grande do Sul.

13. UNICAMP 1999 - A construção da hidrelétrica de Porto Primavera, na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, está provocando um desastre ambiental e social na região do Rio Paraná e seus afluentes. (Folha de São Paulo, 04/08/97) 
O trecho apresentado relaciona a construção de hidrelétricas com problemas ambientais e sociais. Explique por que podemos estabelecer relações entre hidrelétricas, migrações compulsórias e meio ambiente.

14. MACKENZIE 2014 - São Paulo, 19 Set 2013 (Reuters) - As hidrelétricas responderam por  77,43 por cento do total de energia produzida no país em julho, mês em  que o governo decidiu desligar 34 térmicas, representando um aumento  de 4,7 por cento em relação a junho.
Já a geração termelétrica em julho foi de 12.641 megawatts (MW) médios,  uma queda de 12,1 por cento em relação a junho, quando essas usinas  geraram 14.381 MW médios, informou a Câmara de Comercialização de  Energia Elétrica (CCEE) no informativo Infomercado de setembro.
O governo decidiu desligar 34 usinas a óleo e diesel em julho, alegando  que as chuvas ajudaram a encher os reservatórios das hidrelétricas – com  exceção do Nordeste – e que o desligamento das usinas faria o sistema  elétrico economizar cerca de 1,4 bilhão de reais mensais.
Em agosto, após blecaute que atingiu o Nordeste, o governo religou cerca  de 1.000 megawatts de térmicas.
O país passa agora pelo período seco, quando costuma ocorrer redução  dos reservatórios das hidrelétricas – que deve ser recomposto com o  começo do período chuvoso a partir de novembro.
O nível dos reservatórios do Nordeste está em 33,28 por cento, segundo  dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), atualizados na  véspera, ante o nível de 46,52 por cento em junho – antes do desligamento  da maior parte de térmicas.
No Sudeste/Centro-Oeste, o nível passou de 63,75 por cento em junho  para 50,9 por cento atualmente. No Sul, subiu de 80,83 por cento para  82,6 por cento. Já no Norte, o nível das represas caiu de 93,55 por cento  em junho para 60,7 por cento.
Em julho, após a decisão de desligar as 34 térmicas e antes da notícia de  religamento de 1.000 MW no Nordeste, o diretor-geral do ONS, Hermes  Chipp, estimou que durante o período seco o uso dos reservatórios das  hidrelétricas resultaria em uma depreciação de 8 por cento até novembro. Agência Reuters
Assinale a alternativa correta. 
a) O aumento da participação da energia hidráulica na matriz energética  brasileira foi possível com a entrada em operação da hidrelétrica de Belo  Monte, no Amazonas. 
b) O “período seco” mencionado no texto refere-se à confirmação da hipótese  de aquecimento global, ao contrário de uma variação normal dos índices  pluviométricos para essa época do ano.
c) As usinas hidrelétricas continuam a ser uma opção energética viável  economicamente. A opção por essa fonte de energia foi acentuada no país a  partir do governo Geisel, em um contexto de uma crise energética mundial.
d) A opção brasileira pela hidreletricidade contraria o que se verifica nas  maiores economias do mundo. Em razão de preocupações ambientais,  inexistentes na legislação brasileira, países como EUA, Canadá, Rússia e  China não utilizam esse método ultrapassado de geração de energia.
e) Entre as fontes térmicas utilizadas como complemento na geração de  eletricidade no Brasil, as usinas nucleares de Angra I, II e III ocupam maior  participação do que as usinas movidas a gás natural, petróleo e carvão  mineral.

15. UEFS 2012/1 - A construção dessa hidrelétrica tem sido considerada um dos piores desastres ecológicos ocorridos no Brasil. A represa alagou milhares de quilômetros quadrados de floresta, expulsou comunidades e grupos ribeirinhos e afetou as populações de espécies vegetais e animais. A vazão de água é pequena e a usina gera pouca energia, mas a emissão de dióxido de carbono e de gás metano para a atmosfera, produzida pela floresta submersa em decomposição, é dez vezes maior do que a de uma usina termelétrica com a mesma capacidade. (BRASIL:..., 2009, p. 50).
A alternativa que indica, respectivamente, o rio e a hidrelétrica retratados no texto é a
A) Amazonas / Curuá-Una.
B) Madeira / Santo Antônio.
C) Uatamã / Balbina.
D) Tocantins / Estreito.
E) Xingu / Belo Monte

16. UFMT 2011 - Um elemento importante para impulsionar o desenvolvimento econômico de um país é a oferta de energia. Sobre a 
questão energética brasileira, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A matriz energética brasileira é considerada a mais limpa do planeta, segundo relatórios da ONU, isso se deve  ao aumento da instalação de usinas hidroelétricas e uso de fontes alternativas.
( ) O Brasil vem aumentando o uso da energia eólica e da energia solar, consideradas energias limpas,  entretanto, ainda tímido frente às possibilidades de aproveitamento desses recursos energéticos.
( ) Com a descoberta da reserva petrolífera do Pré-Sal, no litoral norte do Brasil, o país tornou-se o maior  exportador de petróleo do mundo.
( ) O Programa Nuclear Brasileiro é considerado o maior do mundo, a partir da instalação da usina nuclear Angra  3, que fornece toda a energia consumida no estado de São Paulo.
Assinale a sequência correta.
(A) V, F, F, V
(B) F, V, F, V
(C) V, V, V, F
(D) F, F, V, V
(E) V, V, F, F

17. (PUC) A Usina de Itaipu é um empreendimento conjunto: 
a) Brasil – Paraguai;
b) Brasil – Argentina;
c) Brasil – Paraguai – Argentina;
d) Argentina – Paraguai;
e) Brasil – Uruguai.

18. UEM 2011 - Sobre os rios e as bacias hidrográficas brasileiras e sua  utilização, principalmente em relação ao potencial  energético, assinale o que for correto. 
01) Os rios brasileiros têm diversos usos, como para a  irrigação, para o lazer, para a pesca, para a geração de  energia e para o transporte. Em regiões planálticas,  eles apresentam um enorme potencial hidrelétrico e  em regiões de planície são aproveitados para a  navegação. 
02) A bacia do São Francisco tem como curso principal o rio São Francisco. Ele banha vários estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Seu potencial energético é muito baixo, não havendo usinas hidrelétricas de grande expressão em seu curso. Suas águas, em grande parte, são aproveitadas para a irrigação das áreas semiáridas nordestinas. 
04) A bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia  inteiramente brasileira. Ela possui grande potencial  hidrelétrico. Em seu rio principal, o Tocantins, foi  construída a hidrelétrica de Tucuruí, que abastece o  projeto Carajás, cujo processo de extração e  beneficiamento de minério apresenta um alto  consumo de energia elétrica. 
08) A bacia Platina é constituída de três bacias  secundárias: a bacia do Paraná, a bacia do Paraguai e  a bacia do Uruguai. A bacia do Paraná é a segunda  maior em extensão do mundo e com mais alto  aproveitamento hidrelétrico do Brasil. Nela estão  localizadas várias hidrelétricas, das quais a maior é a  usina de Itaipu. 
16) O principal rio da Bacia Amazônica é o rio  Amazonas. Ele nasce na serra da Neblina, divisa do  Estado do Amazonas com a Venezuela, onde tem o  nome de rio Negro, e apenas depois de receber as  águas do rio Solimões é que passa a se chamar rio  Amazonas. Ele apresenta um alto potencial  hidrelétrico, sendo suas principais usinas a de Paulo  Afonso e a de Tucunaré.

19. UFBA 2012 - O Brasil, por sua grandeza territorial, possui uma diversidade geográfica e climática significativa. A latitude, o relevo, as bacias hidrográficas, as características do solo, entre outros fatores, criam uma série de possibilidades, entre outras coisas, para o planejamento energético da matriz brasileira. Sendo bem exploradas, essas características singulares podem fazer do Brasil um país independente das energias fósseis a longo prazo. Através do investimento tecnológico e em infraestrutura, é possível utilizarmos fontes renováveis como a biomassa (etanol e biodiesel), eólica, solar e hidrelétrica. [...] Finalmente, a natureza oferece as condições ou cria as dificuldades que, na verdade, podem ser oportunidades para o crescimento e desenvolvimento do país. (WALTZ, 2010, p. 31).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a matriz energética brasileira, uma das mais equilibradas entre as grandes nações,

a) justifique a recente expansão hidrelétrica da Região Norte e cite dois exemplos do atual aproveitamento da Bacia Amazônica;
b)destaque duas características naturais do Nordeste brasileiro, que podem ser aproveitadas para geração de energia alternativa e limpa;
c) indique duas características ambientais da Bacia Hidrográfica do Paraná

20. FADESP - Concurso - Prefeitura Municipal  de Breves 2013 -  Nas últimas décadas, um fato tem se tornado frequente no espaço regional amazônico: a inundação de áreas onde estão localizados núcleos urbanos – povoados, cidades e vilas – a fim de formar lagos (reservatórios hidráulicos) para usinas hidrelétricas. Sobre as repercussões do fato em questão nas populações locais e regionais, é correto afirmar que 
(A) as alterações mais significativas são ambientais, mas reduzidas nas organizações sociais das 
populações atingidas, haja vista que o remanejamento feito pelas construtoras e empreiteiras, que 
respeitam as características dos grupos sociais remanejados. 
(B) são preservadas as redes sociais locais e o modo de vida dos grupos sociais remanejados para 
novos espaços, pois os locais escolhidos são sempre semelhantes aos anteriores, principalmente na 
localização, sempre em áreas de várzeas. 
(C) ocorrem fortes mudanças nas estruturas sociais, pois os espaços de vivência são destruídos, 
modificando-se as redes sociais e o modo de vida dos grupos remanejados, que quase sempre não 
se identificam com os espaços de transferência. 
(D) as populações expropriadas se adaptam facilmente aos novos espaços de vivência, fato que tem  relação com o apoio dado a elas pelas empresas concessionárias de energia, a exemplo do ocorrido 
com os grupos remanejados da área inundada para a construção da Hidrelétrica de Tucuruí.

21. ENEM 2003 - “Águas de março definem se falta luz este ano”. 
Esse foi o título de uma reportagem em jornal de circulação nacional, pouco antes do início do racionamento do  consumo de energia elétrica, em 2001. 
No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a utilização de recursos hídricos, estabelecida nessa manchete, se justifica porque 
(A) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água nas barragens.
(B) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia elétrica. 
(C) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para refrigeração. 
(D) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura. 
(E) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.

GABARITO/RESPOSTAS


01. A) Em 1961 foi criada a Eletrobrás, uma autarquia que comandava empresas geradoras ou distribuidoras. Sua criação foi resultado da necessidade de racionalização da produção e distribuição  de energia, em contexto de ocupação, industrialização e urbanização do território.
b)Subsistema Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Foi aceita a indicação de uma das subsidiárias da ELETROBRÁS (FURNAS, CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL, ELETRONUCLEAR, ITAIPU, CEMIG E CESP), mas não o nome de uma usina, que sozinha, não é uma subsidiária.
c) A forte demanda energética no Sudeste e no Sul, causada por uma industrialização intensa, e crise do petróleo nos anos 70. Havia também condições naturais favoráveis da área (caso 7 Quedas). Itaipu é uma usina típica do período militar. Havia uma questão geopolítica (disputa com a Argentina) pela hegemonia da bacia do Prata.

02. A) O Brasil é um dos maiores produtores de energia proveniente de usinas hidrelétricas, porque possui uma ampla rede hidrográfica, destacando-se rios extensos, caudalosos e perenes, associada a elevadas médias pluviométricas, decorrentes do predomínio de climas equatoriais e tropicais, o que confere grande potencial hidráulico. Nas áreas de planaltos, o aproveitamento da água se torna favorável em função dos desníveis do relevo, que geram quedas d’água, permitindo a construção de usinas hidrelétricas para a geração de energia. 
B) Inundação de grandes áreas; desmatamento; destruição da flora do lugar; destruição da fauna do lugar; comprometimento do equilíbrio ecológico; inundação de cidades, vilas e povoados; perdas de cultivos agrícolas; perdas de solos agricultáveis; perdas de riquezas arqueológicas; deslocamentos de populações; destruição de bases territoriais e culturais da população atingida.

03. B
04. A
05. B
06. E
07. E
08. A
09. B
10. D
11. A
12. A

13. Comentários: 
A questão exigiu que o candidato estabelecesse relações entre a construção de hidrelétricas, migrações compulsórias e meio ambiente. Para isto, apresentava um texto extraído de uma notícia de jornal que indicava a ocorrência de problemas ambientais e sociais provocados pela construção da hidrelétrica de Porto Primavera, na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.
De fato, a inundação da área da represa de uma hidrelétrica é sempre motivo de preocupação pelos impactos ambientais que provoca. Ela altera o regime dos rios, ou seja, os períodos de cheia e vazante passam a ser controlados pelas comportas da barragem. Isto causa um impacto na vida dos peixes, principalmente das espécies adaptadas à água com correnteza ou que desovam próximo às nascentes.
Quando nas margens do rio se concentram matas ciliares e florestas, a construção da barragem exige o desmatamento e a retirada da fauna. É comum o cronograma desta atividade não acompanhar o da realização da obra. Com isto, muitos animais morrem afogados e parte das florestas fica submersa na represa.
O impacto da construção de uma hidrelétrica é também social. As populações ribeirinhas são obrigadas a abandonar a área, provocando a chamada migração compulsória. Isto provoca muito problemas. As indenizações que estas pessoas recebem nem sempre são suficientes para que possam reconstruir a vida. Sem falar no problema de adaptação em outros lugares, que implica, muitas vezes, numa mudança cultural.

14. C
15. C
16. E
17. A
18. 13 (01-04-08)

19. 
a)
• A recente expansão hidrelétrica da Região Norte se deve ao avanço das fronteiras econômicas — sobretudo do agronegócio —, ao crescimento da população total e, em particular, da população urbana, além de investimentos públicos e privados. O seu grande potencial hidráulico, o maior do país, no momento, está relacionado não só às suas atividades tradicionais, mas também como força motriz para a solução dos grandes problemas regionais e visando suprir as deficiências energéticas do país, evitando futuros “apagões”. 
• Como exemplos do aproveitamento da Bacia Amazônica, podem ser citados projetos como Belo Monte, no rio Xingu, no Pará; Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em 
Rondônia; Teles Pires e o Complexo do Tapajós, no Pará, além do potencial de outros  afluentes do Amazonas. 
b) Alto índice de insolação anual, sobretudo no Agreste e no Sertão (energia solar); excelente regime de ventos, principalmente no litoral, em particular na faixa setentrional (energia  eólica). 

c) Características ambientais da bacia do Paraná. 
• Condições topográficas acidentadas. 
• Rios tipicamente de planalto e caudalosos, apresentando inúmeras cachoeiras e corredeiras. 
• Domínio dos climas tropical, tropical de altitude e subtropical. 
• Quatro estações do ano bem definidas em grande extensão. 
• Solos de extrema fertilidade (solos de terra roxa) utilizados no cultivo do café. 
• Solos de influência vulcânica (arenito-basáltico). 
• Formações vegetais dos tipos latifoliada tropical, cerrados e aciculifoliada (araucárias) em grande parte da bacia hidrográfica. 
• Relevo predominantemente formado por superfícies planálticas, representadas sobretudo pelo planalto meridional com feições de cuestas. 
• Relevo do tipo trapps (escalonados). 
• Situa-se sobre terrenos de estrutura sedimentar compondo a bacia geológica do Paraná. 
• Presença do Aquífero Guarani no subsolo.

20. C

21. A

Geografia - Países do Terceiro Mundo - 10 Questões

10 Questões de Vestibulares sobre os Países do Terceiro Mundo

01. UNICAMP 1992 - Explique o significado do termo 'Terceiro Mundo", relacionando-o com as características dos países que assim são denominados.

02. (Vestibular Milton Campos 1998) Leia o texto. 
“No século atual, o eurocentrismo - que predominou durante 300 anos – sofre o impacto do  aparecimento de dezenas de novos países na Ásia e na África. Simultaneamente, os países do  Terceiro Mundo iniciam mudanças nas relações entre ricos e pobres, dominadores e dominados. É  neste contexto que o professor Arno Peters publica seu planisfério (1973). Esse mapa é um bom  negócio para os países situados na zona intertropical do planeta, pois corrige a subestimação das  áreas do planisfério de Mercator. Ele representa cartograficamente as reivindicações de igualdade  entre os países.” 
FONTE: CARVALHO, Sílvia de Faria Pereira. in: Mapas são a linguagem da Geografia. Estado de Minas. Caderno Gabarito. pág. 6 a 8. Belo Horizonte. 3/3/95. 

Com base no texto e em seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A projeção de Mercator é vantajosa para os países do norte, pois aumenta o tamanho dos países localizados entre os trópicos e os círculos, diminuindo, em contrapartida, os espaços ocupados pelos países intertropicais. 
b) Ao se afirmar como centro de expansão do comércio, das grandes conquistas e de apropriação de terras na América, África e Ásia, a Europa tornou-se o centro de referência e localização para as outras regiões do globo. 
c) A projeção de Peters, assim como a de Mercator, apresenta distorções, mas representa fielmente os contornos dos continentes, permitindo que os países da faixa intertropical apareçam em sua verdadeira localização no globo terrestre. 
d) Atualmente, Estados Unidos, Japão e Rússia também se autodefiniram como referência e modelo para a humanidade, o que só veio reforçar a continuidade de utilização do mapa de Mercator, pois esses países localizam-se em latitudes equivalentes a da Europa.

03. UFAC 2008 - Existem alguns países do Terceiro Mundo que podem ser considerados industrializados. São eles a Argentina, o Brasil e o México, na América Latina; a África do Sul, na África; Formosa, Hong Kong, Coréia do Sul, Malásia e Cingapura, na Ásia. Com relação a esses países, aponte a opção correta: 

(A) Na África do Sul, assim como na Argentina, Brasil e México, a ausência de um mercado  consumidor interno leva à exportação da maior parte de sua produção industrial. 
(B) O processo de industrialização dos países asiáticos é mais antigo, datando da Primeira Guerra Mundial, enquanto a industrialização da África do Sul e dos países latino-americanos citados ocorreu apenas nas últimas décadas. 
(C) Os países do Sudeste Asiático são considerados “plataformas de exportação” para indústrias  estrangeiras, principalmente japonesas, que aí foram implantadas devido a uma série de vantagens, tais como: ausência de leis antipoluição e baixos salários. 
(D) O México e o Brasil, embora já industrializados, ainda não foram capazes de formar uma população urbana maior que a rural, e a soma de rendimentos gerados pelo setor primário da economia ultrapassa os gerados pelo setor secundário. 
(E) A industrialização nesses países vem resolvendo sensivelmente os problemas do subdesenvolvimento, na medida em que os salários vão se tornando mais altos ocorre uma 

04. UERJ 2010 - Falamos a todo momento em dois mundos, em sua possível guerra, esquecendo quase sempre que existe um terceiro. É o conjunto daqueles que são chamados, no estilo Nações Unidas, de países subdesenvolvidos. Pois esse Terceiro Mundo ignorado, explorado, desprezado como o Terceiro Estado, deseja também ser alguma coisa. ALFRED SAUVY, Adaptado de France-Observateur, 14/08/1952
Com essas palavras, o demógrafo e economista francês Alfred Sauvy caracterizou, na década de 1950, a expressão Terceiro Mundo. No contexto das relações internacionais a que se refere o texto, esse conceito foi utilizado para a crítica da:
(A) luta pela descolonização
(B) expansão do comunismo
(C) bipolaridade da Guerra Fria
(D) política da Coexistência Pacífica

05. (Unirio-RJ) O “TERCEIRO MUNDO” JÁ ERA 
No cenário atual das relações internacionais, o conceito de“terceiro mundo”, criado nos anos cinquenta, torna-se inadequado, incapaz de dar conta da realidade a que se refere.Analise algumas considerações que justificam as afirmativas anteriores.
I. O fim da Guerra Fria impõe a lógica segundo a qual sóexiste um “mundo” cada vez mais homogêneo devido à maior integração do planeta.
II. Nas últimas décadas, o rápido crescimento econômico de alguns países subdesenvolvidos vem reforçar as diferenças culturais, religiosas e étnicas que já existiam entre os países deste grupo.
III. Apesar da prosperidade do “primeiro mundo”, os problemas associados ao “terceiro mundo”, como a marginalização social, também ocorrem na metade norte do planeta.
É(São) correta(s) a(s) justificativa(s):
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

06. (Cesgranrio) No pós-Guerra, difundiu-se o uso de uma classificação, em que os diversos países foram divididos formando o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Mundos. Essa classificação, no entanto, apresenta, sobretudo neste final de século, inúmeros inconvenientes, em virtude da: 
a) insistência em fundamentar os critérios de classificação a partir de fatores raciais e da natureza. 
b) incapacidade de criar agrupamentos para países que tenham características híbridas. 
c) desconsideração de elementos políticos e econômicos como base para a divisão das várias nações. 
d) observação de espaços subdesenvolvidos no interior do Primeiro Mundo, rebaixando alguns países para o Segundo Mundo. 
e) manutenção das nações socialistas no grupo do Terceiro Mundo, quando deveriam estar no do Primeiro Mundo. 

07. UEL 2002 - Sobre as classificações dos países quanto aos níveis de desenvolvimento, considere as seguintes afirmativas:
I - A pertinência da divisão do mundo em três grupos (Primeiro Mundo, Segundo Mundo, Terceiro Mundo) é hoje bastante questionada: de um lado, o surgimento dos Países Recentemente Industrializados (Newly Industrialized Countries) tornou o chamado Terceiro Mundo muito heterogêneo; de outro lado, a crise do bloco socialista fez com que os países que o integravam passassem a ser, em sua maioria, “economias de transição”, o que desatualizou o conceito de Segundo Mundo.
II - Atualmente, está sendo amplamente utilizada a seguinte classificação: países desenvolvidos, países em desenvolvimento e países subdesenvolvidos.
III - Dentre as características dos países desenvolvidos encontram-se as seguintes: alto desenvolvimento tecnológico, participação expressiva dos setores secundário e terciário na economia, renda per capita elevada, distribuição de renda relativamente homogênea. 
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Todas as afirmativas são verdadeiras.
e) Nenhuma das afirmativas é verdadeira.

08. UFSC 2001 -  “Hoje em dia, na América Latina, 15% a 20% da população desfrutam de um estilo de vida do Primeiro Mundo: matriculam seus filhos em escolas particulares, pertencem a “country” clubes, jogam tênis, fazem ginástica aeróbica, fa-zem cirurgias plásticas, viajam em carros luxuosos e comunicam-se mediante computadores e fax. Moram em condomínios fechados; viajam para o exterior; seus filhos freqüentam universidades no exterior, falam inglês e são a audiência à qual os presidentes latino-americanos dirigem seus discursos sobre a nova prosperidade global. O restante da população é levado do Terceiro para o Quarto Mundo com cortes nos gastos sociais (saúde e educação), corte nos investimentos de manutenção de serviços públicos como água e esgoto. Ingressam no setor informal da economia. É o declínio do Estado de Bem-estar Social e a pauperização da população.”

Esse contraste, extraído do livro “Hegemonia dos Estados Unidos no novo milênio” de James Petras e Henry Veltmeyer, mostra a realidade na América Latina.
Sobre o texto é CORRETO afirmar que:
01. A situação sócio-econômica das duas realidades acima descritas é histórica, porém exacerbou-se com a entrada do neoliberalismo, fase atual do capitalismo.
02. A expansão capitalista atual forçou a demolição do Estado do Bem-estar Social, que existiu em maior ou menor escala em grande número de países, agravando as diferenças sociais.
04. A constatação acima permite concluir que, na América Latina, há um crescimento em grande escala do capital, o que faz aumentar o número de emprego e diminuir a pobreza, os crimes e os sofrimentos humanos.
08. A comparação no texto vem confirmar que a diferença dos dois conjuntos de países só diminuirá com o crescimento econômico do Terceiro ou Quarto Mundo, que superará a evolução econômica do Primeiro Mundo.
16. Do texto acima, deduz-se que a situação de miséria e pobreza da maioria latino-americana só será resolvida com a cooperação dos Estados imperiais e das elites que estão no poder.


09. UFRRJ 1997 - A identificação dos países em função dos conceitos de desenvolvimento e subdesenvolvimento, universalmente aceitos, constitui-se em difícil tarefa, na medida em que alguns indicadores socioeconômicos, muitas vezes, são comuns tanto aos países do Primeiro como aos do Terceiro Mundo. Um seguro indicador da condição de desenvolvimento é: 
a) o produto interno bruto volumoso. 
b) a renda per capita elevada. 
c) a industrialização moderna. 
d) as desigualdades sociais amenizadas. 
e) a urbanização crescente.

10. (FESP) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) A Guerra Fria consistiu numa etapa especial da história da humanidade, na qual o  sistema internacional organizou-se em torno de dois pólos de poder de âmbito planetário. 
b) A presença de um Terceiro Mundo não impugnou a natureza bipolar do sistema da  Guerra Fria. 
c) Terceiro Mundo foi uma expressão empregada no auge da Guerra Fria para englobar os  países pobres do hemisfério sul e os países socialistas. 
d) A bipolaridade da Guerra Fria apoiou-se sobre uma política de notável aperfeiçoamento  de meios de destruição em massa. 
e) A unificação da Alemanha foi uma decorrência direta da intensificação da Guerra Fria.


Gabarito/Resolução
01. "Expressão surgida no pós-guerra e utilizada para se referir aos países não-desenvolvidos, em contraposição ao Primeiro Mundo (países capitalistas desenvolvidos) e ao Segundo Mundo (os então países socialistas do Leste europeu). Os chamados países do Terceiro Mundo, países subdesenvolvidos ou países não-desenvolvidos, localizados principalmente na América Latina, África e Ásia, caracterizam-se por apresentar uma distribuição de renda com grande concentração de riqueza, altas taxas de mortalidade e de natalidade, de analfabetismo, de marginalização social, econômica e política, ocupação de maior parte da população economicamente ativa no setor terciário da economia, baixos níveis de produção e produtividade do trabalho, com uma grande parcela da população vivendo na linha de pobreza". (Melhoramentos: Dicionário de Geografia - termos, expressões, conceitos. Gilberto Giovannetti. Madalena Lacerda. página 206).
02. C
03. C
04. C
05. D
06. B
07. D
08. 03 (01 + 02)
09. D
10. VVFVV

domingo, 20 de julho de 2014

Geografia - Conflitos entre Israel e Palestina - 12 Questões

01. (IFBA)“Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).”
FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.
Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à
a) exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
b) incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
c) construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
d) recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
e) extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.

02. UERJ - A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) conta hoje com a adesão da maioria dos estados-nacionais. O conteúdo desse documento, no entanto, permanece como um ideal a ser alcançado. Observe o que está disposto em seu artigo XV:
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
portal.mj.gov.br
Desde a década de 1960, em virtude de conflitos, o direito expresso nesse artigo vem sendo sonegado à maior parte da população pertencente ao seguinte povo e respectivo recorte espacial:

(A) árabe – regiões ocupadas pela Índia
(B) esloveno – distritos anexados pela Sérvia
(C) palestino – territórios controlados por Israel
(D) afegão – províncias dominadas pelo Paquistão

Saiba mais: Entenda os conflitos entre Israel e Palestina

03. Enem 2011 - Em discurso proferido em 20 de maio de 2011, o presidente dos EUA, Barack Obama, pronunciou-se sobre as negociações relativas ao conflito entre palestinos e israelenses, propondo o retorno à configuração territorial anterior à Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967.Sobre o contexto relacionado ao conflito mencionado é correto afirmar que:
a) A criação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de um período de instabilidade no Oriente Médio,pois significou o confisco dos territórios do Estado da Palestina que existia até então e desagradou o mundo árabe.
b) A Guerra dos Seis Dias insere-se no contexto de outras disputas entre árabes e israelenses, por causa das reservas de petróleo localizadas naquela região do Oriente Médio.
c) A Guerra dos Seis Dias significou a ampliação territorial de Israel, com a anexação de territórios, justificada pelos israelenses como medida preventiva para garantir sua segurança contra ações árabes.
d) O discurso de Obama representa a postura tradicional da diplomacia norte-americana, que defende a existência dos Estados de Israel e da Palestina, e diverge da diplomacia europeia, que condena a existência dos dois Estados.

04. (UNICAMP 2001 - Geografia - Questão 14) Leia atentamente o texto a seguir e analise o mapa apresentado. Desde meados dos anos 60, o Oriente Médio tem sido palco de inúmeras guerras e dezenas de atentados, resultantes das lutas pela delimitação de territórios israelenses e palestinos. As recentes reuniões de cúpula em Camp David (EUA) têm gerado alguns avanços nas negociações entre esses povos.
a) Que território está sendo utilizado atualmente como sede provisória da Autoridade Palestina?
b) Com base no mapa, responda como está distribuído o espaço religioso na área urbana de Jerusalém.

05. UNIFESP - 2003
Leia as frases seguintes, sobre as dificuldades para a paz entre Israel e a Palestina. 
I. Destino de 3 milhões de refugiados palestinos dispersos pelos países vizinhos. 
II. Controle do Rio Jordão a partir das colinas de Golã, que estão sob domínio da Síria. 
III. Fim da Intifada, movimento de judeus pela aceitação do acordo de Oslo. 
IV. Definição da situação de Jerusalém, apontada como capital por judeus e considerada sagrada pelos palestinos. 
V. Presença de colônias judaicas em áreas destinadas ao estado Palestino. Está correto o que se afirma em:
a) I, II e IV, apenas.
b) I, III e V, apenas.
c) I, IV e V, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) II, III e V, apenas.

06. (UEL) Um dos grandes conflitos do Oriente Médio tem sido o confronto árabe-israelense, cujas origens remontam ao período que segue à:
A) Segunda Guerra Mundial, quando os países vencedores  apoiaram a Liga Árabe a invadir o território de Gaza.
B) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações, pressionada  pelos Estados Unidos, dividiu o território Palestino para criar o  Estado de Israel.
C) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, através das forças de  paz, obrigaram Israel a abandonar o Sinai, garantindo o controle  do Canal de Suez ao Egito.
D) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações aprovou  a Declaração Balfour, colocando a Palestina sob o governo da  Inglaterra.
E) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, retirando suas  tropas da região, permitiu a ocupação da colina de Golan e dos  territórios da Cisjordânia.

07. (PUC-MG/2008 – adaptada) Leia atentamente o texto a  seguir, de Moacyr Scliar.
“Israel representa uma mudança transcendente na  multimilenar trajetória dos judeus. O Holocausto e as  revelações sobre o massacre de judeus deram dramática  legitimidade ao movimento sionista e reivindicação de um  território. A fundação de Israel deveria ser decidida pela  recém-criada Organização das Nações Unidas. EUA e URSS  apoiavam a partilha da Palestina e a criação de dois Estados,  um árabe, outro judeu.
Com as superpotências coincidindo em seus pontos de vista,  não foi difícil para a Assembleia Geral da ONU aprovar,  em novembro de 1947, a divisão da Terra Santa. O projeto  foi rejeitado pelos representantes dos países árabes. Mas  os judeus, liderados por David Ben-Gurion, levaram a
proposta adiante. Quase seis meses depois, 14 de maio  de 1948, proclamaram a independência. Imediatamente  estourou o conflito bélico, vencido pelos israelenses. Outros  conflitos vieram, notadamente a Guerra dos Seis Dias. Israel  consolidou-se como potência militar. Desde então, travasse  uma luta amarga e desumana entre israelenses e palestinos,  que, ao longo dessas décadas, acabaram por forjar uma  identidade nacional.”
A partilha da Palestina está completando 60 anos (2008).  Tendo em vista a partilha e seus impactos, a base para a  criação do Estado de Israel foi assentada
A) na existência de um Estado judaico sob aprovação dos países  árabes.
B) na legitimação pela força, comprovada pela sequência de  conflitos e guerras.
C) na possibilidade da existência de uma maioria judaica em um  território.
D) na ideologia sionista, que defendia a entrada dos judeus na  Palestina sob domínio inglês.
E) Em um fi m da discussão pacífi ca entre árabes e muçulmanos.

08. Enem 2007 - Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes. A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro.
A partir do texto acima, assinale a opção correta.
a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências europeias no Oriente Médio.
b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória.
c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel.
d) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense.
e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947 aprovada pela ONU.

09. (UFMG - 2009) Analise este mapa: Envolvido, desde sua fundação, em conflitos na região, o Estado de Israel completou, em maio de 2008, 60 anos de existência. Considerando-se as disputas territoriais entre árabes e israelenses e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que
a) a Autoridade Nacional Palestina controla os territórios de Gaza e do sul do Líbano e, em 2006, com o auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia, garantiu a soberania sobre essas regiões.
b) a cidade de Jerusalém, considerada sagrada por três religiões, foi ocupada por Israel em 1949, ao final da Primeira Guerra Árabe-Israelense, e, depois dos Acordos de Oslo, foi reconhecida pela ONU como capital do país.
c) a região das colinas de Golã, rica em fontes de água e ocupada por Israel durante a Segunda Guerra Árabe-Israelense, foi devolvida à Síria em 2000, como parte dos tratados de paz firmados entre os dois países.
d) o Governo de Israel promoveu, em 2005, a retirada de colonos judeus da faixa de Gaza, no entanto, apesar de pressões de organismos internacionais, manteve assentamentos judaicos no território da Cisjordânia.

10. (PUC-RIO -2009) O Estado de Israel, que completou 60 anos em maio deste ano, teve suas fronteiras definidas a partir de várias guerras com países vizinhos. A esse respeito, avalie as afirmativas abaixo: 
I - O plano de Partilha da ONU (Resolução 181) de 1947 previa a retirada das tropas do Império russo, a criação de um Estado judaico e de um Estado independente árabe-palestino na região da Palestina. 
II - Os árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas e atacaram o recém-formado Estado de Israel em 1948: era o começo dos conflitos árabe-israelenses e do dilema dos refugiados palestinos. 
III - A vitória israelense na Guerra dos Seis Dias (1967) permitiu a ocupação de quase toda a Palestina, isto é, do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém e o do Iraque. 
IV - A partir de 1987, a população civil palestina começou a série de levantes (Intifada) contra a ocupação israelense usando paus, pedras e atentados. 
ASSINALE a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.

11. (UERJ-1999) A charge abaixo, publicada antes das primeiras negociações do processo de paz iniciado no final dos anos 70, retratava a postura dos Estados Unidos em relação a seu apoio a Israel.

(Jornal do Brasil, 15/06/97)

A posição norte-americana de ajuda a Israel, desde sua criação em 1948, em oposição ao mundo
árabe, é explicada pelo seguinte fato:
(A) constituição de Israel como um estado democrático, situado num território concedido aos
palestinos pela ONU
(B) situação estratégica de Israel como baluarte do ocidente, encravado numa região de conflitos,
como o Oriente Médio
(C) desempenho de Israel como ponto de apoio para o mundo capitalista, localizado numa área
alinhada ao mundo comunista
(D) formação de um Estado Livre Palestino como sustentáculo do mundo árabe, numa região
pertencente, por direito, a Israel

12. UNICAMP 2003 - A primeira palavra que vem à cabeça de qualquer um que pense em Oriente Médio é “conflito”. Região que deu origem às grandes civilizações e a religiões que ainda hoje encontram seguidores nos quatro cantos do mundo. (Keila Grinberg, “O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses”, in Século XX, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000, vol. III, p. 99.)
a) Nomeie três importantes religiões que se originaram no Oriente Médio.
b) Explique as condições de criação do Estado de Israel.
c) O que é a questão palestina?


Gabarito / Resolução
01. D
02. C
03. C

04. 
a) O território provisório da Autoridade Palestina localiza-se na Faixa de Gaza. b) Na cidade antiga de Jerusalém convivem as 3 grandes religiões monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo. Para cada uma destas religiões, há um local sagrado: 1 - Monte do Templo ( muçulmanos) 2 - Igreja do Santo Sepulcro (cristãos) 3 - Muro das Lamentações ( judeus).

05. C
06. A
07. B
08. B
09. D
10. C
11. B

12. 
a) As três religiões originadas no Oriente Médio são Judaísmo, Cristianismo e Islamismo (religião muçulmana).

b) A expulsão da população judia da Europa pelo anti-semitismo, particularmente a política de perseguição e extermínio dos judeus movida pelo nazismo, marca o período que se estende do entre-guerras ao fim da Segunda Guerra Mundial. Antes disso, porém, já havia a imigração sionista para a região da Palestina (que na origem seria a Terra Prometida), movimento que ganha nova força com o fim da Segunda Guerra. Em 29 de novembro de 1947, como forma de compensação aos judeus, a Assembléia Geral das Nações Unidas vota a partilha da Palestina entre um Estado Judaico e um Estado Árabe, conferindo a Jerusalém o status de território internacional. Os conflitos entre árabes e judeus são iniciados já no dia seguinte à partilha pelos árabes, que não aceitaram a divisão. Em 15 de maio de 1948 foi proclamado o Estado Judaico em Tel Aviv.

c) Trata-se do conflito decorrente da criação do Estado de Israel (item b) com o conseqüente deslocamento de populações, na sua maior parte de religião muçulmana e que se encontravam estabelecidas na região há muito tempo. A questão palestina também é associada à luta pela criação de um Estado Palestino, como um dos principais objetivos dos palestinos em sua luta contra Israel.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Faixa de Gaza: entenda o conflito entre israelenses e palestinos

Nos últimos dias, o mundo tem acompanhado a intensificação do conflito entre israelenses e palestinos, na Faixa de Gaza

Até o momento, mais de 260 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas na sequência dos ataques iniciados em julho. A nova espiral de violência foi desencadeada após o sequestro e homicídio, em junho, de três jovens judeus na Cisjordânia (um ataque que Israel atribuiu ao Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza) seguido da morte de um jovem palestino queimado em Jerusalém por extremistas judeus. A partir daí, tiveram início os lançamentos de foguetes do Hamas e os bombardeios de Israel.
Palestina e Israel. Arte: Nicolau Galvão. Fonte: Puc-Rio Digital
Raízes do conflito entre israelenses e palestinos

O conflito entre israelenses e palestinos remonta ao início do século passado. Entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20, uma migração em massa de judeus de vários países para a Palestina provocou uma mudança na demografia local. Majoritariamente árabe, a região - que até 1917 pertencia ao Império Otomano e depois, até 1948, foi um protetorado britânico - passou a ter uma população judaica cada vez maior.

Nos primeiros anos de mandato britânico na Palestina, houve confrontos entre árabes e judeus. Começou-se então a discutir o que fazer diante daquela situação. Em 1947, pouco antes da retirada dos britânicos, a Organização das Nações Unidas (ONU) pôs em prática um plano de divisão do território em duas partes: uma para os judeus e outra para os árabes. A insatisfação em torno do mapa definido pela ONU gerou uma guerra civil entre os dois povos.

Com a saída dos britânicos, em 1948, países árabes vizinhos tentaram invadir o recém-criado Estado de Israel. Mas, ao término do conflito, os israelenses mantiveram seu território e os palestinos perderam a chance de criar seu próprio Estado, já que Israel ocupou parte do território destinado aos palestinos pela ONU, o Egito passou a controlar a Faixa de Gaza e a Jordânia ficou com a Cisjordânia.

Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF) Gisele Chagas, é uma visão simplista dizer que judeus e árabes “sempre se odiaram e sempre viverão em guerra”. Segundo ela, um dos principais pontos de discordância entre os dois povos, no início dos conflitos, era a existência de projetos nacionalistas diferentes. Os povos discordavam sobre o que fazer com uma Palestina independente: uma Palestina árabe ou uma Israel judaica? “São dois projetos políticos distintos. São dois projetos políticos nacionais que vão disputar o mesmo território, que vão querer criar um tipo de comunidade política em que o outro projeto não está incluído”, afirma a pesquisadora.

Gaza e Cisjordânia se mantiveram sob ocupação estrangeira árabe até 1967, quando uma nova guerra, a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e as nações vizinhas, resultou na ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia (incluindo a parte oriental de Jerusalém).

A partir daí, Israel assumiu uma política de colonização de Gaza e da Cisjordânia com judeus, por meio de assentamentos. Por vários anos, a ONU considerou a ocupação dos territórios palestinos ilegal e determinou que Israel retornasse às fronteiras pré-1967, o que tem sido ignorado pelo governo israelense.

“A guerra de 1967 é o núcleo da problemática mais recente. E é o núcleo dificultador da solução de dois Estados [Israel e Palestina]. Se você olhar as fronteiras de 67, Jerusalém oriental teria que pertencer aos palestinos, que a querem como capital. E esse parece que é um dos pontos menos negociáveis por parte de Israel, que tem uma população decidida a ter Jerusalém como capital”, diz o coordenador do Laboratório de Estudos Asiáticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Leonardo Valente.

Apenas em 2005, Israel decidiu retirar seus colonos e militares da Faixa de Gaza, entregando sua administração à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Apesar disso, Israel continuou a controlar as fronteiras e o acesso marítimo a Gaza.

Na Cisjordânia, pouco mudou já que a política de assentamentos judaicos e a ocupação militar do território continuaram. Ainda hoje, grande parte desse território palestino tem sua administração civil e militar concentrada nas mãos de Israel.
Hamas x Israel

Apesar da devolução de Gaza aos palestinos, o território passou a ser o principal foco de problema do conflito israelense-palestino, já que, em 2006, o Hamas, movimento fundamentalista islâmico, venceu as eleições parlamentares palestinas. Em seguida, o Hamas rompeu com o Fatah, organização política e militar palestina, tomando o controle de Gaza, enquanto seu rival político mantinha o controle sobre a Cisjordânia.

Visto como um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e por países europeus, o Hamas sofreu uma série de sanções por parte desses países. O governo israelense ampliou a vigilância sobre Gaza, aumentando seu controle sobre as fronteiras e restringindo a circulação de produtos e pessoas entre os dois territórios. Desde então, houve uma série de confrontos abertos entre as duas partes: o governo israelense e o Hamas.

“Há uma dificuldade de Israel aceitar certos grupos palestinos, entre eles o Hamas. E o Hamas tem uma dificuldade muito grande de negociar e até reconhecer Israel. A partir de 2006, a situação se deteriorou muito na Faixa de Gaza”, destaca Valente.

Em geral, os confrontos envolvem o lançamento de foguetes pelo Hamas a cidades de Israel e ataques de Israel a Gaza, por meio de bombardeios e ofensivas terrestres (quando militares israelenses entram no território palestino).

Além dos confrontos abertos que resultaram em centenas de mortes (na maioria, de palestinos), a relação entre israelenses e palestinos nas últimas décadas tem sido marcada por atentados, conflitos entre militares israelenses e civis palestinos, intifadas (revoltas populares) e tentativas de acordos de paz que sempre são emperradas por algum motivo.

Entre os pontos de desacordo estão a divisão de Jerusalém, a retirada dos colonos israelenses de terras palestinas, o retorno de refugiados das guerras árabe-israelenses a suas antigas terras e o reconhecimento da Palestina como Estado independente.

Repórter do jornal Alghad, com sede em Amã, a jordaniana Taghreed Risheq cobre o conflito há quatro anos e não tem esperanças de que a questão seja resolvida logo.

“Se os dois lados quiserem viver em paz, eles precisam se submeter às leis internacionais. Em primeiro lugar, Israel deveria se retirar das terras ocupadas [na Cisjordânia, a partir de 1967], de acordo com resoluções da ONU. Eles deveriam concordar em assuntos como a divisão de Jerusalém, entre palestinos [leste] e israelenses [oeste], questões de segurança, fronteiras e direito ao retorno [dos refugiados palestinos]”, disse.

A opinião de que não há solução para o conflito em um futuro próximo é partilhada pela jornalista libanesa Paula Astih, correspondente, em Beirute, do jornal inglês publicado em língua árabeAsareq el Awsat.

“O conflito israelense-palestino se torna mais complexo a cada ano. Palestinos querem sua terra de volta e os esforços políticos para consegui-la parecem ser em vão. É por isso que muitos palestinos acreditam em resistência. Sem falar nos milhões de refugiados [palestinos] que vivem hoje no Líbano, na Jordânia, na Síria e por todo o globo, e nos outros que ocuparam as terras [dos refugiados] há anos e não vão querer devolvê-la. Haverá apenas guerras, com algumas tréguas, mas não a paz”, ressalta a jornalista.

Na opinião da pesquisadora Gisele Chagas, para que um processo de paz tenha início, é preciso, entre outras coisas, que as fronteiras pré-1967 sejam respeitadas e que haja uma solução para os refugiados palestinos. “É preciso acabar com a perspectiva israelense de colonização da Cisjordânia, resolver o problema dos refugiados e ter a ideia de um Estado palestino soberano, com fronteiras bem definidas e controle de seus próprios recursos naturais”, disse.

Vitor Abdala - Agência Brasil
Editor: Lílian Beraldo

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Atividades sobre o Folclore para imprimir nos Álbuns da web do Picasa

Mais de 2000 atividades sobre o folclore prontas para imprimir

Nos diversos álbuns da web do Picasa é possível encontrar muito material interessante para utilizar em sala de aula. São diversas atividades escolares sobre os mais variados temas. Neste post foi selecionado alguns álbuns online com sugestões de atividades sobre o folclore para imprimir. Essas atividades do Folclore servem para turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Professor(a), para ter acesso a  essas  atividades é só seguir os links dos Álbuns da web do Picasa ( e Google+) sobre o Folclore indicados neste post. Os álbuns foram encontrados no Google.

domingo, 6 de julho de 2014

Geocentrismo X Heliocentrismo

Você sabe o que é Geocentrismo e Heliocentrismo? Fácil, a gente explica para você!

Durante muito tempo foi a Terra que permaneceu parada enquanto todo o universo girava ao seu redor. Esse é o geocentrismo. Terra ou Géia, também nome de origem mitológica para a Terra parada no centro do universo

O geocentrismo da Antiguidade pode ser resumido através do modelo apresentado por Cláudio Ptolomeu, astrônomo e matemático grego que no século dois detalhava a sua visão do cosmos com esferas e estruturas matemáticas conhecidas como deferentes, epiciclos e equantes.
Cláudio Ptolomeu, astrônomo e matemático grego. Foto: TV Escola
Deferente, epiciclo e equante. Foto: TV Escola.
Mesmo antes de Ptolomeu houve quem defendesse a ideia de que o sol era o centro de tudo como foi o caso do filósofo Aristarco de Samos que viveu entre os séculos IV e III antes de Cristo. Mas essa linha de pensamento não foi em frente e a Terra permaneceu no centro do universo. 
Aristarco de Samos. Foto: TV Escola.
Só no século XV, Nicolau Copérnico que era um clérigo interessado em Matemática retomou as ideias da qual o Sol ocupava o centro do Universo e os planetas giravam em esferas imaginárias com as estrelas fixas logo após a esfera de Saturno. 
Nicolau Copérnico. Foto: TV Ecola.
Muitos contemporâneos de Copérnico não ficaram satisfeitos com o seu modelo para o universo porque além de tirar a Terra do centro, não oferecia explicações satisfatórias para todos os movimentos observados. 

Com algumas alegações convincentes ou não, as ideias sobre o heliocentrismo foram rapidamente se desenvolvendo e em finais do século XVI e início do século XVII, Tycho Brahe,  Galileu Galilei, Johannes Kepler entre outros colocaram o Sol no centro do universo.
Tycho Brahe, Galileu Galilei, Johannes Kepler. Foto: TV Escola.

Vídeo: Dicas da TV Escola  - Geocentrismo X Heliocentrismo
Fonte: Dicas da TV Escola no Youtube e no site da TV Escola.