Analise a relação entre arte e cultura de massas, tendo como referência o problema apontado por Schiller há cerca de dois séculos: “Hoje, porém, a carência impera e curva em seu jugo tirânico a humanidade caída. o proveito é o grande ídolo do tempo; quer ser servido por todas as forças e cultuado por todos os talentos”.
RESPOSTA:
Schiller defendia a arte ideal, independente de interesses materiais, submetida apenas às necessidades do espírito. E nesse trecho ele denuncia a
subordinação crescente da atividade artística ao
“grande ídolo” de seu tempo (e do nosso): o lucro.
Desde então, já se iniciava a relação perversa entre
arte e indústria cultural, que levaria ao fenômeno da
cultura de massas dos séculos XX e XXI. Nela, a arte
transforma-se em um produto qualquer, que deve
ser vendido. Pautada por interesses econômicos, a
cultura de massas é homogeneizada e repetitiva, no
sentido de que reproduz à exaustão determinado fenômeno de venda. Assim, ela desestimula o espírito
inovador e empobrece o cenário cultural. O receio de
Schiller há 200 anos não era, portanto, infundado.
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