Reconhecido como Patrimônio Mundial em 2017, o sítio arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é um testemunho da trágica história da escravização e do tráfico de pessoas da África, sobretudo para o Brasil.
Estima-se que no Cais do Valongo tenham desembarcado cerca de 1 milhão de africanos escravizados, que foram
trazidos de forma forçada ao Brasil para trabalhar. Esse foi o
maior porto de chegada de escravizados da América.
O Cais do Valongo foi construído em 1811 e reformado
em 1843 para receber a imperatriz Teresa Cristina, esposa de
Dom Pedro II. O local foi então rebatizado como “Cais da Imperatriz”, motivo pelo qual existe um monumento registrando
sua chegada. Em 1911, o cais foi aterrado, ficando o local
distante do mar. Escavações e pesquisas arqueológicas feitas em 2011 revelaram o calçamento original do Cais do Valongo. Hoje, ele se tornou um monumento aberto à visitação.
Após o desembarque no Brasil, os escravizados eram expostos aos compradores em mercados. Mercado de escravos do Valongo, litogravura de Jean-Baptiste Debret, século 19. |
O valor histórico, arqueológico e cultural do sítio arqueológico Cais do Valongo
está no testemunho de um triste período de nossa história. Ele deve servir como
reflexão sobre a liberdade humana, o respeito à diversidade e os desafios que ainda
temos que enfrentar para nos tornarmos uma sociedade realmente justa para todos.
Apesar da dor que representa, o sítio arqueológico Cais do Valongo também é
um monumento de afirmação da resistência dos afrodescendentes e de sua fundamental contribuição para nossa identidade cultural.
Fonte:
Pitanguá Mais – História - 5º Ano.
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