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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Revolta da Chibata : Resumo | História

A Revolta da Chibata foi uma agitação militar dentro da Marinha do Brasil, ocorrida no Rio de Janeiro, de 22 a 27 de Novembro de 1910. Os militares lutam contra castigos físicos; salários baixos e péssimas condições de trabalho dentro da marinha.

É importante destacar que naquela época, a marinha do Brasil era formada por homens negros, ex-escravizados e recém-libertos.

Mesmo com o fim da escravidão, a herança escravagista brasileira havia deixado fortes marcas culturais em relação a como um subordinado negro deveria ser tratado enquanto trabalhador. Enquanto trabalhador, era submetido a uma rotina de trabalho pesada em troca de salários baixos. Apesar de abolida, na maioria das forças armadas do mundo, na marinha do Brasil qualquer tipo de discordância era punida com castigos físicos, e a chibata era a punição mais comum.

Para piorar a insatisfação dos marujos, apenas os oficiais receberam aumento salarial e o trabalho aumentou bastante com a encomenda de novos navios militares, sobrecarregando ainda mais os marinheiros.

Então, na madrugada de 22 de Novembro de 1910, os marinheiros do Encouraçado Minas Gerais, navio militar, se rebelaram. Principalmente depois de assistirem a torturas sofrida pelo marujo Marcelino Rodrigues, açoitado com 250 chibatadas até o desmaio. Liderados por João Cândido Felisberto, mais conhecido como Almirante Negro, o motim terminou com a morte do comandante do navio e outros oficiais que não aceitaram abandonar a nave de guerra.

Na mesma noite, o outro grande navio, Encouraçado São Paulo, se juntou ao motim e também outras embarcações aderiram ao movimento.

Os navios bombardearam a cidade do Rio de Janeiro causando um grande tumulto e o presidente Hermes da Fonseca, recém eleito, enfrentava a sua primeira crise.

Por issso, no dia 26 de Novembro de 1910, Hermes da Fonseca acatou as reivindicações feitas pelo movimento encerrando o episódio de revolta.

Mas, dois dias depois de os revoltosos entregarem as armas, foi decretado o estado de sítio e também a prisão dos marinheiros considerados indisciplinados. Sentindo-se traídos, os marinheiros se rebelaram novamente em dezembro, mas dessa vez a resposta do governo foi severa. E a prisão foi bombardeada e destruída pelo exército, tirando a vida de centenas de fuzileiros navais e prisioneiros.
João Cândido.

Alguns dos sobreviventes foram torturados, mas João Cândido sobreviveu. Ele foi perseguido e expulso da Marinha. Ele foi internado em um hospício e em 1912 foi inocentado. O almirante negro viveu como pescador e vendedor. Morreu em 6 de dezembro de 1969.

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