FUVEST 2017 - Há meses os jornais londrinos – The Times, The Economist, The Examiner, Saturday Review – têm repetido a mesma ladainha sobre a Guerra Civil americana. Enquanto insultam os estados livres do Norte, defendem-se ansiosamente contra a suspeita de simpatizarem com os estados escravistas do Sul. Seus argumentos extenuantes são basicamente os seguintes. A guerra entre Norte e Sul é uma guerra de tarifas, entre um sistema protecionista e um sistema de livre-comércio, e a Inglaterra, claro, está do lado do livre-comércio. Ademais, a guerra não está sendo travada sobre qualquer questão de princípio; ela não se refere ao problema da escravidão, mas, sim, centra-se nos desejos de soberania do Norte.
Karl Marx, A Guerra Civil norte-americana. Publicado originalmente em 25 de outubro de 1861, no jornal Die Presse. Adaptado.
a) Com base no texto, explique os fundamentos econômicos e políticos da Guerra Civil norte-americana.
b) Com base no texto e na imagem, na qual aparece, com destaque, o ativista Martin Luther King, relacione o movimento político a que ela se refere com os resultados da Guerra Civil.
RESPOSTA:
a) A Guerra Civil norte-americana (1861-1865) esteve associada a uma disputa entre o Norte
industrializado, abolicionista e protecionista e o Sul agrícola, escravocrata e livre-cambista.
Após a eleição de Abraham Lincoln, do partido abolicionista (republicano), alguns estados
do Sul manifestaram o desejo de se separarem da União, o que deu início à Guerra de Secessão. A vitória dos nortistas no conflito permitiu que a União fosse mantida. Tarifas protecionistas elevadas foram adotadas, o que ajudou a promover o desenvolvimento industrial,
afastando a concorrência dos produtos estrangeiros, sobretudo britânicos.
b) A Martin Luther King liderou, na década de 1960, a
luta em prol dos direitos civis dos negros norte-americanos. Tais direitos vinham sendo
restringidos, na maioria dos estados sulistas, desde
o fim da Guerra de Secessão, ao término da qual
a escravidão foi abolida em todo o país.
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