AUTORES
Paolo Alessandro Rodrigues Sartorelli, Eduardo Malta Campos Filho
Este guia traz uma compilação de espécies típicas do Cerrado e da Mata Atlântica, biomas hoje largamente ocupados pelas atividades do agronegócio. O objetivo é possibilitar aos diversos atores envolvidos com restauração florestal um olhar mais atento à regeneração natural e seus benefícios.
Levando-se em conta o Código Florestal, essa técnica é aceita e pode ser implementada tanto para restaurar Reserva Legal como Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Para realizar essa coletânea de espécies, foi feito um extenso trabalho de pesquisa, que envolveu revisão bibliográfica, consulta a pesquisadores e práticos em restauração ecológica no Brasil, fotos e observações de campo e pesquisa por material online, como artigos, teses, sites e vídeos.
Entre os livros utilizados, é fundamental citar “Árvores Brasileiras”, obra pioneira que inspirou os autores, de autoria do engenheiro agrônomo Harri Lorenzi, mestre em Botânica. Outra fonte de dados essencial são os cinco volumes da coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, literatura que faz uma profunda e detalhada abordagem de centenas de espécies florestais brasileiras, de autoria do pesquisador Paulo Ernani Ramalho Carvalho, doutor em Ciências Florestais. Para os nomes científicos, seguimos a base Reflora e o site Flora do Brasil 2020, em que uma equipe de botânicos taxonomistas mantém os nomes das plantas atualizados, seguindo regras internacionalmente aceitas.
Regeneração natural define-se como “conjunto de processos pelos quais plantas se estabelecem em área a ser restaurada ou em restauração, sem que tenham sido introduzidas deliberadamente por ação humana”. Nesse sentido, este guia vem para fortalecer a percepção de que, com a regeneração natural, muitas vezes, é possível restaurar com a força da natureza.
Um caminho que fizemos para a construção desta publicação foi buscar em manuais de erva daninhas quais espécies incomodavam os produtores rurais. Assim, vimos que há plantas que se regeneram naturalmente em áreas agrícolas e essas podem ajudar na restauração, reduzindo custos com mudas e sementes.
Para o Cerrado, buscamos no artigo de Ratter et al (2003) as plantas mais frequentes desse bioma brasileiro, além de contar com a nossa experiência de campo. Para a Mata Atlântica, percorremos diversos artigos, dissertações e teses em busca das espécies mais abundantes da regeneração natural.
É claro, prezado leitor, que deixamos uma gama de espécies de fora e ao ler este guia podem surgir em sua mente diversas delas. Mas, além de indicar espécies da regeneração, este guia tem o objetivo de despertar seu olhar para a vegetação que cresce espontaneamente na sua cidade, fazenda ou região. Com isso, você terá uma visão mais ampla das possibilidades de se restaurar uma área de floresta ou cerrado.
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