Sertões Brasileiros II, o novo volume do Atlas das Representações Literárias de Regiões Brasileiras, lançado hoje (29/11/2016) pelo IBGE, reúne os Sertões do Oeste e Sertões de Passagem. Com imagens de satélite, fotos e mapas em diferentes escalas, essa coleção retrata as regiões brasileiras que constituíram elemento marcante da trama de algumas das grandes obras da literatura nacional. O novo atlas pode ser adquirido na loja virtual do IBGE.
Sua versão digital está acessível, gratuitamente, aqui:
Depois de Brasil Meridional e Sertões Brasileiros I, lançados, respectivamente, em 2006 e 2009, o IBGE publica o terceiro volume da coleção Atlas das Representações Literárias de Regiões Brasileiras: Sertões Brasileiros II. Dessa vez, são retratados os Sertões do Oeste e Sertões de Passagem, que reúnem recortes territoriais situados no Centro-Oeste do país e em áreas adjacentes das regiões Norte e Sudeste, como o Pontal do Paranapanema (SP), o Triângulo Mineiro (MG) e o Jalapão (TO).
Sertões Brasileiros II traz passagens de obras de Bernardo Élis, Mário Palmério, Agripa Vasconcelos, Visconde de Taunay, Bernardo Guimarães, Camilo Chaves, Hernani Donato, Moura Lima, Rogério de Camargo, Brígido Ibanhes, Maria José Silveira, Marcos Faustino, entre outros autores que eternizaram personagens, conflitos sociais e processos históricos integrantes da formação socioespacial brasileira.
O terceiro volume do atlas foi dividido em duas partes. A primeira, Sertões do oeste, abrange as regiões das Minas de Cuiabá e Mato Grosso, as Minas dos Goyazes, o Pantanal e os Ervais Matogrossenses. Esta grande área teve sua ocupação influenciada pelas disputas entre as coroas portuguesa e espanhola, no estabelecimento dos limites de seus domínios coloniais na América do Sul. Além da mineração, a necessidade de manter e expandir territórios marcou profundamente a paisagem local, dando origem a várias fortificações militares.
Já a segunda parte retrata os Sertões de passagem,que abrangem o Triângulo Mineiro, a Alta Sorocabana e Pontal do Paranapanema, o Sertão dos Garcias e o Jalapão. Por essas áreas transitavam mercadorias e gado. O Jalapão servia, ainda, como refúgio para jagunços e bandoleiros a serviço dos senhores de terras da Bahia, de Goiás e do Maranhão.
Esta nova publicação confirma o compromisso do IBGE em retratar as regiões que se formaram no processo de ocupação do Brasil e que, por suas peculiaridades, deixaram marcas indeléveis em nossa história, ensejando o surgimento de manifestações culturais com forte presença no imaginário nacional.
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