FUVEST 2017 - A construção da modernidade econômica no Ocidente teve como elementos determinantes a aquisição de características mentais e sociais totalmente estranhas ao mundo greco-romano: uma árdua e longa reapropriação civil do trabalho e a invenção de uma relação nunca antes experimentada entre trabalho dependente e liberdade pessoal, seja nas cidades que renasciam, seja nos campos depois do feudalismo. E também uma reconquista da dimensão física da natureza – matéria e movimento, em um novo quadro de experiências e conceitos – como condição para uma aliança entre inteligência e produtividade, entre conhecimento científico, saberes artesanais e inovações tecnológicas. Aldo Schiavone, Uma História rompida. Roma Antiga e Ocidente Moderno. A partir do texto,
a) caracterize a relação entre trabalho e “liberdade pessoal” na Antiguidade Clássica;
b) compare a natureza do conhecimento científico e das inovações tecnológicas do mundo greco-romano com a do mundo moderno.
RESPOSTA:
a) Na Antiguidade Clássica, o predomínio do
trabalho escravo fazia com que a “liberdade
pessoal”, entendida como o ócio necessário para o
exercício da política, pertencia ao proprietário do
trabalhador.
b) No mundo greco-romano, o conhecimento
científico tinha caráter essencialmente
especulativo e estava dissociado das atividades
práticas, o que diminuía sua influência sobre as
inovações tecnológicas. Já no mundo moderno, o
caráter investigativo, racional e pragmático do
conhecimento científico atuou diretamente sobre
os avanços tecnológicos, transformando e
acelerando o processo produtivo – condições
necessárias, entre outras, para o advento da
Revolução Industrial.
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