FUVEST 1998 - “Assim, pois, a cidade de Deus que é tomada como una, na realidade tripla. Alguns rezam, outros lutam, outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não podem ser separadas. Os serviços de cada uma dessas ordens permitem os trabalhos das outras duas e cada uma por sua vez presta apoio às demais”. O trecho acima, escrito em 998 d.C., representa
a) um ataque à representação do Deus uno, defendida pelos monofisistas.
b) uma justificativa funcional das diferenças sociais no mundo medieval.
c) um retorno às concepções de Santo Agostinho, que opunha à cidade de Deus a cidade dos homens.
d) uma descrição da estrutura social de Roma, sede do papado e considerada a cidade de Deus.
e) uma crítica à desigualdade entre os homens, pois estes são considerados iguais perante Deus.
RESPOSTA:
Letra B.
A Igreja Católica, ao se entrosar com o sistema feudal surgido na Alta Idade Média, procurou dar-lhe uma justificativa ideológica. Assim, os três estamentos básicos da sociedade medieval – clero, nobreza e servos – teriam atribuições específicas e complementares, de forma a constituir um todo harmônico e indissociável: ”uns rezam, outros lutam, outros trabalham.” A base teórica é proporcionada pela unicidade e perfeição da Santíssima Trindade, constituída de três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo – dogma fundamental da religião católica.
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