FUVEST 2020 - A representação cartográfica a seguir refere-se à viagem de circunavegação, iniciada em Sanlúcar de Barrameda, na Andaluzia, em 20 de setembro de 1519, e comandada pelo português Fernão de Magalhães, a serviço da monarquia da Espanha. A despeito da repercussão da viagem para o desenvolvimento dos conhecimentos náuticos e para a exploração do Oceano Pacífico, Battista Agnese foi um dos poucos cartógrafos a registrar a empreitada de Magalhães.
A representação cartográfica de Battista Agnese
a) revelava a permanência das técnicas e sentidos
simbólicos da cosmografia medieval, que orientaram
os navegadores ibéricos na época da expansão
ultramarina.
b) estava vinculada aos dogmas cristãos e procurava
conciliar o registro da viagem de Fernão de Magalhães
com a perspectiva de Terra Plana ainda presente entre
letrados cristãos.
c) estava baseada nos relatos dos navegadores, no
acúmulo de conhecimentos acerca das rotas marítimas
e em estimativas de distâncias a partir de cálculos
matemáticos e da planificação do globo terrestre.
d) apresentava o Oceano Pacífico em suas reais
dimensões de acordo com o entendimento de Fernão
de Magalhães e de Cristóvão Colombo e em desacordo
com as perspectivas cristãs.
e) estava assentada nos conhecimentos e detalhamentos
geográficos bíblicos e nas formulações cosmológicas
de Ptolomeu, fundamentais para o sucesso da viagem
de Fernão de Magalhães.
RESPOSTA:
Letra C.
A representação, feita por Battista Agnese, traz uma evolução na ciência cartográfica ao ilustrar o globo terrestre planificado com meridianos e paralelos, distante das concepções terraplanistas. Distancia-se igualmente de uma concepção ptolomaica, visto que essa última restringia-se em caracterizar o Velho Mundo (Europa, África e Ásia). Por fim, o planisfério elaborado por Agnese apresenta um alto detalhamento não só dos litorais dos continentes, mas também no interior de continentes como o africano e do subcontinente sul-americano.
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