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domingo, 31 de dezembro de 2017

Quantos segundos tem um ano?

Um ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol e leva: 365,25 dias. O número 25 depois da vírgula representam seis horas. Como cada dia tem 24 horas, cada ano tem. então, 8.766 horas. Cada hora tem 60 minutos. Daí, um ano tem 525 960 minutos. E cada minuto tem 60 segundos. Então um ano tem 31 557 600 segundos

Mas o calendário não considera aquelas seis horas a mais. Para facilitar, guardamos essas horas. A cada quatro anos, teremos, então 24 horas – ou seja, um dia inteiro. Esse é exatamente o dia 29 do mês de fevereiro, que existe apenas nos anos bissextos.

Superlua marca o primeiro dia de 2018

2018 vai começar com tudo para quem é aficcionado por eventos astronômicos. Na noite do dia 1º de janeiro acontece a primeira e maior superlua do ano, a segunda da "trilogia da superlua", como batizou a NASA. A primeira aconteceu no último dia 3 de dezembro. A próxima será no dia 31 de janeiro.

Às exatas 19h54, horário de Brasília, acontece o perigeu, ponto da órbita lunar em que o satélite natural se encontra mais próximo de nosso planeta. Nesse momento, uma distância de 356,5 mil quilômetros estarão separando a Lua da superfície terrestre.

O ápice do espetáculo, porém, acontece 4,5 horas depois. É quando todo o lado claro da Lua estará refletindo a luz do Sol, fenômeno popularmente chamado de Lua Cheia. Nesse momento a lua estará um pouco mais longe, a 356,8 mil quilômetros da Terra. A combinação dos fatores, porém, que criam a superlua, quando o satélite aparece até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua normal.


Se você tem viagem marcada no final do mês para a América do Norte, qualquer lugar no Pacífico ou na Ásia Oriental, é bom prestar uma atenção especial à outra superlua, do dia 31 de janeiro. Será a segunda lua cheia do mês, fenômeno conhecido como “Blue Moon”. A “superlua azul” vai ainda coincidir com um eclipse total do satélite natural.

Fonte: GALILEU.

sábado, 30 de dezembro de 2017

O frio extremo do aquecimento global

Uma onda de frio extremo sem precedentes atingiu o Canadá esta semana. As temperaturas estão batendo recordes e podem alcançar até -50º C no norte de Ontário. São mínimas que estão de 10 a 20 graus Celsius abaixo da média para a estação e devem durar até o início de janeiro.



Na Pensilvânia, nos Estados Unidos, bastaram 48 horas para que a neve atingisse quase 1,5 metro de altura, batendo o recorde de 1956. Também foram registradas temperaturas baixíssimas em Duluth, Minnesota (-37,7ºC) e Minot, Dakota do Norte (-29ºC). Em Nova York, a temperatura pode chegar a -12,7º C neste fim de semana. O frio extremo está relacionado a uma corrente de ar ártico.

Desavisados ou negacionistas chegam sempre com a mesma pergunta: um frio desses e o pessoal falando em aquecimento global? Como o frio pode ser provocado pelas mudanças climáticas?

O fato é que nenhum evento isolado é capaz de provar ou refutar a tese de aquecimento global. Para classificá-los como resultado da alteração do clima é necessário analisá-los ao longo da história. As descobertas da ciência do clima, no entanto, já nos oferecem elementos que permitem relacionar diversos episódios de frio e de calor intenso como situações climáticas relacionadas ao aquecimento global.

O aquecimento global causado pelo homem perturba fortemente as correntes atmosféricas que circulam pelo planeta, de acordo com os Anais da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS). O aumento da emissão de gases de efeito estufa aumenta também a retenção de energia nos oceanos como e na atmosfera. O efeito deste novo balanço de energia provoca o aumento da intensidade, da frequência e do impacto de eventos climáticos extremos, sejam de frio ou de calor.

Descobertas seis novas espécies de tamanduás no Brasil

De pelagem curta e sedosa, com coloração amarelo-dourada, o tamanduaí (Cyclopes didactylus) é a menor e mais rara espécie de tamanduá do mundo. O pequeno habitante das florestas tropicais do continente americano mede cerca de 15 centímetros e pesa até 250 gramas. De hábitos noturnos, se alimenta de formigas e cupins.


Descrito pela primeira vez em 1758, o tamanduaí, tamanduá-anão ou tamanduá-seda, nomes pelos quais também é conhecido, habita florestas da América Central e do Sul.

No Brasil, até então, só era conhecida a espécie Cyclopes didactylus, com ocorrências no Nordeste brasileiro, única entre os tamanduaís.

Agora, um grupo de brasileiros, liderado pela pesquisadora Flávia Miranda, acaba de anunciar a descoberta de seis novas espécies de tamanduaí no Brasil, duas delas endêmicas daqui, ou seja, só existem em nosso país e em nenhum outro lugar do mundo.

O artigo sobre a descoberta foi publicado no último dia 11 de dezembro, na publicação científica Zoological Journal of The Linnear Society.

Há doze anos Flávia estuda estas espécies, que são observadas em regiões da Mata Atlântica e da Amazônia. Durante todo este tempo, foram realizadas diversas expedições e coletadas amostras de animais do Pará, Pernambuco e Amazônia, e também, México e Bolívia.

Por meio de estudos taxonômicos, que analisaram características físicas como coloração e tamanho em mais de 280 espécimes, além de 33 amostras genéticas, que passaram por testes minuciosos, foram identificadas as seis novas espécies, pertencentes ao gênero Cyclopes: C. ida; C. dorsalis; C. catellus; C. thomasi; C. rufus e C. xinguensis.

Segundo a pesquisadora, o próximo passo é mapear os lugares exatos de ocorrência desses animais. “Com o mapeamento seguro e exato, será possível identificar qual é o nível de preservação dessas espécies, se alguma delas encontra-se sobre o risco de extinção e traçar estratégias de conservação, estimulando também o cuidado e o zelo pelos locais onde são encontradas”, explica a coordenadora do projeto.

Tamanduaí: o menor e mais raro tamanduá do mundo

Flávia Miranda é zoóloga e coordenadora da ONG Projeto Tamanduá, organização sem fins lucrativos que trabalha em prol da preservação não somente dos tamanduás, mas também de tatus e preguiças.

Em novembro, em entrevista ao Conexão Planeta, neste outro post, a pesquisadora já havia comentado sobre a descoberta, que em breve, seria divulgada.

A pesquisa que resultou no artigo publicado na Zoological Journal of The Linnear contou com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). “Tão importante quanto a descoberta dessas espécies, é ressaltar o trabalho de todas as pessoas envolvidas no processo, que foram muitas ao longo destes 10 anos dedicados ao estudo”, destaca Flávia.

Foto: Flávia Miranda.
Fonte: Suzana Camargo / Conexão Planeta.

China inaugura “estrada solar” que absorve luz para converter em eletricidade

A China supera outros países em se tratando de energia solar: sua capacidade instalada é de 77 gigawatts. Desta vez, eles inauguraram um trecho de via expressa que gera eletricidade a partir da luz do Sol.
A primeira “estrada solar” da China foi inaugurada nesta quinta-feira (28 de Dezembro de 2017) em Jinan, capital da província de Shandong. O trecho de 2 km “pode converter a luz solar em eletricidade e transferi-la diretamente para a rede elétrica”, explica a agência de notícias estatal People’s Daily.

A área coberta tem 5.755 m², e é composta por três camadas: concreto translúcido na parte superior; painéis fotovoltaicos no meio; e isolamento na parte inferior.



Zhang Hongchao, especialista em engenharia de transporte da Universidade de Tongji, diz à CCTV que esta via expressa pode lidar com 10 vezes mais pressão que o asfalto comum.

Em um ano, ela poderia gerar 1 milhão de kWh. Essa energia será usada na iluminação pública e em um sistema para derretimento de neve na estrada, além de estações para carregamento de veículos elétricos, que serão adicionadas no futuro.

O custo da estrada solar é alto: cerca de 3.000 yuan (R$ 1.500) por metro quadrado, significativamente maior do que o asfalto comum — é a principal crítica em relação a esse tipo de projeto. Ele saiu pelo equivalente a R$ 8,5 milhões.

No final de 2016, a França inaugurou um trecho de estrada com painéis solares. Localizada na vila de Tourouvre-au-Perche, ela tem 1 km de extensão e 2.800 m² de área. O projeto custou € 5 milhões (cerca de R$ 17,5 milhões) e permanecerá em testes até o final de 2018.

Com informações: Quartz / Tecnoblog.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Aquecimento Global: vídeo mostra urso polar morrendo de fome no Ártico

Vídeo da National Geographic. Este urso polar morreu de fome devido ao aquecimento global.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Dessalinizador que usa energia solar torna 16 litros de água salobra em potável e ganha prêmio nacional

Projeto da UEPB já beneficia 37 famílias do Seridó paraibano onde não chove desde setembro.
Projeto utiliza energia solar e transforma 16 litros de água salobra em potável por dia.
(Foto: Reprodução/Fundação Banco do Brasil)..
Custando até R$ 1 mil para produzir o dessalinizador, a fase de experiência da implementou 28 unidades em três assentamentos em Pedra Lavrada, Cubati e São Vicente do Seridó. O professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Francisco Loureiro, que capiteaneou o projeto, recebeu o prêmio em 23 de novembro.


O equipamento transforma água salobra em potável e foi produzido a partir de uma experiência envolvendo alunos do curso de Agroecologia e membros da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP), no campus II da UEPB, na cidade de Lagoa Seca, na região do Agreste da Paraíba.


Segundo Francisco, o dessalinizador foi projetado a partir de um trabalho de construção participativa, envolvendo alunos e agricultores da região. A ideia surgiu diante da necessidade de facilitar o acesso à água potável para as famílias que vivem em regiões com escassez de água.


Os assentamentos Belo Monte I, em Pedra Lavrada, Belo Monte II, na cidade Cubati, e Olho D’Água, em São Vicente do Seridó foram os ambientes beneficiados com os equipamentos.


O professor credita à escassez da chuva na região o incentivo para criar o dessalinizador e fazer com que as famílias continuem sobrevivendo de suas terras, a partir de alternativas ecológicas e técnicas.


Ainda de acordo com ele, a procura pelo projeto tem sido grande por se tratar de um método simples, de baixo custo e manutenção. O desejo dele é transformar essa iniciativa em um projeto de política pública, igual aconteceu com a construção de cisternas.

Quem desejar conhecer o projeto pode procurar a COONAP ou fazer o contato direto com o campus da UEPB, que está à disposição para contribuir. Ele diz que tem um trabalho de orientação com cartilhas explicativas, o que facilita a compreensão das pessoas que procuram a tecnologia.


Atualmente, segundo o professor, estão sendo implementados 70 novas unidades do equipamento no município de Caraúbas, no Cariri paraibano.

Dessalinizador

O modelo do dessalinizador foi projetado em uma caixa construída com placas pré-moldadas de concreto, com uma cobertura de vidro, que possibilita a passagem da radiação solar.

Os processos de dessalinização e desinfecção da água, segundo o professor, ocorrem quando a alta temperatura no interior do dessalinizador provoca a evaporação da água, que entra em contato com a superfície resfriada e faz o condensamento, retirando os sais antes existentes.

O método também elimina bactérias que podem causar doenças. Cada unidade do dessalinizador produz um volume de água potável de 16 litros por dia.

Premiação

O prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social contemplou sete projetos, com troféus de vencedores e o valor de R$ 50 mil para cada experiência, destinados à expansão, aperfeiçoamento ou reaplicação da metodologia. Foram inscritos no processo o total de 735 projetos, com 18 finalistas nas categorias nacional e três na internacional.

Os outros projetos premiados durante o concurso foram desenvolvidos nos estados de São Paulo, com duas experiências; Bahia, Ceará e o Distrito Federal. Na categoria internacional, o projeto vencedor foi produzido na Argentina.

Fonte: Por G1 PB.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Expectativa de vida do brasileiro é de 75,8 anos, diz IBGE

Em 76 anos, de 1940 a 2016, a expectativa de vida dos brasileiros ao nascer aumentou em mais de 30 anos e hoje é de 75,8 anos – um acréscimo de três meses e onze dias em relação a 2015. Os dados constam da Tábua de Mortalidade de 2016 e foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2015, a expectativa de vida no país era de 75,5 anos.

Expectativa de vida no país ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça.
Ao falar sobre a pesquisa, o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque, disse que a partir de 1940, com a incorporação dos avanços da medicina às políticas de saúde pública, o país experimentou uma primeira fase de sua transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de mortalidade.

Um pouco mais a frente, segundo ele, fatores como campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, contratação de agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil contribuíram para o aumento da expectativa de vida do brasileiro ao longo dos anos. De 1940 até 2016, o aumento foi de exatamente 30,3 anos.

Apesar desse crescimento contínuo na expectativa de vida, o Brasil ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça, que em 2015 tinham o indicador na faixa dos 83 anos. "No pós-guerra, começou a haver um intercâmbio muito grande entre os países.

Os avanços em termos de programas de saúde pública e programas de saneamento que os países desenvolvidos já tinham alcançado foram transferidos para os menos desenvolvidos. Nesse instante é que começa a diminuir a mortalidade no Brasil”, ressaltou Alburquerque.

Segundo o pesquisador, inicialmente os grandes beneficiados foram as crianças. “No Brasil, em 1940, de cada mil crianças nascidas vivas, 156 não atingiam o primeiro ano de vida. E hoje em dia estamos com uma mortalidade infantil de 13 por mil. Depois, a queda das taxas de mortalidade foi expandida para a toda a população", ressaltou.

Expectativa por estado

A Tábua de Mortalidade 2016 constatou que, entre os estados brasileiros, Santa Catarina é o que apresenta a maior esperança de vida, com 79,1 anos; seguido do Espírito Santo (78,2 anos); Distrito Federal (78,1 anos); e São Paulo, estado onde a expectativa de vida é de 78,1 anos.

Ainda com indicadores superiores à média nacional aparecem, pela ordem, o Rio Grande do Sul, onde a expectativa de vida ao nascer em 2016 era de 77,8 anos; Minas Gerais (77,2 anos); Paraná (77,1 anos); e Rio de Janeiro (76,2 anos.

No outro extremo, com as menores taxas de expectativas de vida, estão os estados do Maranhão, com 70,6 anos e do Piauí, com 71,1 anos. Os resultados da pesquisa são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Mulheres vivem mais

Os dados da Tábua de Mortalidade 2016, constatou que mulheres vivem em média mais do que homens. Enquanto a expectativa de vida dos homens, em 2016, era de 72,9 anos, a das mulheres atingiu 79,4 anos.

“Esse comportamento nacional se repetiu em todos os estados, sendo que a maior diferença foi registrada em Alagoas, onde as mulheres vivem, em média, mais 9,5 anos do que os homens; em seguida, vem a Bahia (9,2 anos) e Sergipe (8,4 anos)”, diz o informe do IBGE.

Nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, a expectativa de vida das mulheres ultrapassou os 80 anos. Enquanto nos estados do Maranhão, Alagoas e Piauí a expectativa de vida masculina foi de 66,9 anos, valor bem inferior à média nacional.

Albuquerque explica que “a diferença nas expectativas de vida entre homens e mulheres reflete os altos níveis de mortalidade, principalmente de jovens, por causas violentas, que incidem diretamente na esperança de vida ao nascer da população masculina”.



Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil.
Edição: Maria Claudia.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

América do Sul é a única grande região fora do alcance de novo míssil norte-coreano

SEUL, COREIA DO SUL. O dirigente norte-coreano, Kim Jong-Un, anunciou nessa quarta-feira (29) que seu país é um Estado nuclear de pleno direito, depois de ter testado durante a madrugada um míssil balístico capaz de atacar qualquer lugar dos Estados Unidos.
 Mapa mostra o alcance estimado do míssil Hwasong-15, testado pela Coreia do Norte; apenas a América do Sul está fora da 'zona de risco'.


Esse disparo, o primeiro efetuado pela Coreia do Norte desde 15 de setembro, acaba com as esperanças de que a trégua observada de fato por esse país tivesse o objetivo de abrir uma porta para a solução negociada da crise provocada por seus programas nuclear e balístico.

A estimativa de especialistas de que o míssil balístico tenha o alcance de até 13 mil km torna a América do Sul como a única região do mundo que hoje está inteiramente livre da ameaça de um eventual bombardeio de Jong-un.

Além do Brasil e outros vizinhos sul-americanos, apenas alguns países da América Central e do leste da África, além de ilhas britânicas no Atlântico sul, estão fora do alcance dos mísseis.

Também constitui um novo desafio para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu impedir que a Coreia do Norte chegasse a ser uma potência nuclear. “Acabo de falar com o presidente da China, Xi Jinping, sobre as ações provocadoras da Coreia do Norte”, anunciou Trump no Twitter. “Serão impostas importantes sanções adicionais à Coreia do Norte hoje. Essa situação será gerenciada!”, acrescentou. A TV estatal norte-coreana recorreu à sua apresentadora estrela aposentada, Ri Chun-Hee, para anunciar o novo feito. “Kim Jong-Un declarou com orgulho que realizamos a grande causa histórica de completar a força nuclear de Estado, com o objetivo de construir um foguete potente”, disse.

Fonte: O Tempo.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A diferença entre altura e altitude

Compreenda a diferença entre a altura e a altitude das formas de relevo.

Bem, ambos conceitos estão relacionados a distância vertical do relevo, contudo suas definições são diferentes.

A altura de um determinado relevo leva em consideração a distância vertical de sua base até sua extremidade superior.

Já, a altitude baseia-se na distância vertical em relação ao nível do mar (nível de zero metro).


Desta forma, como na imagem abaixo, uma montanha pode apresentar uma altura de 1000 metros (distância vertical de sua base até seu topo), e altitude de 4000 metros (distância vertical no nível do mar até seu topo). Note que a base desta montanha se localiza a 3000 metros de altitude.

Fonte: Mundo da Geografia.

domingo, 26 de novembro de 2017

Negros vendidos como escravos na Líbia: o horror que o imperialismo produz

DW Brasil: Migrantes africanos são vendidos a $ 400 dólares na Líbia. Jovens sem perspetiva de vida acreditam que vão chegar à Europa e encontrar um trabalho. Mas acabam tornando-se escravos em Trípoli.

Jovens sem perspetiva de vida acreditam que vão chegar à Europa e encontrar um trabalho. Mas acabam tornando-se escravos em Trípoli.


Novembro, 2017. Desde a última semana, um vídeo está a agitar o mundo. Nas imagens publicadas pela CNN, dois africanos negros aparecem num canto escuro, enquanto um leiloeiro os oferece como escravos por 400 dólares - cada um. Isso está a acontecer na Líbia. A razão: de acordo com a Organização Internacional para as Migrações, a OIM, um órgão da ONU, pelo menos 20 mil migrantes são mantidos em cativeiro em Trípoli - porta principal de saída dos africanos para chegar à Europa.

O diretor do Centro Magrebe de Estudos para a Líbia, Rachid Kechana, declarou que a situação é dramática. "O nível de pobreza no país deles é altíssimo. Eles fogem em busca de melhores oportunidades”, explicou.


O sonho de chegar à Europa X o pesadelo de tornar-se um escravo

Eles são jovens da África subsaariana. A maioria vem de países como Nigéria, Guiné, Burkina Faso ou Costa do Marfim, mas também da Eritreia ou da Somália. São muitas vezes jovens sem perspetiva de vida e acreditam que, se seguirem rumo à Líbia, vão chegar à Europa e encontrar um trabalho. No entanto, milhares deles acabam presos em campos imensos onde são mantidos até serem vendidos.

É em Tripoli, na capital da Líbia, que o objetivo de melhorar de vida no continente europeu chega ao fim. Ali, ao invés de conseguir um emprego, como desejavam, eles acabam vendidos como escravos em praças ou garagens, por motoristas ou moradores que recrutam os migrantes para trabalhos diários na cidade. Na maior parte das vezes, eles trabalham na construção civil. Ao fim de cada serviço, não existe pagamento. Pelo contrário, os raptores vendem seus escravos a novos compradores.

O jovem Souleymane, da Costa do Marfim, já esteve preso quatro vezes na Líbia. Em entrevista à DW, ele contou que viver em Trípoli é correr perigo de vida constantemente. "Eu constatei que há uma grande diferença entre Costa do Marfim e a Líbia. É muito difícil na Líbia. Todos os dias as pessoas morrem. Se for ao supermercado, pode ser pego por alguém para depois ser vendido. A vida na prisão é um inferno. Se conseguiu comer um pão de manhã, às vezes tem que esperar até o outro dia para comer novamente. Não se pode sair, nem mesmo ir ao banheiro. O lugar onde dorme, também é o lugar onde vai defecar; só se pode sair para obter comida e voltar. Não é fácil, não foi fácil para nenhum de nós", relatou o menino de 19 anos.

Vendidos, torturados e assassinados

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, o chefe de missão da ONU para a Líbia, Othman Belbeisi, disse que os migrantes costumavam ser mantidos em cativeiro de dois a três meses, depois de serem negociados. "Estamos falando de migrantes vendidos como mercadorias. Estamos falando de escravidão também em cativeiros, onde os migrantes são presos por contrabandistas e por algumas milícias. A principal questão é que essas pessoas não têm documentos. Eles viajam por fronteiras irregulares e estão totalmente à mercê de contrabandistas. Durante esse período, eles são seqüestrados em troca de resgate, são vendidos, torturados e até assassinados", revelou Belbeisi.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar "horrorizado" com o caso. Guterres declarou que os leilões de refugiados africanos negros como escravos na Líbia devem ser investigados com urgência como crime contra a humanidade.

Seis anos após a queda de Muammar Gaddafi, a Líbia ainda é um estado sem lei, onde grupos armados competem por terras e pelos recursos naturais - e as redes de contrabando de pessoas operam impunes.

Investigação em curso

Nesta terça-feira (21.11), a presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, informou os jornalistas na capital da Etiópia, Addis Abeba, que a UA iniciou uma investigação sobre o leilão de migrantes africanos como escravos por grupos armados na Líbia.

Segundo Mahamat, eles vão tentar obter acesso a centros de detenção ilegais nos quais os migrantes são mantidos sem razões legais. "Pedimos às autoridades da Líbia que facilitassem os inquéritos em curso. Os responsáveis serão tratados através do sistema judiciário", declarou Mahamat.

A presidente da Comissão da UA disse ainda que despachou seu comissário para Questões Sociais, Amir El Fadil, como enviado especial à Líbia para iniciar o inquérito. A UA apelou aos seus 55 Estados membros que forneçam suporte logístico com o objetivo de enviar os migrantes presos na Líbia para seus países de origem.

Foto chocante mostra elefantes em chamas fugindo de multidão

A imagem premiada revela uma cena triste – filhote e mãe de elefante-asiático correm para se salvar. A foto chocante de um filhote de elefante-asiático pegando fogo venceu um concurso de fotografia de vida selvagem – chamando atenção do mundo para os campos de batalha do conflito entre elefantes e humanos na Índia.
Filhote de elefante-asiático e sua mãe fogem de uma multidão que lança bolas de piche em chamas no estado indiano de Bengala Ocidental. FOTO DE BIPLAB HAZRA, SANCTUARY NATURE FOUNDATION.
A imagem, intitulada "O Inferno é Aqui", mostra uma cena perturbadora: um filhote de elefante e sua mãe tentam fugir de uma multidão no estado indiano de Bengala Ocidental – o filhote está em chamas depois dos dois serem atingidos por bolas de piche lançadas pelo grupo. 

O fotógrafo de vida selvagem amador Biplab Hazra fez a imagem que ganhou um concurso anual de fotografia de vida selvagem promovido pela revista Sanctuary Asia. Entre os jurados estava o fotógrafo da National Geographic Steve Winter.

“Eu nunca tinha visto um incidente como esse nos meus 14 anos fotografando vida selvagem”, disse Hazra, que é dono de uma olaria, ao jornal New Indian Express. “Toda minha concentração estava em fazer a foto.”

Em questão de horas, a imagem ganhou o mundo, expondo as tensões entre populações humanas e de paquidermes na Índia.


O país abriga mais de 27 mil elefantes-asiáticos, pelo menos metade da população mundial. A espécie é considerada ameaçada de extinção graças, em grande parte, a destruição e fragmentação do habitat natural por humanos.

Elefantes usam pelo menos 101 corredores para atravessar a Índia, dos quais quatro quintos possuem ocupações humanas, de acordo com pesquisa de agosto de 2017 da organização Wildlife Trust of India. Dois terços do dos corredores são cortados por estradas nacionais ou estaduais e menos de 13% dos corredores têm cobertura vegetal.

Mas em nenhum outro lugar da Índia humanos e elefantes entram tanto em conflito quanto na Bengala Ocidental, onde a foto foi feita. Cerca de 488 elefantes vivem nas florestas do norte do estado, repletas de assentamentos e plantações de chá.

A proximidade gera violência mortal, especialmente quando os paquidermes comem plantações, destroem colheitas ou danificam casas. De acordo com o Times of India, 18 pessoas foram mortas por elefantes na Bengala Ocidental nos primeiros nove meses de 2015. Em março de 2016, autoridades pediram o extermínio de um elefante que matou duas pessoas. Além disso, casos em que elefantes morrem eletrocutados depois de encostar na rede elétrica são comuns.

Hazra contou ao New Indian Express que talvez a intenção não era queimar o filhote de elefante da foto, mas disse que agricultores usam piche em chamas e fogos de artifício para espantar os paquidermes com frequência – uma tática que pode fugir do controle.

“Gestão de multidões é uma das práticas mais importantes em conflitos entre humanos e vida selvagem”, disse M. Ananda Kumar, cientista da Fundação Conservação da Natureza, em entrevista a revista britânica Geographical, em 2016. “Precisamos ensinar às pessoas que esses animais gigantes precisam de espaço. Temos que mostrar que comportamentos violentos só vão levar a incidentes trágicos.”

Nesse caso, porém, a situação poderia ter sido pior: Hazra disse que o filhote de elefante sobreviveu ao ataque.

sábado, 25 de novembro de 2017

MEC oferece especialização gratuita para professores pelo Profic

Programa de Formação Inicial Continuada para Professores da Educação Básica oferece formação em cinco áreas. Inscrições terminam em 1º de dezembro.
Inscrições para programa de formação do MEC ficam abertas até 1º de dezembro. (Foto: Wikimedia Commons).
O Ministério da Educação (MEC), por meio do Programa de Formação Inicial Continuada para Professores da Educação Básica (Profic), abriu vagas para os cursos de Primeira Licenciatura, Especialização em Educação Infantil, Alfabetização, Matemática e Língua Portuguesa.

Todos os cursos são gratuitos e exclusivos para professores formados, com exceção ao programa de Primeira Licenciatura destinado à professores sem formação, mas que atuam em sala de aula. A iniciativa é gerenciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Quem deseja se inscrever deve acessar o site da Plataforma Freire, nova ferramenta para gestão de cursos disponibilizados pelo MEC, criar um login e, na seção vagas disponíveis, se candidatar.

Para visualizar devidamente todas as vagas abertas, o candidato deve ter certeza que preencheu às seguintes abas na plataforma: dados pessoais, formação acadêmica e atuação profissional. O prazo para participar vai até o dia 1º de dezembro.

Atenção: é necessário preencher o currículo para que surja a vaga de acordo com sua necessidade, somente depois de solicitar a vaga é que o sistema vai liberá-la.

* Fonte: BHAZ / Nova Escola.

Blog de Geografia tem mais de 19 milhões de acessos

A face mais visível e ativa da blogosfera, na área de Geografia.

O Blog de Geografia (www.suburbanodigital.blogspot.com.br)" - ultrapassou a marca dos 19 milhões de acessos reafirmando a sua qualidade de conteúdo educacional: um dos mais lidos do Brasil. O blog conta com vasto acervo de conteúdos educacionais ao seu dispor e informação, além de produção constante de mais artigos.


A imensa maioria das visualizações vem de buscas no Google seguido pelo Facebook. Já os países que mais trazem visitas ao blog além do Brasil são Estados Unidos, Portugal, Espanha, Índia, Holanda, Irlanda, França, Argentina e Índia.
Autor:
Gabriel Egidio do Carmo é professor de Geografia. Tem 30 anos. Mora no município de Teixeiras-MG. Trabalha na rede pública de ensino de Minas Gerais. Leciona na Escola Estadual Professor Samuel João de Deus, em Paula Cândido - MG

Redes Sociais
Forte também nas redes sociais o Blog de Geografia (em português) possui 3 páginas no Facebook, que juntas somam mais de 128 mil fãs.
Em inglês também? Sim. O Geography Blog (www.the-geography.blogspot.com) possui mais de 230 mil fãs no facebook.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

IBGE divulga nova edição do mapa político das regiões brasileiras

O IBGE acaba de atualizar a versão dos mapas político-administrativos das regiões brasileiras. A última atualização foi realizada em 2009. Produzidos para serem impressos no tamanho A0 (1,18 metro de largura por 84,1 cm de altura), os mapas estão disponíveis, a partir de hoje, em formato PDF, aqui:


O mapa abrange os 5.570 municípios brasileiros e traz informações sobre os limites geográficos estaduais e internacionais, do sistema rodoviário e das feições hidrográficas do Brasil, além de símbolos que permitem identificar portos, aeroportos e municípios conforme o tamanho da população.

“Os mapas políticos regionais proporcionam uma visão geral e integrada dos aspectos políticos e geográficos de cada região, com diversas possibilidades de uso como atividades escolares, gestão pública e privada, planejamentos diversos e logística”, destaca uma das responsáveis pela coordenação do projeto, Leila Freitas

Para a produção da versão 2017 dos mapas, o IBGE utilizou informações da Base Cartográfica Contínua do Brasil, ao milionésimo – uma plataforma digital com a representação cartográfica do país, atualizada regularmente. Os dados usados são referentes a 2016.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Menino de 8 anos desmaia na escola e marca um país devolvido à geografia mundial da fome

A notícia mais triste do Brasil nesta semana

Michelzinho e demais filhos de autoridades não têm nada a ver com isso, são inocentes e devem ser protegidos. Tirem as crianças da sala. Gostaria, no entanto, que seus pais não ignorassem a notícia mais triste desta semana entre tantos péssimos relatos brasileiros: um menino de 8 anos desmaiou de fome em uma escola pública na vizinhança dos palácios de Brasília. O agente de saúde do Samu que atendeu ao chamado de uma professora constatou a doença: falta de comida.


Valei-me são Josué de Castro (Recife,1908-1974), rogo ao médico e cientista pernambucano pioneiro na denúncia da fome como questão real da política, ainda nos tristes trópicos de 1946, depois de examinar operários que desmaiavam no chão de uma fábrica de tecidos no bairro da Torre, Recife. Sob a agulha da vitrola, o Chico Science & Nação Zumbi, free jazz sampleado das tripas do subdesenvolvimento, dá a letra: “Ô Josué eu nunca vi tamanha desgraça/ Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça”.

Escola do Distrito Federal onde aluno desmaiou de fome. REPRODUÇÃO.
Morador de um conjunto do Minha Casa, Minha Vida, no Paranoá Parque, o menino faminto estuda a 30 km da residência, no Cruzeiro, Distrito Federal. O caso foi noticiado pelo DF TV. Os governantes, como sempre, em suas notas frias e oficiais, lamentam o ocorrido.

Espero que a primeira-dama Marcela e a equipe do seu programa “Criança Feliz” atentem para a gravidade. Faço votos que a bancada do Congresso que tanto se escandaliza com a nudez artística, entre outras manifestações, se comova com a mais triste das notícias da semana. Ah se fosse apenas o menino da escola do Cruzeiro. Na mesma sala, palavra de professora, existem outros. A conta de somar é sem fim no Brasil devolvido à geografia da fome.

Não há manchete mais estarrecedora. Do tipo que merece as três exclamações exaltadas pelo cronista Nelson Rodrigues nos tempos d´”A Última Hora”.

Menino de 8 anos desmaia de fome no Brasil de Michel Temer!!!

MENINO DE 8 ANOS DESMAIA DE FOME NA VIZINHANÇA DO PALÁCIO DO PLANALTO. Com direito a sangrar a página em maiúsculas, óbvio.

Menino desmaia no Brasil que voltou ao mapa da fome. Amigo punk mancheteiro, faça você mesmo, rasgue a capa em seis colunas com a foto do seu canalha político predileto. Amigo, não compre jornal, minta você mesmo, como grita o grafite dos anarquistas espanhóis.

Menino de 8 anos desmente poema de Olavo Bilac. Criança, jamais verás desmaio como este. E assim todas as possibilidades jornalísticas ou de guerrilha na linguagem. Menino de 8 anos desmente programa “Criança Feliz”.

Um sequestro, um roubo sem perdão à infância prometida. Outro dia escrevi sobre o “Não verás país nenhum”, caríssimo escritor Ignácio de Loyola Brandão, agora só me resta bilaquiar no subjuntivo ou no modo do verbo equivalente ao que foi sem nunca ter sido: “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! / Criança! não verás nenhum país como este!”

Parem as máquinas, sempre, segundo clichê da manchete. Menino de 8 anos tem direito a estudar bem-alimentado. Por mais comida e menos notas oficiais, governo do Brasil e do DF. Por mais crianças felizes, sem o Temer e suas representações golpistas. Que a merenda não seja roubada em nenhum estado do país, muito menos em São Paulo, a dita locomotiva blindada pelos investigadores oficiais.

São tantas manchetes impossíveis e tantos pedidos, meu são Josué de Castro, mas não desisto.

Xico Sá, escritor e jornalista, é autor de “A Pátria em Sandálias da Humildade” (editora Realejo), entre outros livros.

Fonte: EL PAÍS Brasil.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Negros e negras brasileiros que deveriam ser mais estudados nas escolas

"Parece que os negros não têm passado, presente e futuro no Brasil. Parece que sua história começou com a escravidão, sendo o antes e o depois dela propositalmente desconhecidos."

Apesar de obrigatória no currículo escolar, história de negros brasileiros ainda é deixada de lado nos livros e nas aulas, segundo ativistas | Fotos: Domínio Público/Divulgação/Museu Histórico Nacional/Audálio Dantas/MiltonSantos.org.
Quem afirma é o antropólogo Kabengele Munanga, professor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e Humanidades da USP. Não à toa, o Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, é baseado na história envolta em mistérios e lendas de Zumbi dos Palmares, escravo que liderou um quilombo em Alagoas no século 17.

Considerado o maior herói do movimento negro brasileiro, Zumbi teria sido assassinado em 20 de novembro de 1695. A data, porém, só foi descoberta em 1970 e só em 2003 foi incluída no calendário escolar.

Ainda assim, é constante a reclamação, por parte de ativistas, de que negros e negras proeminentes na história brasileira continuam sendo deixados de lado nas aulas de História. Conheça alguns deles.


Zumbi dos Palmares
No século 17, Zumbi foi capturado por bandeirantes ainda bebê e entregue ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo, região do Rio São Francisco. Sabe-se que ele foi batizado pelo padre com o nome de Francisco, mas a data exata de seu nascimento não é conhecida.

Zumbi foi o último líder do Quilombo dos Palmares
| Foto: Antônio Parreiras/Domínio Público.
Com 15 anos, Zumbi conseguiu fugir para o Quilombo dos Palmares, atual região de Alagoas. No quilombo - uma das comunidades livres fundadas por escravos que conseguiram fugir dos seus senhores -, o adolescente adotou o nome de Zumbi, que significa "espectro, fantasma ou deus" no idioma quimbundo.

O Quilombo dos Palmares foi o maior das Américas, abrigando cerca de 20 mil habitantes em 11 povoados.

"Zumbi liderou a luta contra a escravidão e reuniu não apenas muitos negros que fugiam das senzalas, mas também indígenas e brancos insatisfeitos com o regime escravista", disse Kabengele Munanga à BBC Brasil.

Zumbi foi o último líder do Quilombo dos Palmares e chefiou a luta de resistência contra os portugueses, que durou 14 anos e terminou com sua morte, em 1695.

Mesmo carente de armas, o Quilombo dos Palmares tinha uma eficiente organização militar. A comunidade resistiu a 15 expedições oficiais da Coroa. Na décima sexta expedição, depois de 22 dias de luta, Zumbi foi capturado, morto e esquartejado por bandeirantes. Sua cabeça foi enviada para o Recife, onde ficou exposta em praça pública até se decompor.

Dandara dos Palmares
Assim como Zumbi, não há registros do local nem da data de nascimento Dandara. Acredita-se que ela foi levada para o Quilombo dos Palmares ainda criança. Lá teria aprendido a caçar, lutar capoeira e manusear armas. Foi uma das líderes do exército feminino em Palmares e mulher de Zumbi, com quem teve três filhos.

Dandara teria sido líder do exército de mulheres em Palmares
| Foto: Jarid Arraes/Divulgação.

Depois que o Quilombo foi tomado pelos portugueses,em fevereiro de 1694, Dandara cometeu suicídio para não ser capturada e voltar à escravidão.

Milton Santos 
Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúbas, na Bahia. Filho de dois professores primários, ele tornou-se um dos geógrafos negros mais conhecidos no mundo. Sua formação, no entanto, não era em Geografia, e sim em Direito, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Geógrafo recebeu dezenas de títulos de Doutor Honoris Causa pelo mundo | Foto: Acervo pessoal.
Santos foi o precursor da pesquisa geográfica na Bahia e, na década de 1990, tornou-se o único pesquisador brasileiro a ganhar o Prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel de Geografia. No mesmo período, ganhou um Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira, pelo livro A Natureza do Espaço.

Após o golpe militar de 1964, o baiano foi perseguido e preso pelo regime, por ter sido representante da Casa Civil na Bahia durante o curto governo de Jânio Quadros. Com ajuda do consulado da França, conseguiu asilo político na Europa.

O geógrafo deu aulas e fundou laboratórios na França, na Inglaterra, na Nigéria, na Venezuela, no Peru, na Colômbia e no Canadá. Ele conseguiu retornar ao Brasil somente nos anos 1980.

Apelidado de "Cidadão do mundo", Milton Santos recebeu vinte títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da América Latina e da Europa, publicou mais de 40 livros e mais de 300 artigos científicos. Morreu em 24 de junho de 2001.

Machado de Assis
Filho de um mulato pintor de paredes e de uma imigrante portuguesa que trabalhava como lavadeira, Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. A escravidão foi abolida somente 49 anos após o seu nascimento.

Escritor foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras
| Foto: Academia Brasileira de Letras.
Por causa do preconceito racial, ele teve acesso limitado ao ensino e se tornou autodidata. No seu primeiro trabalho, em uma padaria, aprendeu com a patroa a ler e traduzir em francês.

Aos 17 anos, se tornou tipógrafo na Imprensa Nacional. Passou a colaborar para diversas revistas aos 19 anos e, pouco depois, trabalhou para jornais como Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro.

Machado de Assis só se tornou um escritor conhecido a partir de 1872, com a publicação do romance Ressurreição. Ele foi eleito o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, é considerado sua maior obra e uma das mais importantes em língua portuguesa.

O romancista morreu em 29 de setembro de 1908.

Lima Barreto
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro, neto de escravos e filho de professores.

Em 1897, menos de dez anos após o fim da escravidão, ele foi aceito na importante escola de Engenharia do Rio de Janeiro - o único negro da sala. No entanto, ele abandonou a universidade em 1902 para cuidar do pai, que sofria de uma doença mental.

Reconhecimento de Lima Barreto veio apenas após a morte
| Foto: Domínio Público.
Lima Barreto tornou-se funcionário público para sustentar a família e, nas horas vagas, escrevia reportagens para o jornal carioca Correio do Amanhã, denunciando o racismo e a desigualdade social no Rio de Janeiro.

Um dos principais romances brasileiros, O Triste Fim de Policarpo Quaresma, foi o segundo romance publicado por Barreto.

Ele morreu em 1922, aos 41 anos, considerado louco. Deixou uma obra de dezessete volumes e nunca recebeu nada para escrever nenhum deles.

Seu reconhecimento como escritor veio somente após a morte. Em 2017, foi o homenageado da Feira Literária de Paraty, um dos maiores eventos da literatura brasileira.

Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, em Sacramento, Minas Gerais. De família pobre, ela cursou somente os primeiros anos do primário, e se mudou para São Paulo em 1937, onde trabalhou como doméstica e catadora de papel.

Carolina de Jesus fez sucesso com o diário que contava a vida na favela | Foto: Audálio Dantas.
Nesse período, ela mantinha consigo inúmeros diários onde relatava o seu dia a dia como moradora da favela do Canindé.

Em 1958, ao fazer uma reportagem no Canindé, o jornalista Audálio Dantas conheceu Carolina e leu seus 35 diários. Dois anos depois, ele publicou um dos diários com o título de Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada. A obra vendeu mais de 100 mil exemplares em 40 países e foi traduzida em 13 línguas.

Em 1961, Carolina de Jesus lançou Casa de Alvenaria: Diário de uma Ex-favelada e, no ano seguinte, publicou Pedaços da Fome, seu único romance.

Depois de desentendimentos com editores, em 1969, a escritora saiu de São Paulo e mudou-se para um sítio. Morreu em 1977, aos 62 anos, de volta à pobreza.

Abdias do Nascimento
Neto de escravos, Abdias do Nascimento nasceu em uma família em 1914, na cidade de Franca, em São Paulo. Ele começou a trabalhar aos 9 anos e, para conseguir se mudar para São Paulo, se alistou no Exército.

Nascimento teve que abandonar a instituição, no entanto, ao entrar para o movimento da Frente Negra Brasileira, que realizava protestos em locais públicos contra o racismo.

Grupo de teatro criado por Abdias do Nascimento alfabetizava ex-escravos
 | Foto: Agência Senado.
Em 13 de outubro de 1944, ele criou o Teatro Experimental do Negro, junto com outros artistas brasileiros. Escritores da época, como Nelson Rodrigues, escreveram peças teatrais especialmente para o grupo, que também se dedicou a alfabetizar ex-escravos e transformá-los em atores.

Durante a ditadura militar, Nascimento foi preso e enviado ao exílio. Ele retornou ao Brasil somente em 1981.

Além de ator, teatrólogo e ativista, Abdias Nascimento foi deputado federal pelo Rio de Janeiro logo após o final do regime militar. Na década de 1990, foi eleito senador, sempre com a plataforma da luta contra o racismo.

Ele faleceu em 24 de maio de 2011, aos 97 anos.

Teodoro Sampaio
Quem passa pela movimentada rua Teodoro Sampaio, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, geralmente não sabe a importância do homem que dá nome à via. Filho de uma escrava e de um padre, Teodoro Sampaio nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 1855.

Seu pai, o padre Manoel Sampaio, o levou para o Rio de Janeiro criança e o matriculou no regime de internato no Colégio São Salvador. Em 1877, ele se formou engenheiro.

Por anos, ele trabalhou como professor de matemática e desenhista do Museu Nacional para poupar dinheiro e comprar a alforria de sua mãe e irmãos.

Teodoro Sampaio foi um dos fundadores da Escola Politécnica da USP.
| Foto: Museu Histórico Nacional.

Em 1879, Sampaio participou da expedição científica ao Vale do São Francisco para estudar os portos do Brasil e a navegação interior. Ele ajudou a fundar o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em 1894, e a Escola Politécnica da USP, em 1930.

Morreu no Rio de Janeiro em 1937.

Sueli Carneiro
Aparecida Sueli Carneiro Jacoel nasceu em São Paulo, em junho de 1950. É a mais velha dos sete filhos de uma costureira e de um ferroviário. Doutora em filosofia pela USP, foi a única negra no curso de graduação da Universidade, na década de 1970.



Hoje, ela é uma das mais importantes pesquisadoras sobre feminismo negro do Brasil. Seu nome e ativismo foram relacionados à formulação da política de cotas e à lei antirracismo.

Em 1988, Sueli fundou o Geledés - Instituto da Mulher Negra, uma organização política de mulheres negras contra o racismo e sexismo. É uma das maiores ONGs de feminismo negro do país. Entre os vários serviços prestados pelo instituto, está o de assistência jurídica gratuita a vítimas de discriminação racial e violência sexual.

Ainda em 1988, Carneiro foi convidada para integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina. É vencedora de três importantes prêmios sobre feminismo e direitos humanos: Prêmio Benedito Galvão, Prêmio Direitos Humanos da República Francesa e Prêmio Bertha Lutz.

André Rebouças
Neto de uma escrava alforriada e filho de Antônio Pereira Rebouças, um advogado autodidata que se tornou conselheiro de D. Pedro 2º, André Rebouças nasceu em 1838, em Cachoeira, Bahia, em uma família classe média negra em ascensão no Segundo Reinado.

Por causa da posição atípica de sua família para a época, André e seus seis irmãos receberam uma boa educação. O menino e um de seus irmãos, Antônio Rebouças, se tornaram importantes engenheiros e abolicionistas.

Após a proclamação da República, André Rebouças foi exilado do Brasil por sua ligação com D. Pedro 2º.
| Foto: Museu Histórico Nacional.

Como engenheiro, seu maior projeto foi o da estrada de ferro que liga Curitiba ao porto de Paranaguá, considerado, até hoje, uma realização arrojada.

Como abolicionista, ele criou, junto de Machado de Assis, Joaquim Nabuco e outros abolicionistas importantes da época, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.

Após o fim da escravidão, no entanto, a monarquia também chegou ao fim. Com a proclamação da República, em 1889, a família de D. Pedro 2º e pessoas ligadas a ele, como a família Rebouças, tiveram que partir para o exílio.

André nunca mais retornou ao Brasil. Em 09 de maio de 1898, deprimido com o exílio, o engenheiro se jogou de um penhasco perto de onde vivia, em Funchal, na Ilha da Madeira.

Algumas capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba, têm avenidas e túneis chamados de Rebouças em homenagem ao engenheiro negro.

Fonte: Laís Modelli De São Paulo para a BBC Brasil.

sábado, 18 de novembro de 2017

Crocodilos são esfolados vivos para a produção de bolsas e sapatos

Um vídeo terrível divulgados pela PETA mostra a extrema crueldade à qual milhares de crocodilos são submetidos ao serem esfolados para a fabricação de bolsas da marca Louis Vuitton.


Alguns podem ser vistos ainda se mexendo mesmo depois de toda pele ter sido arrancada. Crédito: PETA

Primeiramente, eles são brutalmente eletrocutados, então os funcionários fazem um corte no pescoço e enfiam barras de metal na coluna vertebral dos animais enquanto ainda estão vivos.

Em seguida, eles são esfolados – um processo que leva 15 a 20 minutos – e alguns podem ser vistos ainda se mexendo mesmo depois de toda pele ter sido arrancada.

Um dos funcionários da fábrica onde o vídeo foi filmado afirmou que não é raro que os animais demorem horas para morrer.

Além da tortura de serem esfolados, os crocodilos também são confinados em jaulas minúsculas e empilhados em instalações de concreto.

A Louis Vuitton é considerada uma marca “luxuosa” – uma bolsa de pele de crocodilo Louis Vuitton pode vender por £ 25,000.


Fonte: Laura Cruz, ANDA.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Vídeo: A formação da Cordilheira do Himalaia - 70 milhões de anos em 2 minutos


Como se formou a Cordilheira do Himalaia? Confira o vídeo sobre a formação da Cordilheira do Himalaia - 70 milhões de anos em 2 minutos

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Dolina que surgiu em fazenda tem mais de 20 m de diâmetro e profundidade indeterminada

O buraco gigante que chamou a atenção de internautas e que trata-se, provavelmente, de uma dolina, tem cerca de 20 metros de diâmetro e já foi avaliada por especialistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), de acordo com funcionários da Fazenda Santa Cruz e Conceição.

Moradores de uma fazenda em Coromandel, no Alto Paranaíba, foram surpreendidos por um fenômeno geológico na semana passada..

O Jornal de Coromandel esteve no local na tarde desta segunda-feira (13), juntamente com o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Sucupira, mas não pode se aproximar da dolina, porque a gerência da fazenda não liberou o acesso. O secretário foi ao local para avaliar e oferecer o apoio da Pasta para tentar determinar as causas do surgimento da cratera.

Segundo apurou a reportagem, o buraco surgiu no dia 4 de novembro e foi descoberto pelos funcionários da propriedade, que realizavam o plantio de soja na área.

O buraco teria um diâmetro de “mais de 20 metros”, o suficiente para engolir uma plantadeira, por exemplo. A profundidade ainda não foi determinada.

Na semana após o surgimento, pesquisadores da UFU teriam visitado a propriedade para coletar dados e avaliar as razões do acidente geológico.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

10 frases de Carl Sagan sobre o conhecimento científico

Quando ouvimos o nome de Carl Sagan, imediatamente pensamos em ciência. Carl Edward Sagan foi um dos divulgadores científicos mais populares nos anos 70 e 80, tudo graças à sua série de televisão "Cosmos", uma das suas tentativas de tornar a ciência e o conhecimento científico acessíveis e interessantes para todos os públicos. 
Carl Sagan: um dos maiores divulgadores de ciência de todos os tempos.
Nascido em 9 de novembro de 1934 na cidade de Nova York, Carl Sagan não era apenas um divulgador científico reconhecido, também era pesquisador, astrônomo, cosmologista, astrofísico e escritor. Entre outras coisas, fez estudos sobre a atmosfera de Vênus e foi um dos primeiros cientistas a estudar o efeito estufa em uma escala planetária. Nós compartilhamos algumas das suas frases mais cativantes sobre ciência e o conhecimento científico.

  1. A ciência é muito mais do que um corpo de conhecimentos. É uma maneira de pensar.
  2. Na ciência, a única verdade sagrada é que não há verdades sagradas.
  3. A ciência não é perfeita, muitas vezes é mal utilizada, é apenas uma ferramenta, mas é a melhor ferramenta que temos: ela se corrige, está sempre evoluindo e pode ser aplicada a tudo. Com essa ferramenta podemos conquistar o impossível.
  4. Alegações extraordinárias, exigem evidências extraordinárias.
  5. Dentro de um milênio, nossa época será lembrada como o momento em que nós nos afastamos da Terra pela primeira vez e contemplamos o nosso planeta como um ponto azul pálido quase perdido em um imenso mar de estrelas.
  6. Às vezes eu acho que há vida em outros planetas, e às vezes acho que não. Em ambos os casos, a conclusão é surpreendente.
  7. A Terra é um lugar muito bonito para nossos olhos. Mas essa beleza foi esculpida pela mudança: a mudança suave, quase imperceptível, e a mudança súbita e violenta. No cosmos, tudo pode mudar.
  8. O cosmos é tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será. 
  9. A curiosidade e o desejo de resolver dilemas são a marca de nossa espécie.
  10. Nós crescemos em uma sociedade baseada em ciência e tecnologia e em que ninguém sabe nada sobre essas questões.
Fonte: National Geographic (em espanhol).

National Geographic: um olho no futuro e outro no presente

Desde a fundação da Sociedade em 1888, muita coisa  mudou. Mas a National Geographic está mais comprometida do que nunca com o cuidado do planeta.
"Os heróis do século 21,  são pessoas comuns, que vivem entre nós.
Frase de Gary E. Knell, presidente e CEO da National Geographic Society.

Alexander Graham Bell, o segundo presidente da National Geographic Society, definiu a Geografia como "o mundo e tudo o que existe nele". Na verdade, a missão original da National Geographic era aumentar e difundir o conhecimento geográfico.

Para muitos, a palavra "geografia" suscita memórias de dua idade escolar de estudar os nomes de rios, oceanos ou capitais. Então é justo perguntar: a geografia é importante nos dias atuais?

National Geographic Society reafirmou o seu foco como organização sem fins lucrativos, e teve a oportunidade de repensar a sua relevância no século XXI. O mundo agora enfrenta desafios muito diferentes daqueles enfrentados no ano de sua fundação em 1888.

Hoje, habitamos um planeta com uma população em crescimento que deve alcançar 10 bilhões de pessoas em meados do século XXI. Isso é quase três vezes maior que 50 anos atrás - e faz repensar a forma como educamos, alimentamos e fornecemos energia para as pessoas sem sem destruir de vez o planeta.

A National Geographic usa seus recursos para educar as crianças e fala sobre os heróis do século 21, pessoas comuns, que vivem entre nós: cientistas, fotógrafos, jornalistas ambientais e científicos, geógrafos e professores. Então, a National Geographic traz as histórias desses heróis para mais de 730 milhões de pessoas em todo o mundo, através de sua revista e de aplicativos e canais de TV.