Uma onda de frio extremo sem precedentes atingiu o Canadá esta semana. As temperaturas estão batendo recordes e podem alcançar até -50º C no norte de Ontário. São mínimas que estão de 10 a 20 graus Celsius abaixo da média para a estação e devem durar até o início de janeiro.
Na Pensilvânia, nos Estados Unidos, bastaram 48 horas para que a neve atingisse quase 1,5 metro de altura, batendo o recorde de 1956. Também foram registradas temperaturas baixíssimas em Duluth, Minnesota (-37,7ºC) e Minot, Dakota do Norte (-29ºC). Em Nova York, a temperatura pode chegar a -12,7º C neste fim de semana. O frio extremo está relacionado a uma corrente de ar ártico.
Desavisados ou negacionistas chegam sempre com a mesma pergunta: um frio desses e o pessoal falando em aquecimento global? Como o frio pode ser provocado pelas mudanças climáticas?
O fato é que nenhum evento isolado é capaz de provar ou refutar a tese de aquecimento global. Para classificá-los como resultado da alteração do clima é necessário analisá-los ao longo da história. As descobertas da ciência do clima, no entanto, já nos oferecem elementos que permitem relacionar diversos episódios de frio e de calor intenso como situações climáticas relacionadas ao aquecimento global.
O aquecimento global causado pelo homem perturba fortemente as correntes atmosféricas que circulam pelo planeta, de acordo com os Anais da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS). O aumento da emissão de gases de efeito estufa aumenta também a retenção de energia nos oceanos como e na atmosfera. O efeito deste novo balanço de energia provoca o aumento da intensidade, da frequência e do impacto de eventos climáticos extremos, sejam de frio ou de calor.
Fonte: Conexão Planeta.
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