A língua cabo-verdiana é a manifestação cultural mais importante do país. Encontra a sua origem nos séculos XV e XVI. É o produto da necessidade da comunicação funcional entre as várias etnias e culturas (europeus e africanos) que se cruzaram em Cabo Verde e sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Chegou a ser utilizada como ferramenta de ensino, designadamente na ladinização dos escravos e, por este motivo, falada pelos reinóis (portugueses vindos do reino).
Capa da obra de Baltazar Lopes da Silva, Dialeto Crioulo, 1984. |
Variantes
O isolamento das nove ilhas habitadas e o período do povoamento de cada uma delas possibilitaram o
surgimento de duas variantes do crioulo:
O crioulo de Sotavento, que abrange as variantes do Maio, Santiago, Fogo e Brava;
O crioulo de Barlavento, que abrange as variantes de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal e
Boavista.
Embora a língua oficial seja o português (também um elemento importante do nosso património), hoje, através do crioulo, os cabo-verdianos transmitem toda a sua vivência, experiência e condutas sociais, permitindo o desenvolvimento
de uma identidade nacional forte.
A língua cabo-verdiana, também conhecida por crioulo cabo-verdiano
ou simplesmente crioulo, é uma língua de base lexical portuguesa
que nasceu em Cabo Verde. É a língua materna de praticamente
todos os cabo-verdianos e é usada como segunda língua, pelos filhos dos emigrantes das ilhas.
Sabias que...
Nos finais do século XIX, na tentativa de impor a língua portuguesa
no arquipélago, houve o reforço do ensino, acontecimento que terá
colaborado para a valorização do português, em detrimento do
crioulo.
Fonte:
Caderno Experimental. História e Geografia de Cabo Verde. 6º Ano do Ensino Básico Obrigatório.
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