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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Literatura de Cabo Verde

A literatura cabo-verdiana busca inspiração, geralmente nas condições ambientais e sociais do país: o mar, a emigração, a saudade e as dificuldades diárias.

O primeiro movimento poético de Cabo Verde nasceu no seminário-liceu, ilha de São Nicolau, em 1890. Foi influenciado pela literatura portuguesa. O Poeta, escritor e jornalista da ilha do Fogo, Pedro Cardoso (1890 – 1942), fazia parte desta corrente literária. Faziam parte ainda deste movimento, Eugénio Tavares, que já foi estudado, e José Lopes de São Nicolau.

Nos princípios dos anos 30 do século XX, surgiu em São Vicente, um novo movimento literário: revista cultural Claridade fundada por Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa e Manuel Lopes. Mais tarde, integraram-se no grupo outros escritores como António Aurélio Gonçalves e Teixeira de Sousa. Inspirados em autores brasileiros como Jorge Amado ou Manuel Bandeira, buscavam retratar a realidade que os envolvia.

Em 1947, nasceu o primeiro grande romance cabo-verdiano, escrito por Baltasar Lopes da Silva: Chiquinho. São importantes ainda as seguintes obras: a Chuva Braba (1956) ou os Flagelados do Vento Leste (1960) de Manuel Lopes; o Capitão de Mar e Terra (1984), Xaguate (1987) e Na Ribeira de Deus (1992) de Henrique Teixeira de Sousa.

Capa da publicação do Jornal o Manduco fundado por Pedro Cardoso em 1923.
Livraria Pedro Cardoso, 2016

Capa da obra Chiquinho de Baltasar Lopes, 4º edição, 1974.

Na atualidade, como poetas e romancistas cabo-verdianos, pode-se referir Arménio Vieira (prémio Camões em 2009), Oswaldo Osório, Mário Lúcio, Mário Fonseca, Dina Salústio, Germano Almeida (prémio Camões em 2018), Onésimo Silveira, Corsino Fortes, Joaquim Arenas e José Luiz Tavares.

Fonte
Caderno Experimental. História e Geografia de Cabo Verde. 6º Ano do Ensino Básico Obrigatório.

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