UFU 2023/2 - Na metade do século IV, o Estado de maior expressão no vasto território da Núbia era conhecido pelo nome de Axum. Herdeiro das tradições de Meroé, distinguia-se delas devido a uma alteração cultural fundamental: a adoção do cristianismo.
MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2018. p. 28. (Fragmento).
Considerando as formas de organização social e religiosa das sociedades africanas anteriores à expansão europeia no continente, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O cristianismo difundido na África não gerou conflitos com o posicionamento de autoridades religiosas de Roma ou de Bizâncio.
B) Sociedades africanas antigas possuíam formas de organização social matrilineares, situação que começou a mudar a partir da lenta adoção do cristianismo e do islamismo.
C) A igreja axumita foi considerada uma igreja cismática pelas autoridades religiosas de Roma e de Bizâncio.
D) O monofisismo é uma interpretação dos evangelhos que se difundiu em Alexandria e considerava que a natureza divina de Cristo prevalece sobre a natureza humana.
RESPOSTA:
Letra A.
O Reino de Axum desenvolveu-se entre os séculos I d.C e X d.C, na
África Oriental (Chifre Africano, onde atualmente se localizam a Eritreia,
a Etiópia, partes do Sudão, entre outros). Foi um dos mais poderosos
e prósperos reinos africanos na transição da antiguidade para o mundo medieval. No século IV, os axumitas conquistaram Méroe (última
capital do Reino de Cuxe) e o rei Ezana converteu-se ao cristianismo.
A Igreja cristã axumita não foi aceita pela Católica, a Santa Sé, conforme foi apontado na alternativa C da questão. Por conseguinte, a
alternativa A assume-se como a incorreta na medida
em que afirmou que o cristianismo difundido na África não gerou conflitos com a autoridades romanas e bizantinas, o que não se confirma
historicamente.
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