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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Exercícios de Literatura sobre Menino de engenho, de José Lins do Rego - com gabarito

Questão 01 - ITA 2008 - O romance Menino de engenho, de José Lins do Rego, é uma das obras mais importantes surgidas no Modernismo dos anos 30, que, como se sabe, foi marcado por uma ficção de forte cunho social. Sobre esse livro, é INCORRETO afirmar que: 
a) Ele mostra a dura vida do menino Carlos no pobre e árido interior nordestino. 
b) Ele registra a vida do menino Carlos, que passa a morar na fazenda do avô após ficar órfão de mãe. 
c) A vida de Carlos na fazenda do avô o coloca em contato direto com a natureza e com a desigualdade social. 
d) Ele descreve em detalhes a vida de um engenho na Paraíba, onde se produzem derivados de cana-de-açúcar. 
e) O tom das memórias de Carlos revela certo saudosismo, o que não impede a referência às injustiças sociais.

Questão 02 - Puccamp 1997 - Botaram-me para aprender as primeiras letras em casa dum Dr. Figueiredo, que viera da capital passar tempos na vila do Pilar. (...) Depois mandaram-me para a aula dum outro professor, com outros meninos, todos de gente pobre. 
O trecho anterior, de MENINO DE ENGENHO, de José Lins do Rego, fala de uma transição na qual 
a) se acentuará a posição desvantajosa de Carlinhos no engenho do Coronel Paulino. 
b) Carlinhos sente que está ameaçada a liberdade que gozava no engenho e prepara-se para readquiri-la. 
c) a implantação da usina de açúcar obriga a novos hábitos e à perda de privilégios, atingindo a rotina de Carlinhos. 
d) o protagonista deve se adaptar à vida nova, levando para o colégio as experiências da infância consumada. 
e) se explicitarão os privilégios do neto do senhor de engenho entre filhos de trabalhadores.

Questão 03 - PUCCAMP 1997 - Considere as seguintes afirmações: 
I. Sente-se neste romance a força do elementar, do instintivo, da seiva subindo ao longo da árvore, o mundo inteiro da infância polarizada por momentos de angústia e de precoce sensualidade. 
II. Em torno dos três heróis do romance, que constituem o primeiro plano, giram outras personagens, todas decadentes, testemunhando o fim de um ciclo econômico e a dispersão dos bens e das famílias. 
III. A condução da narrativa em primeira pessoa favorece o desvendamento do mundo interior de quem narra, sem prejuízo para a nitidez das demais personagens, pobres ou poderosas, apresentadas de modo vivo. 
Em relação a MENINO DE ENGENHO, de José Lins do Rego, está correto o que se afirma 
a) apenas em I. 
b) apenas em I e II. 
c) apenas em I e III. 
d) apenas em II e III. 
e) em I, II e III.

Questão 04 - PUCCAMP 1997 -  
I. "Preso à minha classe e a alguma roupas, vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?"
("A flor e a náusea")

II. "Eis meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê nos bichos
e duvida das coisas."
("O elefante")

É correto afirmar que os fragmentos anteriores exemplificam a seguinte oscilação vivida por Carlos Drummond de Andrade, em A ROSA DO POVO:
a) os limites da condição de classe devem paralisar-me ou posso ativar mitos que representem meu esforço de solidarização?
b) devo pegar em armas contra minha própria classe ou esconder-me sob a pele de um medroso elefante?
c) posso me deixar fascinar pelo mundo das mercadorias ou devo me resignar à condição humilde de um elefante sem rumo?
d) as palavras da poesia constituem arma não desprezível ou não estaria nelas a força mágica de um elefante desbravador?
e) a impossibilidade da ascensão social condena-me ao tédio ou posso exibir nas ruas minha condição privilegiada de poeta?

Questão 05 - ENEM 2003 - A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada. (..) andava léguas e léguas a pé, de engenho a engenho, como uma edição viva das histórias de Mil e Uma Noites (..) era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma memória de prodígio. Recitava contos inteiros em versos, intercalando pedaços de prosa, como notas explicativas. (..) Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. (..) Os rios e as florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com o Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.(José Lins do Rego. "Menino de engenho")

A cor local que a personagem velha Totonha colocava em suas histórias é ilustrada, pelo autor, na seguinte passagem:
a) "O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco".
b) "Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações".
c) "Era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma memória de prodigio".
d) "Andava léguas e léguas a pé, como uma edição viva das Mil e Uma Noites".
e) "Recitava contos inteiros em versos, intercalando pedaços de prosa, como notas explicativas".

Questão 06 - FUVEST 1989 - "O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?"
Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor, ................, faz a si mesmo - com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais -, ao finalizar o romance ...................

Assinale a alternativa que completa os espaços.
a) José Lins do Rego - "Menino de Engenho"
b) José de Alencar - "Iracema"
c) Graciliano Ramos - "São Bernardo"
d) Aluísio Azevedo - "O Mulato"
e) Graciliano Ramos - "Vidas Secas"

GABARITO
01 - A
02 - E
03 - C
04 - A
05 - A
06 - B

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