UNIFESP 2009 - Nesse regime, (...) a verdadeira força política, que no apertado unitarismo do Império residia no poder central, deslocou-se para os Estados. A política dos Estados, isto é, a política que fortifica os vínculos de harmonia entre os Estados e a União é, pois, na sua essência, a política nacional. É lá, na soma dessas unidades autônomas, que se encontra a verdadeira soberania da opinião. O que pensam os Estados, pensa a União. (Campos Salles. “Mensagem” (3 de maio de 1902), in Manifestos e mensagens. São Paulo: Fundap/Imprensa Oficial, 2007.)
Ao defender a “política dos Estados” (ou política dos governadores) e associá-la às ideias de “harmonia”, “soma” e “soberania da opinião”, o então presidente da República Campos Salles defendia
a) o fim da autonomia dos estados e o início de um período de centralização política, que caracterizou a República como uma ditadura.
b) uma perspectiva de democratização para a recente República brasileira, impedindo que novos protestos políticos e armados irrompessem.
c) a relação diplomática com os demais países sul-americanos e se dispunha a obter alianças e acordos comerciais no exterior.
d) um pacto entre o governo federal e os governos esta - duais, que teriam autonomia econômica, mas assegurariam apoio político ao Presidente.
e) o modelo político adotado como capaz de democratizar o Brasil e de obter, sem lutas, a unidade política e territorial ainda inexistente.
RESPOSTA:
Letra D.
Pela “Política dos Governadores” (acordo não escrito
entre o governo federal e as oligarquias estaduais,
concebido por Campos Sales), o presidente não interviria nos estados, o que ampliava o pacto federativo
em benefício das oligarquias locais. Estas, em
contrapartida, por intermédio de seus senadores e
deputados, apoiariam o governo federal (vale dizer, a
“Política do Café-com-Leite”).
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