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domingo, 6 de janeiro de 2019

Exercícios de História sobre os Quilombos - com gabarito

Questão 01 - UNESP 2009/2 - Esse quilombo [Quariterê, em 1769, próximo a Cuiabá], liderado pela Rainha Tereza, vivia não apenas de suas lavouras, mas da produção de algodão que servia para vestir os negros e, segundo alguns autores, até mesmo para funcionar como produto de troca com a região. Possuía ainda duas tendas de ferreiro para transformar os ferros utilizados contra os negros em instrumentos de trabalho.Sua destruição foi festejada como ato de heroísmo, em Portugal. (...) (Jaime Pinsky, A escravidão no Brasil)
A respeito dos quilombos, pode-se dizer que
a) não representavam ameaça à ordem colonial, na medida em que não visavam pôr em questão o poder metropolitano.
b) sua duração efêmera revela a pequena adesão dos escravos às tentativas de contestação violenta ao regime escravista.
c) o combate violento à organização quilombola era uma prioridade, por esta representar a negação da estrutura social e produtiva escravista.
d) mantinham relação permanentemente hostil com a população vizinha, constantemente ameaçada pelos raptos de mulheres brancas.
e) sua organização interna priorizava os aspectos militares, o que acabava por inviabilizar a realização de outras atividades.

Questão 02 - CRESCER 2018 - O movimento abolicionista (1870-1888) foi um movimento político e social que defendeu e lutou pelo fim da escravidão no Brasil. Todos os movimentos de libertação que ocorreram no Brasil propunham que:
A) Somente o fim da escravidão indígena no Brasil.
B) Os refúgios de escravos, conhecidos como quilombos, passassem a ser cada vez mais comuns.
C) Não propunha a emancipação gradativa dos negros no país.
D) Os fazendeiros se mantivessem indiferentes em relação à questão abolicionista.

Questão 03 - SEDUC - CE 2016 - Leia o texto abaixo. Com a capitulação dos holandeses em 1654, os negros palmarinos continuaram a desafiar o poder colonial. Nos anos de 1670, duas expedições contra Palmares não cantaram vitória: a de 1675, chefiada pelo capitão Manoel Lopes Galvão, e a de 1677, comandada pelo capitão Fernão Carrilho, que pensou ter derrotado os negros, quando na verdade apenas pôs as mãos em alguns palmarinos, entre eles os parentes do chefe Ganga-Zumba. Palmares entre sangue e fogo desde 1602, Flavio José Gomes Cabral. Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/flavio-jose-gomes-cabral). Acesso em 11/04/2016.
Analise as proposições abaixo.
I. Nos quilombos (geralmente localizados em lugares de difícil acesso), os escravos viviam em liberdade, produziam seus alimentos, fabricavam roupas, móveis e instrumentos de trabalho, cultivavam também as crenças, as tradições e os costumes africanos. O adultério, o roubo e o homicídio eram punidos com a pena de morte.
II. Os quilombos estavam espalhados em todo o território colonial, porém, a falta de registros impede que estudiosos descubram mais detalhes sobre eles. Mesmo assim, ainda encontramos comunidades remanescentes de antigos quilombos no interior do Brasil.
III. O mais famoso de todos os quilombos chamava-se Palmares e ficava em Alagoas. Esse quilombo possuía aproximadamente 20 ou 30 mil habitantes. Dentre os seus líderes destacavase Zumbi.
IV. Durante o século XVII, vários governos (portugueses e holandeses) quiseram destruir o quilombo dos Palmares. Foram várias tentativas, em 80 anos de conflito, mas Palmares resistia bravamente e chegou a derrotar cerca de 30 expedições enviadas.
São verdadeiras as proposições:
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

Questão 04 - UFPR 2018 - Leia o texto abaixo: [...]
O quilombo aparecia onde quer que a escravidão surgisse. Não era simples manifestação tópica. Muitas vezes, surpreende pela capacidade de organização, pela resistência que oferece; destruído parcialmente dezenas de vezes e novamente aparecendo, em outros locais, plantando a sua roça, constituindo suas casas, reorganizando a sua vida social e estabelecendo novos sistemas de defesa. O quilombo não foi, portanto, apenas um fenômeno esporádico. Constituía-se em fato normal dentro da sociedade escravista. Era reação organizada de combate a uma forma de trabalho contra a qual se voltava o próprio sujeito que a sustentava. (MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. Editora Conquista, Rio de Janeiro, 1972, p. 87.)
A respeito da história dos quilombos no Brasil, considere as seguintes afirmativas:
1. Foi uma forma de organização dos escravos libertos, que não encontraram lugar na sociedade brasileira pós-abolição.
2. O quilombo marcou sua presença durante todo o período escravista, existindo praticamente em toda a extensão do território nacional. 3. Sua estrutura social respondia a uma lógica particularmente militar, que visava desestabilizar a estrutura social dos senhores de escravos.
4. A quilombolagem se constituiu na unidade básica de resistência, fruto das contradições estruturais do sistema escravista, e sua dinâmica refletia a negação desse sistema.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Questão 05 - FUVEST 2013 - Transferência – Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos. Constituição da República Federativa do Brasil. Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Artigo 68. www.senado.gov.br.
Os quilombos, a que genericamente se refere o Art. 68 da Constituição, começaram a surgir
a) antes da chegada à América dos colonizadores portugueses.
b) durante a colonização portuguesa da América.
c) com o fim do tráfico negreiro para o Brasil.
d) após a abolição da escravidão.
e) com a luta pelos direitos dos indígenas e a demarcação de suas primeiras reservas.

Questão 06 - FUVEST 1999 - Segundo as pesquisas mais recentes, pode-se afirmar, em relação aos quilombos coloniais brasileiros, que os mesmos
a) distinguiam-se pelo isolamento, pela marginalização, sem nenhum vínculo com os arredores que os cercavam;
b) eram de caráter predominantemente agrícola, sobrevivendo do que plantavam e do que teciam;
c) eram habitados exclusivamente por escravos fugidos, constituindo-se em verdadeiros Estados teocráticos;
d) dedicavam-se, alguns, à agricultura, outros, à mineração, outros, ainda, ao pastoreio, articulando-se com os núcleos vizinhos através do comércio;
e) existiram apenas durante o século XVII, tendo Palmares como eixo central.

Questão 07 - CEDAF – UFV 2015 - O escravismo no Brasil perdurou entre os séculos XVI e XIX. Durante esses longos anos, a violência da escravidão sempre foi combatida pelos chamados cativos (uma das formas de se referir aos escravos naquele tempo). A resistência dava-se por meio de fugas, formação de quilombos, suicídios, boicotes, sabotagens; dentre outras formas.
Na segunda metade do século XIX, a luta contra o escravismo teve como aliados políticos os:
a) anarquistas.
b) sindicalistas.
c) monarquistas.
d) abolicionistas.

Questão 08 - UFU 2011 - Sobre os quilombos no Brasil colonial, é correto afirmar que:
a) formaram-se quilombos em várias regiões do Brasil, havendo o convívio entre populações escravas africanas e indígenas, tendo como principal exemplo o Quilombo dos Palmares, no atual estado de Alagoas.
b) os quilombolas dependiam da permissão dos senhores das propriedades próximas para transitar pelas cidades circunvizinhas, bem como para comercializar os produtos de suas terras.
c) todos os quilombos possuíam um exército próprio, de modo a proteger suas terras contra o avanço de inimigos, assim como uma complexa organização social.
d) as maiores populações quilombolas no Brasil formaram-se nas regiões de maior produção monocultora de exportação, como os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Questão 09 - G1 - IFSP 2012 - Onde houve escravidão, houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de autonomias com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores. Rebelava-se individual e coletivamente. Aqui a lista é grande e conhecida. Houve, no entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da escravidão – a fuga. Adaptado de: SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 207.
Assinale a alternativa correta
a) Os escravos negros não pensavam em fugir das fazendas porque eram bem tratados com boa alimentação e acomodações confortáveis para o descanso.
b) Os africanos trazidos para o Brasil nos navios negreiros aceitavam pacificamente a situação de escravos, pois era comum esta prática em sua terra natal.
c) A Igreja católica, no período do Brasil Colônia, catequizava os escravos africanos fazendo com que eles aceitassem a escravidão como sendo a vontade de Deus, evitando assim a rebelião.
d) Uma das formas de resistência realizada pelos escravos no Brasil Colônia foram os Quilombos, formados por escravos fugidos que se organizavam em vilas e produziam sua alimentação.
e) No Brasil, o curto período de escravidão não deixou sinais de resistência por parte dos cativos africanos e indígenas.

Questão 10 - CESGRANRIO 2002 - No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a):
a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.
c) existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra.
d) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial.
e) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.

Questão 11 - UNESP 1999 - A escravidão negra no período colonial brasileiro relaciona-se à
a) eliminação da escravidão indígena.
b) constituição de quilombos como forma de resistência.
c) invasão holandesa no Nordeste.
d) ausência de conflitos no processo emancipatório.
e) expansão da agricultura de subsistência.

Questão 12 - UFPA 2016 - No regime escravocrata brasileiro é importante observar que os sujeitos escravizados mantinham laços de solidariedade, associações religiosas e redes de sociabilidade, portanto eram agentes de sua história. Ao rigor do cotidiano violento que lhes impunham os senhores escravocratas, esses sujeitos, como forma de reação, praticaram
a) fugas em massa o que causou um sério prejuízo aos donos de fazendas de café, que contavam com a vigilância de capatazes e a cumplicidade de contrabandistas de escravos para seu controle parcial.
b) insurreições, fugas individuais e coletivas, assassinato de feitores e senhores, o que favoreceu a formação de quilombos ou mocambos, sobretudo após o surgimento do quilombo de Palmares.
c) roubo de produtos da fazenda que terminavam por ser vendidos na cidade por escravos que viviam “sobre si”; o resultado das vendas era revertido para as irmandades de homens negros e santas casas de misericórdia.
d) fugas para as matas localizadas em áreas pantanosas, como forma de dificultar a captura pelo capitão do mato; além disso, os negros contavam com a ajuda dos índios catequizados na formação de quilombos.
e) contrabando de café para os navios negreiros vindos da África, utilizando-se o resultado da venda para a compra de alforrias e a aquisição de armamentos para a defesa dos quilombos.

Questão 13 - UNICAP 2024/2 - Durante todo o século XVII, Palmares rechaçou mais de 35 expedições comandadas pelos holandeses e portugueses. Mas foi a última expedição comandada em 1692, após quase um século de sua existência, por Domingos Jorge Velho, que, depois de dois anos de luta, colocou fim à República Palmerina, quando seu líder máximo, Zumbi dos Palmares, foi traído e morto por um de seus chefes subalternos. À qual estrutura de resistência e oposição ao mundo escravocrata está se referindo? 
a) Aldeamento 
b) Bandeiras 
c) Terra sem males 
d) Sebastianismo 
e) Quilombo

GABARITO
01 - C
02 - B
03 - E
04 - C
05 - B
06 - D
07 - D
08 - A
09 - D
10 - E
11 - B
12 - B
13 - E

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