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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Islamofobia na Europa

O ódio ao Islã tem crescido a olhos vistos, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Isso não representa um fenômeno menor, nem coloca questões de natureza unicamente humanitárias ou morais. É uma questão política fundamental, que está na base do surgimento e expansão dos movimentos xenófobos e de extrema-direita, em todo o mundo. Basta um rápido olhar ao mapa das religiões no planeta para dimensionar o tamanho do problema. O Islã é a fé que mais cresce no mundo. Agrega cerca de 1,5 bilhão de fiéis, principalmente localizados nas áreas mais miseráveis do planeta (Oriente Médio, Ásia e África), mas também em expansão na Europa e, em menor proporção, nos Estados Unidos.



Estatísticas demográficas indicam que a parcela de muçulmanos da população europeia tem crescido em cerca de um ponto percentual por década, nos últimos 25 anos, passando de 4% em 1990 para 6% em 2010. Isso significa que, em duas décadas, passaram de 29 milhões para 44 milhões. Hoje já ultrapassam 54 milhões. Calcula-se que, em 2030, os muçulmanos cheguem a 8% da população, ou o dobro do que era em 1990. Na Europa, em termos relativos,
as maiores populações muçulmanas encontram-se na antiga Iugoslávia (Kosovo, Bósnia e Macedônia, principalmente). Mas, em termos absolutos, habitam a Rússia (mais de 27 milhões), a França e a Alemanha.

Fonte: (Este texto, com algumas modificações, foi originalmente escrito para o jornal Mundo – Geografia e Política Internacional, ano 25, número 4 (agosto de 2017), página 10.)..

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